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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Todos os anos da minha vida.

Confesso que estava fugindo muito desse post de final de ano. Confesso também não entender o por que de eu estar sendo tomada por um sentimento inexplicavelmente forte de angústia e melancolia. Sempre assimilei final de ano com festa, alegria, diversão, amizade, loucura, e tudo que há de bom.
Porém, nesse ano de 2009, mais precisamente agora no final dele, começou a cair a minha ficha... a ficha de que as coisas não são mais 100% cor de rosa, que a vida não sorri pra você exatamante todo o tempo.
Discursinho pessimista? Não, caro leitor... entro naquele clichê de dizer que esses meus relatos não passam do mais doce e puro realismo.
Sabe que 2009 foi um ano de muitos aprendizados... se não o de maior aprendizado!
Largar a escola, encarar a faculdade, encarar primeiro emprego, encarar RES-PON-SA-BI-LI-DA-DE, com todas as sílabas.
Não foi nada fácil largar a rotina de ensino médio, não ver mais os seus colegas que você via todo dia, ter que se virar na fria rotina acadêmica, ter que engolir MUITA gente chata.
Porém, confesso admitir que tive muita sorte. Coisa boa ter achado emprego na minha área, e de cara poder desfrutar das delícias da melhor profissão do mundo... Ter achado colegas tão bacanas, aqueles que senti desde o começo que estariam do meu lado em todas e quaisquer circunstâncias e situações.
Confesso admitir que, de cara, sabia o que queria pra mim e pra minha vida... ter escolhido um curso que parece ser moldado perfeitamente pra mim, obedecendo todos os detalhes possíveis.
Confesso que fiz muita festa, muita folia, muitas loucuras... Fiquei trêbada, tive amnésias, dei muita risada, curti intensamente os melhores amigos que poderiam existir pra mim.
Me decepcionei, aprendi. Me apaixonei, enlouqueci. Amei, desamei, sofri, sorri, chorei, gargalhei, briguei, cantei, desencantei, iludi, fui iludida, acordei bem humorada, acordei bufando, dormi chorando, dormi amando, tive frios na barriga, engoli 783 sapos, escrevi horrores, me emocionei, e, principalmente, aprendi.
Aprendi com absolutamente cada intenso segundo vivido em 2009, este que foi o ano mais f*da até então, e o ano que passou mais rápido.
Rápido porque não vi o tempo passar, rápido porque nem fiz planos, deixei acontecer.
2009 foi o ano do crescimento. O ápice. Aquele que eu aprendi que eu sou independente, independentemente da minha dependência. Aprendi que eu posso amar e ser amada, sem precisar sofrer. E isso também me fez crescer. MUITO!
Aprendi que, infelizmente, não dá pra abraçar o mundo. Que a palavra que eu mais odeio no mundo é também a mais verdadeira. PRIORIDADE. Nossa, tenho pavor de falar, ouvir e ler isso. BLÉ. Amigas ou namorado? Será que elas vão entender? Mãe ou trabalho da faculdade? Será que ela vai entender? Me controlo ou jogo tudo pro alto? Será que todos vão entender?
Pois bem. Para 2010 eu digo o seguinte: DESPREOCUPE-SE. Conselho de mim para mim mesma.
Deixe acontecer, deixe viver, deixe que a vida siga nos seus conformes, bem como deve ser.
Eu acredito em destino e eu sinto que esse ano vai ser meu. De novo.
Adeus, ano velho, obrigada por ser assim, como todos os anos da minha vida: MEU.
Obrigada pelas pessoas que passaram cada dia por mim, mas MUITO MAIS obrigada pelas que continuarão a passar e por aquelas que virão.
Eu tô com muita ânsia de te viver, 2010, porque sei que tu serás único, especial, cheio de surpresas e aprendizados.
E para você, que perdeu um pouco do seu tempo lendo isso aqui... sem promessas, sem choros, sem velas... Apenas viva! Viva, pois não há nada mais maravilhoso que deixar acontecer e deixar que a vida e o destino se encarreguem do resto.

