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terça-feira, 4 de maio de 2010

Abandone as verdades universais

Se tem uma coisa que consegue me irritar profundamente são as famosas verdades universais. Gosto não se discute, o amor é o sentimento mais nobre que existe, inveja é falta de capacidade, entre outras tantas milhares chatas como essas. É, chatas. Essas frases são consideradas “verdades”, pois uma grande maioria dos indivíduos concorda com elas. Quer saber? Grande coisa. Não consigo entender, aliás, como uma verdade pode ser estabelecida a partir de uma maioria. Enfim. Já não gostava dessas tais verdades, e depois de sair de uma aula de filosofia, passei a gostar menos ainda. Finalmente escutei alguém dizer “gosto não se discute? Pois não há nada mais discutível do que o gosto” e Kant, um filósofo alemão, concorda comigo, com licença.

Eu sou daquelas que enlouquece buscando explicações, mas não se cansa enquanto não achá-las. Pois bem, exemplifico essa questão. Uma amiga sua adora andar de rosa, azul bic e verde limão. Você olha, acha estranho, mas se conforma pensando que o gosto não é discutível. Ora, como não discutir o gosto diante de uma situação dessas? Ela deve ter um motivo no mínimo esquisito pra gostar dessa combinação. Um trauma de infância talvez. Ou, sei lá, viu uma famosa usando e achou que era moda. Olha, sem querer querendo, acabei discutindo o gosto da coitada (e sei que você também fez isso, ainda que involuntariamente). Dizendo que o gosto é discutível, no meio de 500 pessoas dizendo que não é, é chato... muito chato. Aí, o que acontece? Você acaba concordando com a ideia da maioria, ainda que, no fundo, não concorde, e passa a ser um mero um por cento a mais pra tal da generalização.

Outra coisa nesse papo todo que me deixa, como diria um amigo meu, “tiririca”, é escutar as pessoas dizendo “sua inveja faz o meu sucesso, inveja é falta de capacidade, sou o que sou e ninguém vai me mudar”. Frases prontas, ditas da boca pra fora. A pessoa que diz tooooda essa ladainha, acho que nunca parou pra pensar no que tudo isso quer dizer. E depois, ainda, ousam dizer “sou original” o que, nas entrelinhas, significa “me inveeeeeeeeeeje”, contradizendo totalmente com as benditas frases prontinhas. É. O que quero dizer a vocês, caros leitores, é que muita gente tem vontade de destruir essas verdades universais mas, por comodismo, preguiça de pensar, falta de vontade de contrariar 99,9% das pessoas, acaba deixando assim. Afinal, muito desgastante gastar suas cordas vocais com seus próprios argumentos, né? Melhor não arriscar? Pois bem, eu vos digo: CORAGEM, arrisque-se! Não tenha medo disso, até porque seus pensamentos é que fazem você, por mais que estes sejam adversos à opinião geral da nação, amém. Se eu estou certa ou errada de pensar assim? Sei lá, é minha opinião, “sou o que sou e ninguém vai me mudar”, HEHE.

PS.: adjunto de novo visu *-* algo mais clean, porque resolvi ficar discreta (não me peça explicações). créditos ao meu amado rodrigo rott, que fez a capa pra mim. rod é dono do blog sujeito-simples.blogspot.com

9 argumentaram:

ramiro teixeira disse...

Curioso, acho que tivemos experiências semelhantes, tive a mesma impressão após uma aula de Filosofia: "gostar menos ainda das verdades universais".

Soph. disse...

é natural do ser humano, todo mundo um dia já se rendeu às verdades universais e já concordou com elas. o problema tá na nossa mente, e exatamente no que tu citou, O COMODISMO!

Geane Melo disse...

hehehe,realmente vc tem td a razão,existem frases que ficaram rotuladas e muitas vzes usa-se por comodismo,em uma situação que contradiz a frase,toda regra tem um prego que se destaca...
GENERALIZAR É O "Ó"

Genilda de Melo disse...

Há uma destas frases feitas que acho absurda:"Minha educação depende da sua".
Sinceramente, minha educação não depende do modo que me tratam. Se alguém for mal educado comigo, será mal educado sozinho, não vou embarcar nesta e me mostrar igual porque em certo momento da vida daquela pessoa sua "educação" falhou!

Cátia disse...

Meu, Bia,
tu te contradiz dizendo que as verdades universais te cansam e tu diz o gosto de roupa da guria ser talvez trauma de infância. Tu já parte duma verdade universal, que é 'o jeito que deve ser' (em visão de propaganda).
Lanço uma frase no ar: "Procure seus próprios Desejos. Já basta eles estarem sempre te impondo o deles."
Gostos são discutidos não para convencer um o outro, e sim pra se aceitar um o outro ((muit)as vezes, por consequência, acaba convencendo).
Estou te contradizendo.
E agora?

Bia disse...

obrigada pelas opiniões, gente :)

Bia disse...

@ainâteb bê, tem todo o direito de me contradizer! fui irônica ao dizer que foi um trauma de infância. na verdade foi um exemplo super chulo só pra mostrar que a gente vive discutindo o gosto um do outro. volte sempre :)

M disse...

interessante;;;

Paulo Henrique Testoni (Rikki Kitsune) disse...

Adorei mesmo! :D