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quarta-feira, 12 de maio de 2010

SALVEM a seleção

Não sei como, depois de ontem, as orelhas do técnico Dunga não caíram. De tanto que ferveram, de tanto que este foi o nome mais comentado na tarde desta terça-feira, um mês antecedendo a Copa Do Mundo. Às 12h45 min estavam todos na expectativa de quem seriam os escalados para representar o país na competição mais importante pra nós (nesse caso ouso generalizar). Glenda Kozlowski, o tal do Tiago no Globo Esporte e eu, fixa na TV. Após o ocorrido, após aquela lista de convocados, que me fez encarar cada jogador por três segundos, a decepção. Cadê o Victor? Cadê o Ronaldinho Gaúcho? Cadê o resto dos Meninos da Vila? Pois é. Corri pro twitter e vi que não era só eu. Geral tocou no nome do Dunga. Todos utilizaram ao menos um minuto do seu precioso tempo para filosofar a respeito da decisão do técnico. Uns mais timidamente, dizendo que Dunga tá lá e sabe o que faz. Outros mais revoltados, não entendendo inúmeros porquês, todos com nomes: Ganso, Neymar, Ronaldinho, Adriano, etc e tal. Jogadores chorando por não terem sido convocados, já outros chorando de alegria porque vão conhecer a África do Sul. Não sou lá muito entendida de futebol, confesso, bem como confesso que Dunga entende disso um milhão de vezes mais que eu. Acontece que eu fiz parte dos 80%, ou grande maioria, como queiram, que se revoltou com essa escalação. Fiquei indignada, porque grande parte dos jogadores que foram escalados eu mal conheço (eu disse que era desentendida)!! Chateada, porque ao invés de eu gritar pelo Ronaldinho, vou ter que gritar pelo Grafite (???) que eu nunca vi mais magro, desculpe.

Os ídolos dessa maioria não entraram. E a válvula de escape foi atirar todas as raivas e pedras em cima do técnico, que ganhou os adjetivos mais horripilantes imagináveis e inimagináveis. Dunga não cedeu às pressões do povão. Colocou como lateral jogadores que não estavam jogando nessa função. Enfim, surtou. Fumou, loqueou, teve uma intuição que assim funcionaria, sei lá. E foi comparado com Felipão, que não escalou Romário para a Copa de 2002, foi chamado de burro e o diabo a quatro, mas trouxe o penta pra nós. Literalmente, calou a boca da tão chatinha maioria. Se esse episódio vai se repetir novamente esse ano? Não sei. Mas espero que sim. Pois, caso não aconteça, dou a dica pro tal do Dunga não sair mais de casa, de tanta pressão que vai sofrer com os “e se o Neymar tivesse jogado”, “e se o Victor tivesse no gol aquela hora”, “e se o Ganso tivesse lá naquele minuto”, e se, e se, e se. Na boa, fiquei com raiva do técnico e agora, mais calma, estou com pena. A gente tem essa mania de sofrer por antecipação, cobrar por antecipação, mas, CALMA, a Copa tem um mês ainda pra começar. Acho melhor só deixarmos pra sofrer todas essas angústias e amarguras depois, na hora, no ato. Todo mundo merece uma chance, e vai, o Dunga também merece. Mas confesso que não me sinto nada empolgada em ter que gritar e torcer pelo tal do Grafite. Me dou o direito dessa implicância.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Abandone as verdades universais

Se tem uma coisa que consegue me irritar profundamente são as famosas verdades universais. Gosto não se discute, o amor é o sentimento mais nobre que existe, inveja é falta de capacidade, entre outras tantas milhares chatas como essas. É, chatas. Essas frases são consideradas “verdades”, pois uma grande maioria dos indivíduos concorda com elas. Quer saber? Grande coisa. Não consigo entender, aliás, como uma verdade pode ser estabelecida a partir de uma maioria. Enfim. Já não gostava dessas tais verdades, e depois de sair de uma aula de filosofia, passei a gostar menos ainda. Finalmente escutei alguém dizer “gosto não se discute? Pois não há nada mais discutível do que o gosto” e Kant, um filósofo alemão, concorda comigo, com licença.

Eu sou daquelas que enlouquece buscando explicações, mas não se cansa enquanto não achá-las. Pois bem, exemplifico essa questão. Uma amiga sua adora andar de rosa, azul bic e verde limão. Você olha, acha estranho, mas se conforma pensando que o gosto não é discutível. Ora, como não discutir o gosto diante de uma situação dessas? Ela deve ter um motivo no mínimo esquisito pra gostar dessa combinação. Um trauma de infância talvez. Ou, sei lá, viu uma famosa usando e achou que era moda. Olha, sem querer querendo, acabei discutindo o gosto da coitada (e sei que você também fez isso, ainda que involuntariamente). Dizendo que o gosto é discutível, no meio de 500 pessoas dizendo que não é, é chato... muito chato. Aí, o que acontece? Você acaba concordando com a ideia da maioria, ainda que, no fundo, não concorde, e passa a ser um mero um por cento a mais pra tal da generalização.

Outra coisa nesse papo todo que me deixa, como diria um amigo meu, “tiririca”, é escutar as pessoas dizendo “sua inveja faz o meu sucesso, inveja é falta de capacidade, sou o que sou e ninguém vai me mudar”. Frases prontas, ditas da boca pra fora. A pessoa que diz tooooda essa ladainha, acho que nunca parou pra pensar no que tudo isso quer dizer. E depois, ainda, ousam dizer “sou original” o que, nas entrelinhas, significa “me inveeeeeeeeeeje”, contradizendo totalmente com as benditas frases prontinhas. É. O que quero dizer a vocês, caros leitores, é que muita gente tem vontade de destruir essas verdades universais mas, por comodismo, preguiça de pensar, falta de vontade de contrariar 99,9% das pessoas, acaba deixando assim. Afinal, muito desgastante gastar suas cordas vocais com seus próprios argumentos, né? Melhor não arriscar? Pois bem, eu vos digo: CORAGEM, arrisque-se! Não tenha medo disso, até porque seus pensamentos é que fazem você, por mais que estes sejam adversos à opinião geral da nação, amém. Se eu estou certa ou errada de pensar assim? Sei lá, é minha opinião, “sou o que sou e ninguém vai me mudar”, HEHE.

PS.: adjunto de novo visu *-* algo mais clean, porque resolvi ficar discreta (não me peça explicações). créditos ao meu amado rodrigo rott, que fez a capa pra mim. rod é dono do blog sujeito-simples.blogspot.com