QUE TUDO SE REALIZE NO ANO QUE VAI NASCER.
É o que eu desejo pra mim. É o que eu desejo pra você.
Feliz 2010.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

140 caracteres

Seríamos capazes de dizer absolutamente tudo que sentimos e deixamos de sentir num espaço twitteramente de 140 caracteres? Ok, permito-me às generalizações e afirmo que... não. Eu não sei, me incomodo com o fato de ter espaço limitado para me expressar, por mais que isso possa ser uma forma de organização, bem organizada, por sinal. Mas sei lá, eu que sou, definitivamente, de fazer rodeios, de às vezes ser adepta ao tal do “embromation”, realmente me surpreendi por estar usando (e direto, por sinal), esse tal do twitter. Um meio de comunicação fácil, rápido, prático, simples e, para mim, uma forma de desabafo. Às vezes pareço falar comigo mesma naquele espaço, traduzo meus pensamentos e sentimentos para os (malditos) 140 caracteres e confesso me sentir inexplicavelmente aliviada depois. Incrível como descobri a minha necessidade de desabafo depois que eu comecei a ser adepta dessa tecnologia. Confesso às vezes nem dar bola para o que os que eu sigo escrevem, e percebi isso porque deixei de seguir umas 15 pessoas essa semana. Incrível como eu estou mais próxima de mim mesma, rindo das minhas próprias piadas e desgraças. Incrível como só eu mesma consigo me entender, às vezes, ou como nem eu sei o porquê de ter escrito isso ou aquilo. Estaria eu usando essa ferramenta do modo incorreto? Será que mais gente usa o twitter como forma de desabafo? Sem mais delongas e questionamentos, acho, sim, maravilhosa essa capacidade de comunicação. Seja consigo mesmo, seja de si para com seus seguidores, seja dos que você segue para eles mesmos, sei lá, eu acho isso incrível. É, eu sou uma apaixonada pela comunicação mesmo. Porém, desculpe, twitter, mas sem limitações. Ele que me livre de limitar minhas palavras. Enlouqueceria. Fato.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

É dela a sensação inédita (em fotos)



Ela acreditava que um dia seria possível. Aliás, ela mal e mal sabe distinguir o possível do impossível. Ela é apenas uma menina, uma ingênua menina... que está descobrindo (e precisando saber) o que é o verdadeiro poder do amor.



Ela engolia os sentimentos como se fossem demônios a incorporando. Ela queria intensidade, só intensidade... Sede de sentimentos inéditos, fome de sensações adversas, desejo por qualquer tipo de paixão. E, de tanto que buscou, ela desistiu.



Mas a vida, essa vida e seu destino que insistem pregar peças, resolveu a surpreender. Um beijo e um gosto mal lembrado foi o suficiente para que a instigasse. O almejo para conhecer melhor aquilo que ela não se recordava estava tomando sua alma por completo. Ela enlouqueceria se não pudesse repetir a cena, se não pudesse viver aquilo mais uma vez – nem que fosse somente uma vez, apesar de ela querer isso para o resto da vida.



Foi aí, então, que ela enlouqueceu. Não quis saber do tal do possível ou impossível, ela queria aquela sensação de novo, e se jogou. Foi de cabeça, de corpo e de alma.



Os olhos dela brilhavam. O coração palpitava aquela sensação inédita-que-não-era-inédita que ela sempre quis. Aos poucos o beijo e o gosto, que não passavam de um fio de lembrança na sua memória, foram se tornando um misto de sentimentos inexplicáveis.



Dentro dela foi composta uma poesia, uma canção, uma lenda, o início de uma história sem previsão de final. E a cada vez que ela sentia aquilo, mais e mais ela necessitava sentir.



E essa menina, essa ingênua menina, hoje desfruta das melhores sensações do mundo. Ela acreditava que um dia seria possível...

Amor ou demônio?

Do amor e outros demônios (Del amor y outros demonios) é um romance mágico do colombiano Gabriel Garcia Márquez, reconhecido por redigir histórias baseadas na sua vivência como jornalista. Neste livro, com publicação da Editora Record e tradução de Moacir Werneck, esta realidade não é diferente. Garcia Márquez relata a vida de uma marquesinha de doze anos e, paralelo à menina, trata temas polêmicos como o preconceito, a intolerância, os conflitos religiosos e o desprezo dos progenitores para com a filha. O livro foi inspirado por uma reportagem que o autor deveria fazer acerca da demolição do Convento Santa Clara. Ao chegar no local, teve acesso ao túmulo das freiras e em um deles encontrou o esqueleto de uma adolescente com uma enorme cabeleira. Tal fato o fez lembrar de uma lenda contada por sua avó, da marquesinha que tinha mais de vinte metros de cabelo, lenda esta que foi relatada no decorrer deste romance que chega à sua 6ª edição em 1995, recebendo o prêmio Nobel de Literatura.

