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segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu procrastino, tu procrastinas, nós procrastinamos - mas não deveríamos.

Pois bem. Para quem não acredita que esse blog está atualizado, vou confessar que é surpresa até pra mim. Minha rotina absurdamente caótica impediu esses momentos de parar, sentar, olhar para a tela e dedilhar letras que formam palavras que, por sua vez, formam frases.

Sem mais delongas e explicações... descobri, na semana passada, após uma aula, a minha mania mais horripilante de todas as manias: a de procrastinar.
Procrastinar, sim, vocês leram isso. É o maldito ato de adiar as coisas.
É quando você precisa estudar e vê que há um mundo lindo para ser aproveitado lá fora - deixa o ato que deveria ser primordial para depois. É quando você precisa escrever e escuta sua cama te chamando após um dia insuportavelmente cansativo - adia novamente. É quando você não aguenta mais seu namorado e precisa terminar essa angústia que os cerca e vê que é muito mais cômodo ficar ao lado dele e ter programação definida aos finais de semana - adia mais uma vez.
Adiar, adiar, adiar. Viver pra quê? "Vivemos esperando o dia em que seremos melhores". E por que a gente não resolve que HOJE é o melhor dia para sermos... melhores em tudo?

O mais próximo exemplo prático para entender meu raciocínio é a rotina brasileira no fim/início do ano. Chega o Natal, o Brasil morre. E só ressuscita depois das 1.500 festas de Carnaval. Os meses de janeiro e fevereiro praticamente somem do calendário de grande parte da população. Vive-se sim, porém em stand by. Dá-se respostas automáticas, gestos automáticos, atos automáticos. Nada é, de fato, de verdade. A vida se torna uma mera passagem automática. Novamente, viver pra quê?

Pois não interessa se é primavera ou se é verão. Se é julho ou se é janeiro. Viver é um verbo que deveria ser conjugado com intensidade. Aquela intensidade "infinita enquanto dure" como ressalvou um dia, sabiamente, meu mestre Vinícius de Moraes. Não é justo conosco que deixemos tudo para depois. Aliás, é tolice da nossa parte, pois nem sabemos ao certo se esse depois chegará. O tempo corre, não volta atrás, um segundo sequer que seja. Não que vivamos somente de coisas úteis, pois isso nem condiz com a nossa própria condição de ser humano. Mas deixar de viver as coisas, sejam úteis ou não, por preguiça e procrastinação é muita ingenuidade (pra não dizer outra coisa).

Já que o ano de 2011 começou há pouco para uma massante parte dos brasileiros, que este ano seja bom/ótimo/intenso. Seja um ano de aproveitar o HOJE, o presente, que é, de fato, um imenso PRESENTE para todos nós. Não vivamos nos preocupando pelo que acontecerá amanhã (escutei isso de um padre, acreditem), nem nos martirizando pelo que ocorreu ontem... vamos ser feitos de hoje, de intensidade. Vamos deixar rolar, da melhor maneira possível, e ver no que dá. E sem procrastinar essa decisão, ok? É a sua vida que está em jogo nesta constante luta e, ao mesmo tempo, benção que é o dia-a-dia.

1 argumentaram:

Stéphanie disse...

Concordo plenamente Bia. Andei pensando nisso esses dias. O presente é tão significativo, mas ainda implicamos em pensar uito no passado e no futuro. É preciso viver, urgente!
Beijo linda.