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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Uma questão de bom gosto musical. Será?

Eis que ressuscito das cinzas mais profundas e obscuras para retomar isso aqui. Perdão, leitores, por tê-los abandonado... quem me conhece sabe que, às vezes, por mais que eu queira, a súbita vontade de escrever acaba sendo tomada pelo cansaço diário e, ao ter tempo livre, substituída por um desejo insano de descansar – e nada mais.
Também confesso que, durante esse tempo que me mantive ausente neste espaço, fui tomada por certos conformismos, que não me deram vontade de debater assuntos diversos, como fazia antes. Completamente péssimo uma acadêmica de jornalismo ser conformada com algumas situações, eu sei, mas foi o que aconteceu... até ser invadida por uma indignação súbita ao analisar alguns fatos.

Há tempo vejo muitas pessoas distribuírem ódios gratuitos para artistas de gêneros musicais, segundo eles, duvidosos. Tipo quem? Justin Bieber, Fiuk, Restart, etc. Aliás, Justin Biba, Fiuk trouxa, coloridos de m, etc. Deus me livre falar que curte um desses artistas taxados de babacas tocadores de guitarras – você imediatamente vai ser considerado de um clã inferior a qualquer inferioridade existente. E como é que se chama isso, meu amigo? Ter bom senso? Saber escolher um gênero musical decente e se indignar com o que não é decente (pra você)? Não. Isso tem outro nome... um nome horrível, mais profano do que o sentimento que esses artistas despertam em quem não gosta deles: PRECONCEITO. Preconceito puro, puríssimo, dos piores existentes. Aí você me diz, “não é preconceito. Conheço os artistas, são ruins. Não tocam música de verdade. Logo, quem gosta dessas músicas também não é de verdade.” Pois te digo que essas pessoas são de verdade, sim senhor.

Acredito que ninguém pode se dar o direito de dizer o que é música boa e o que não é. Isso é uma questão pessoal, de opinião própria. Eu, por exemplo, não gosto de sertanejo universitário, não curto mesmo... Mas não é por isso que vou ficar por aí indignada, gritando e desejando a morte de Jorge e Mateus, Maria Cecília e Rodolfo, Muriel e Sandro (isso existe?), e outros tantos espalhados pelo mundo. Eu sei que esses artistas são admirados por milhares e milhares de pessoas e, escondidos pelos holofotes, playbacks e violões, são seres humanos normais... Após a morte de Amy Whinehouse, cansei de ver gente fazendo cálculos no facebook de quantos anos demoraria pro Justin Bieber morrer. PRA QUÊ? Qual é a graça de ficar fazendo isso? Quais são os argumentos para odiá-lo tanto assim?! Por favor me apresentem, estou deveras curiosa...

Enquanto isso, continuo acreditando que nenhum indivíduo pode se dar o direito de ficar incomodando os fãs desses artistas e, até mesmo, os próprios. Não gosta da música deles? Pois bem, NÃO AS OUÇA. Simples assim. E respeite quem ouça... Afinal, nem todo o mundo admira os mesmos ídolos, os mesmos artistas, as mesmas coisas. Temos uma diversidade musical muito grande nesse mundo – ainda bem – e possuímos o livre arbítrio de escolher o que queremos escutar, em situações quaisquer. Já pensou que tédio seria se só existisse rock e seus tantos subgêneros? Eu não reclamaria, certamente, mas seria muito chato viver sem bufar quando o Luan Santana toca na rádio... (Beijo pros meus tantos amigos fãs de sertanejo universitário, hehe).