Nessa fantástica obra-prima, Gabriel García Márquez sensibiliza seus leitores com a história da pequena Sierva Maria de Todos Los Angeles, menina que fora rejeitada pelos pais marqueses assim que nasceu. Sierva Maria foi criada pelos escravos africanos da casa e com eles aprendeu os costumes e a religião da África. No dia do seu décimo segundo aniversário, uma das escravas a levou até a feira, onde a menina foi mordida por um cão que estava com raiva. Ninguém se deu conta do perigo, até o dia em que uma cigana apareceu na casa do marquês e contou que a menina fora mordida. Mesmo não acreditando, o pai foi averiguar. Após um tempo, Sierva Maria apresentou sintomas da doença, deixando o pai totalmente culpado por não tê-la amado. Aí, então, o marquês passa a dar valor à filha, procurando ajudá-la de todas as formas, algumas não apoiadas pela Igreja. O bispo, tendo consciência do fato, chamou o marquês para uma conversa, e supôs que a menina estava em plena possessão demoníaca e que deveria ser imediatamente internada no convento. Lá, Sierva Maria foi internada na ala das enterradas vivas. No dia que fora ao convento, diversos fatos intrigantes ocorreram, reforçando a ideia de que a menina estava mesmo sob posse de demônios. O bispo convoca o padre Caeytano para ajudá-la e eles acabam se apaixonando. O romance puro, porém proibido, é delicadamente relatado até o final do livro, fazendo levantar um questionamento se a menina sofria de possessão de demônios ou se o seu problema era única e exclusivamente a escassez de amor.

É inevitável não lembrar dos contos de fadas ao ler este romance. Gabriel Garcia Márquez parece fazer uma analogia clara entre a menina Sieva Maria e a princesa Rapunzel, não somente pela longa cabeleira que ambas possuíam, mas também pela amabilidade escondida num rosto de donzela. Ambas tinham um “príncipe encantado” em suas vidas e, enquanto Rapunzel estendia suas longas tranças para seu amado escalar a torre, o padre Cayetano escalava heroicamente o muro para visitar sua amada e com ela trocar juras de amor eterno. As duas histórias distinguem-se no final, sendo o conto de fadas um final feliz e a história da menina e do padre um final trágico, porém lógico e extremamente racional e emocionante.

O amor do padre e da menina era o único demônio presente constantemente na obra. Demônio este que possuiu a alma de ambos, tornando-os dependentes daquele sentimento inédito. Gabriel Garcia Márquez foi totalmente feliz em construir esta história regada a lições, despertando em seus leitores sentimentos de cumplicidade para com a obra, esta que possui um final surpreendentemente incrível, fugindo de todos os clichês. Do Amor e Outros Demônios é para todos aqueles que buscam surpresas em palavras magicamente bem escritas.

Leiam, vocês vão amar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tamanho da saia ou tamanho da mente?

A essa altura do campeonato, todos devem ter ouvido, visto ou até mesmo presenciado o fato ocorrido com a universitária da Uniban. A jovem estudante de 20 anos foi completamente ridicularizada no dia 22 de outubro por ir à faculdade usando um vestido rosa, considerado muito curto pelos seus (fofíssimos) colegas. Num país onde somos reconhecidos pelo uso de biquínis que mal e mal escondem o que, na prática e teoria, não deveria ser mostrado, tal fato é, no mínimo, irônico. Engraçado mesmo, pois o vestido sequer tinha decote e o comprimento era suficiente, nada supostamente vulgar. Pelo menos não tanto assim para se chegar ao ponto de uma expulsão e de uma repercussão negativamente estrondosa. É completamente lastimável pensar que as pessoas, nesse caso ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E NÃO DE COLEGIAIS PRIMÁRIOS, ainda julgam por aparências. E, diante disso tudo, eu me pergunto se o vestido era pequeno ou pequena era a mente dos que protestaram, hostilizaram e expulsaram a menina do seu direito de estudar. Direito este que, mais uma vez ironicamente, é para todos. Sem nenhum tipo de restrição.

Pauta para o site do Tudo de Blog 2009: Depois desse bafafá todo com a universitária da Uniban, fica a questão: o problema todo foi mesmo o tamanho da saia? De quem foi a culpa, no final das contas (Se é que houve culpados, claro!)?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

É dela a sensação inédita

Ela acreditava que um dia seria possível. Aliás, ela mal e mal sabe distinguir o possível do impossível. Ela é apenas uma menina, uma ingênua menina... que está descobrindo (e precisando saber) o que é o verdadeiro poder do amor. Ela engolia os sentimentos como se fossem demônios a incorporando. Ela queria intensidade, só intensidade... Sede de sentimentos inéditos, fome de sensações adversas, desejo por qualquer tipo de paixão. E, de tanto que buscou, ela desistiu. Mas a vida, essa vida e seu destino que insistem pregar peças, resolveu a surpreender. Um beijo e um gosto mal lembrado foi o suficiente para que a instigasse. O almejo para conhecer melhor aquilo que ela não se recordava estava tomando sua alma por completo. Ela enlouqueceria se não pudesse repetir a cena, se não pudesse viver aquilo mais uma vez – nem que fosse somente uma vez, apesar de ela querer isso para o resto da vida. Foi aí, então, que ela enlouqueceu. Não quis saber do tal do possível ou impossível, ela queria aquela sensação de novo, e se jogou. Foi de cabeça, de corpo e de alma. Os olhos dela brilhavam. O coração palpitava aquela sensação inédita-que-não-era-inédita que ela sempre quis. Aos poucos o beijo e o gosto, que não passavam de um fio de lembrança na sua memória, foram se tornando um misto de sentimentos inexplicáveis. Dentro dela foi composta uma poesia, uma canção, uma lenda, o início de uma história sem previsão de final. E a cada vez que ela sentia aquilo, mais e mais ela necessitava sentir. E essa menina, essa ingênua menina, hoje desfruta das melhores sensações do mundo. Ela acreditava que um dia seria possível...

mil perdões pela falta de atualização.
prometo não abandonar nem o blog e nem vocês!
beijss

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dom de hipnotizar

Eu não tinha a consciência do meu apego aos sentidos, e só passei a ter depois de diversos fatos corriqueiros que me fizeram perceber. É mágica a multiplicidade de sensações que ocorrem no meu eu lírico quando entro em contato com perfumes, cheiros, gostos, sabores... Um simples fechar de olhos e sentir o que paira no ar me faz viajar a lugares distantes, relembrando momentos, fatos e, principalmente, indivíduos. Sou totalmente dependente das fragrâncias e dos gostos. Preciso senti-los excessivamente e com uma imensa intensidade, para que qualquer mísero detalhe possa se impregnar em minha mente, para nunca mais sair. Sou tão obcecada e maluca, que sou capaz de sentir o cheiro hipnotizante no ar, ou até mesmo o gosto viciante na boca, sem quaisquer tipos de contatos físicos concretos. Ouso até afirmar que me apaixono mais pelos sentidos do que pelas pessoas que me proporcionam os mesmos. Sentidos são mais poéticos, são mais excitantes, são mais intensos e inexplicavelmente viciantes e hipnóticos. Ao menos para mim, uma idealizadora nata.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

vida louca...

Eu admiro a maneira com que a humanidade se porta em reclamar da loucura de suas vidas ao invés de simplesmente vivê-la, sem esperar por consequências imediatas.
Todos vivem se martirizando por um suposto auto-conhecimento que, muitas vezes, não nos leva a lugar algum, só acaba deixando a vida um tanto pouco sem graça.
Não sei quem foi que inventou que precisamos conhecer os nossos limites para sermos alguém feliz. Desculpe o inventor deste grandioso jeito de pensar, mas eu discordo plenamente. Viver com uma ânsia desconhecida é muito melhor que passar um período imenso da vida se auto-conhecendo. E eu digo o porquê: eu adoro o fato de saber que estou convivendo com uma alma desconhecida que pode me surpreender a cada momento, seja através de um gesto, de uma palavra, de uma simples ação. Eu não tenho vergonha de dizer que não me conheço, e tampouco tenho pressa para saber quem eu sou verdadeiramente. Eu pretendo deixar que o tempo responda aos meus questionamentos, sem queimar nenhuma etapa.
Quiçá seja isso que falta na vida de muitos: permitir-se, não viver com essa teimosa urgência. Creio que digo isso por acreditar em destino, por acreditar que simplesmente vivendo o presente (sem esse negócio de ser apressadinho) o futuro vem nos seus conformes, bem como ele deve ser.
E, sabe o quê? O bom de toda essa vida maluca é saber que os nossos limites às vezes nos surpreendem. O prazer da realidade cada um permite a si, seja da forma que ela for. A solução é se permitir, a solução é a intensidade, a solução é olhar pra trás e agradecer o que está por vir. Se a gente colhe o que planta, não há nada a temer. A vida, por mais previsível que pareça, continuará loucamente nos surpreendendo. Felizes aqueles que desconhecem seus limites, pois esses viverão perplexamente e com uma ânsia muito maior de viver.

domingo, 23 de agosto de 2009

Beleza é fundamental?

Num desses breves papos que iniciam a semana, lá estava eu dialogando com minha linda amiga que participou de um concurso de beleza. Seria um papo normal se eu não tivesse ficado absurdamente embasbacada em relação a um fato visivelmente ascendente na sociedade: fazer de tudo para criar uma beleza perfeita. Sim, exatamente isso... As pessoas não se contentam com o que tem, arrumam absurdos motivos para se acharem ridículas e fazem plásticas e diversas correções em si jogando as culpas na coitada da baixa auto-estima. Não sei quem foi que criou os padrões de beleza, mas, convenhamos, ô serzinho maldito! Chega a ser cômico pensar que vivemos no auge da era moderna e as pessoas ainda conseguem ter um pensamento pré-histórico onde se você não possuir um narizinho arrebitado, um corpinho sarado e afins, você não passa de um "protozoário" (e olha que fui gentil). Ok, até deixo você pensar que sou exagerada, até porque adoro hipérboles. Mas tenho um certo tipo de convicção para falar sobre isso, porque vivo num universo onde os defeitos são ligeiramente notados. E essa velocidade de percepção às vezes é tamanha que a pessoa vira paranóica e acaba enxergando seu defeito completamente embaralhado. Não vem ao caso achar os culpados para que isso ocorra, mas é muito comum ligar a televisão ou abrir as revistas e se deparar logo na primeira olhada com pessoas lindamente idealizadas. A mídia às vezes passa aos seus espectadores uma visão absurda de beleza e faz as mesmas viverem em constantes comparações. Tudo então parece ir por água a baixo quando você não tem o estereótipo do Gianecchini ou da Aline Moraes. Passar pelo espelho se torna um pesadelo e se você não emagrecer aqueles malditos cinco quilos sua vida vai virar um inferno!! É lastimável ver que o índice de plásticas só aumenta e está sendo feito cada vez mais cedo. Óbvio, algumas pessoas realmente precisam, caso a parte a ser corrigida seja verdadeiramente um incômodo. Só critico explicitamente as pessoas com quem a natureza foi gentil que ficam reclamando porque querem ser um molde da perfeição, quiçá ponderando que assim serão mais bem quistas aos olhos desse povo julgador. Discordando do verso do meu queridíssimo Vinicius de Moraes: "as muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental", dar bola somente para aparências não passa de um sentimento abstrato e inseguro. É preciso se olhar no espelho, permitir-se enxergar o que você tem de melhor e valorizar isso tão delicadamente quanto uma mãe que paparica seu neném recém-nascido. A beleza natural é a coisa mais linda que existe, por mais que você se enxergue como o tal do protozoário. E, acima de tudo, valorize o seu amor próprio, antes que ele se una aos inúmeros amores-próprios que estão em disparate perdidos ao mundo. Afinal, se você não gostar de si próprio, será que alguém irá gostar? (claro, a não ser a sua avó, que lhe acha lindo em qualquer situação).

"Beleza atrai, conteúdo convence" :)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Querido diário,

primeiro, preciso declarar as minhas sensações do momento, certo? Pois bem, estou cansada. Antes que tu penses “ih, lá vem as palavras melancólicas de Bianca Hennemann”, não, estou cansada literalmente mesmo. Tu sabes, melhor que ninguém, que se há algo que eu venero nesse mundo é conjugar o verbo dormir – em todos e quaisquer tempos. E isso é um dos atos que menos faço nestes últimos tempos... Durmo tarde devido à aula e, quando posso dormir mais cedo, minhas mãos se atraem inexplicavelmente ao teclado e fazem com que eu fique até altas horas reportando informações (lê-se fazendo uma social) via internet (e escutando minha mãe acordar de dez em dez minutos: filhavaidormiramanhãvocêtrabalha). Enfim. Vou lhe relatar a minha quinta-feira maluca. Vim cambaleando até o jornal, e tive que encarar um computador babaca – o meu estragou na quarta. Aquele teclado me irrita, tenho que digitar com força e, como se não bastasse, às vezes as letras eram “comidas” por ele e o monitor não vai com minha cara. BLÉ. Enfim, sem mais delongas quanto a isso, tem coisas do trabalho que eu não tô a fim de relatar. Cheguemos à parte mais interessante: a ida à faculdade. No ônibus, dormidinha básica, em meio as minhas 500 coisas que preciso levar junto, senão enlouqueço. Viagem seguia tranquila, até chegar em Picada São Paulo, quando minha amiga linda veio sentar do meu lado. Fofoquinhas em dia, foi aí que percebi QUANTA coisa aconteceu comigo nas férias. Eu, hein. Desde trabalho, família e, principalmente, assuntos que diz respeito ao meu lado afetivo. Hm... Chegando à faculdade, fui logo ao barzinho para encontrar as meninas mais lindas da Unisinos (e só de pensar que elas não são minhas colegas neste semestre, já me bate AQUELA angústia. Chorei). Mais fofoquinhas, fui à sala. Ok. Entrei, dei boa noite pra turma, fui com a cara da professora (linda e loira, bah!). Me sentei, quase que me ajeitei, ela me deu uma folhinha. Ok. Comecei a assistir a aula e me senti meio estranha. Até que a loira aqui resolve ler o que a folhinha dizia... me deparei com um belo INGLÊS INSTRUMENTAL, sendo que o nome da minha cadeira da noite era um pouquinho diferente... Português para Comunicação II. Tudo bem, sou uma Hennemann, consegui sair pela tangente - HAHA [/mentira]. Saí no desespero para achar minha sala correta. Pensei: “pronto, tudo conspira ao meu favor aqui, ótimo”. Tudo bem. Segunda-feira a aula foi uma verdadeira chatice. Não só pela professora, que fala e fala e fala e não diz nada, mas pelos meus colegas, uma vez que não fui com a cara de quase ninguém. Sim, diário, tu sabes que eu sou muito dessa coisa de bater o santo. Como se não bastasse, na terça-feira ocorreu a mesma coisa. E recebi um prêmio especial que talvez não cabe comentar aqui. HAHA. Enfim, voltemos à quinta-feira. Finalmente um pingo de sorte numa semana que tinha tudo para ser absolutamente frustrada: meus colegas são legais, minha professora é um amor amor amor (não, dessa vez não fui irônica), e conheci uma amiga nova que já vi que me darei muito bem no decorrer do semestre :) Tudo para ser perfeito, né? Pois bem, para cortar o meu barato, descobri que esse ano terei que perder um domingo para fazer um exame de avaliação para o MEC. Fui convocada. Psss... Não tem problema, nasci mesmo pra me ferrar, já estou me acostumando com a ideia. Deve ser o governo resolvendo “me dar nos dedos” por todas as verdades que já escrevi acerca dos seus atos. Depois da aula maravilhosa, resolvi passear pelos corredores do Direito, junto com minha amiga. Encontro lindo com uma professora queridíssima no... banheiro. Ótimo lugar para se encontrar professoras antigas, né? Haha. Ok. Volto ao ônibus. A viagem de volta me deixa angustiada, sério. Mas, inacreditavelmente, diááário, CONSEGUI dormir! Perfeito seria se eu não tivesse sonhado, pois acordei de supetão com o bus quase chegando na minha casa e, pra completar, o sonho estava bom. Saco. Acordei apaixonada e perdi o sono. A volta foi como sempre... beijo na Elvis (que não curtiu muito a ideia de eu acordÁ-la, e me deu uma carinhosa bicada), beijo na mãe, leitura de quinze minutos. Finalizei minha quinta-feira maluca tentando de todas as maneiras voltar pro sonho da viagem de volta. Me virei, desvirei, virei novamente, me olhei nos espelhos espalhados pelo quarto, tentando enxergar o que havia no meu inconsciente pra continuar aquele sonho... Óbvio que não consegui, né. Mas, enfim, quem sabe ele se torne realidade – juro que vou me contentar com isso ;)
Beijos, querido diário, até um dia desses.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A fé que move o mundo?

É incrível como existe nesse mundo indivíduos com alto poder de persuasão. Tais pessoas, dignas da ousada definição “correspondentes de Deus”, conseguem mover ideias de uma maioria significativa a partir de uma concepção individual. Sim, é do caso Edir Macedo que eu vos falo. Não sei até que ponto as informações transmitidas pelos veículos de comunicação são reais ou equivocadas, mas sei que é impressionante a maneira com que esse senhor conseguiu persuadir tanta gente, digamos que ingênuas, por uma causa que mexe com o interior de muitos: a fé. Sinceramente, prefiro não explicitar a minha opinião sobre a capacidade humana de exagerar nas próprias crenças, até porque não acredito que ela seja hiper bem fundamentada... O que posso adiantar é que não consigo engolir certos dogmas impostos por tais instituições sem sequer me questionar os seus porquês, inclusive questões acerca da intenção financeira que elas têm por trás de todos os sublimes ensinamentos (ok, eu havia dito que não explicitaria nada, mas isso eu juro que não resisti – hehe).

Enfim, voltemos ao assunto mencionado. Até que ponto um ser humano é capaz de ir para defender a sua própria fé? Até que ponto esse mesmo ser humano pode chegar acreditando nos vocábulos que um único indivíduo menciona? Com todo o caso reportado para a realidade brasileira anteontem, 11 de agosto, você já parou para se perguntar quantas pessoas foram afetadas? Quantos seguidores tiveram que suportar o fato de que foram passados para trás e, sim, feitos de trouxas, babacas, e todos os adjetivos terríveis nem um pouco condizentes com o que a questão religiosa, na teoria, quer passar? Infelizmente, caro leitor, tais interrogações eu sou completamente incapaz de responder. A única coisa que posso afirmar, diante disso tudo, é que quiçá nenhum desses fiéis (clientela, quem sabe) tenha parado esse tempo para se indagar se tudo o que o tal do Macedo dizia era, na verdade, a própria verdade (!) e o caminho certo a seguir. Ou você doaria a cama onde você mesmo dorme àquele correspondente citado na terceira linha deste humilde texto? (um exemplo, ok, não que isso necessariamente tenha ocorrido). Fica aqui alguns dos meus questionamentos, pena que talvez nunca posso eu obter a resposta dos mesmos.

Agora, mais impressionante que o próprio caso do excelentíssimo Macedo, é a oportunidade que a mídia vê nisso tudo. Sim, volto a falar de repercussão. Eis o assunto que talvez fará com que esse povão esqueça um pouco a maldita gripe suína, gripe a, gripe h1n1, gripe nova, gripe do dimonho, sei lá a definição que você tem para a queridíssima. Tudo isso por um simples e claro motivo: a briga de gigantes entre as emissoras Record, da qual Edir Macedo é dono, e Globo, que transparece um certo anseio para com a primeira emissora mencionada. Sim, MEDO. Ou teria outra explicação para gastar cerca de 1/3 do telejornal principal da emissora falando, nitidamente, mal da outra, mostrando graficozinhos, fatos explicados tim tim por tim tim para onde supostamente o dinheiro dos fiéis era direcionado? E o mais engraçado é que o tal medo parece ser (lê-se É) recíproco. E o que é ainda mais cômico de todo esse fuzuê é, no outro dia, ver a ex queridinha da Globo, agora na Record, explicando uma versão modificada dos fatos e “tacando” mais fogo na lareira alfinetando a emissora toda poderosa!

Sim, o ramo jornalístico tem dessas. E mal sei eu se um dia não morderei minha língua por falar tudo isso. O grande problema é que essa área, tão pomposa e magnífica a meu ver, sempre acaba passando uma imagem bem negativa para a população (e o pior que muitas vezes com tamanha razão). Da mesma forma que um fiel é capaz de fazer tudo pela religião, tais meios de comunicação fazem tudo para obter o alvo central da mídia. É tudo um verdadeiro circo na televisão brasileira, e o pior que quem compra a pipoca e assiste de camarote somos nós mesmos.

PS. 1: Sem quaisquer ofensas àqueles da religião mencionada.
PS. 2: Entenda um pouco mais da situação no http://teletube.wordpress.com, post do B!
PS. 3: Uma boa noite, e até amanhã. [/William Bonner] HAHA ;*

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Confissões de uma chocólatra

Sentir derreter em minha boca o melhor sabor existente no universo. Cerrar os olhos e permitir-se viajar para lugares distantes, longe de quaisquer alcances, com essa sensação deliciosamente ‘viciante’. Deixar que essa sintonia me invada por completo, escutar a musicalidade que esse misto de sentidos me causa, tão sutilmente que me faça sentir a criatura mais divina e esplêndida comparada às demais. Não há maior prazer concreto que consola o espírito que essa pasta alimentícia feita de cacau e açúcar, popularmente conhecida como chocolate. Por ti alimento uma paixão agradavelmente platônica, uma relação amorosa explícita, uma admiração sem limites conhecidos. Sei que jamais poderá se expressar para me recitar qualquer vocábulo poético, sei que nunca serei correspondida por tamanho afeto, assim como tenho plena consciência que em tempo nenhum poderei retribuir o tamanho bem que tu me fazes. Portanto me contento com a leveza da sensação que me proporcionas, capaz de me transferir ao meu infinito peculiar e me fazer omitir tudo, até mesmo a minha própria existência.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Paga pau?

Eu herdei da minha mãe uma virtude que falta a muitos seres humanos: a capacidade de elogiar. Que atire as pedras necessárias o indivíduo que não gosta de escutar qualquer tipo de reconhecimento por algo que fez, tem ou é. Além de levantar a auto-estima, o simples fato de explicitar uma opinião positiva para com alguém torna o convívio muito mais harmônico e pacífico. Não entendo o porquê do elogio ser tão repreendido para ser dito, e por que a crítica parece ser tão mais prática e sublime de sair da boca de alguém. O problema das pessoas que reconhecem no seu próximo as suas qualidades, é que elas são taxadas (ridiculamente) de “paga pau”. Elogio a algum órgão público, por exemplo, por algum ato feito? Aí você é paga pau, puxa saco, baba ovo, ou outra expressão clichê que você conheça. Crítica para com o mesmo? Aí você passa para a renomada e respeitadíssima classe da normalidade de um ser humano. Convenhamos, as coisas estão viradas mesmo. Para você não custará nada apenas olhar para uma pessoa e dizer o quão bela ela está naquele dia, o quão bem ela fica de azul marinho, o quão bom foi o texto que ela fez, o quão bacana foi o ato que ela tomou ao ajudar um conhecido seu. Elogios há de tantas formas, gêneros, graus e números, pena que são praticamente todos desconhecidos aos vocábulos de uma população acostumada somente com expressões negativas. Conjugue mais o verbo elogiar, não hesite em ser sincero quando precisar reconhecer o que seu próximo fez de legal. Isso abrilhantará o otimismo e as boas vibrações existentes ao seu redor, tão simples de serem atraídas e que fazem um bem incomensurável para o nosso meio social.

domingo, 2 de agosto de 2009

Razões

Não procure razões para me viver, para me tornar completa, para ser a paixão que eu esperava. Deixa eu te bastar, deixa eu ser somente tua, deixa eu te olhar e te sentir. Não me queira por frações, nem por segundos. Me queira por horas e horas e horas, intensas tanto quanto todo esse sentimento que eu tenho pra te fazer perceptível. Encontro-me em momentos incomensuráveis de solidão e perigo, e te confesso um terrível pudor de amar. Porquanto, deixa eu somente me apaixonar, submeter-me a ser a mais idiota das criaturas. Não estrague este momento, não deixa que eu perca essa sitonia que brota dentro de mim toda vez que te vejo de perto, que sinto teu perfume, que ouço tua voz. Tu não és um ser humano para eu consumir em sonhos, tu não és uma paixão para que não passe das palavras. Quero-te como minha mais sublime inspiração. É mesmo exagero, tenho plena consciência, porém em ti quero por em prática todas as minhas idealizações, só por um momento. Então fica, bem aqui, e deixa. Deixa eu fazer parte da tua vida, e só. E não procure razões para eu te ser infinita, pois logo irei sumir, para nunca mais te ter, nem sequer em pensamento.

Quero ter você bem mais que perto

Fecho os olhos e sinto teu cheiro impregnado na minha pele. Meu delírio, meu martírio, não suporto o fato de te ter em pensamento. Some de mim, meu amor, não quero mais ser invadida por lembranças contínuas tampouco por sensações que tu insistes me proporcionar, ainda que longe do meu alcance. Como posso ainda ser presa ao teu sorriso, teu cheiro, teu jeito, por quê? Busco no meu caminhar explicações para não ter te perdido, para não ter te esquecido, para não ter te vivido tão intensamente quanto eu almejava e quanto nossas almas mereciam. Pareço ainda sentir a nossa sintonia mágica perceptível em nosso pulsar interno, nosso magnetismo incontrolável, nossa paixão em chamas. Minha memória não te apaga, meu sentimento por ti parece estar tão forte preso em minha mente que me torno dependente das tuas lembranças, das nossas vidas juntas, inseparáveis. Não, não queria poder voltar atrás, não queria mudar absolutamente nada, uma vírgula sequer. A nossa história terá muitos capítulos, jamais dignos de um ponto final. Agora deixa eu te ter, deixa que nós sejamos literais, deixa eu te mostrar porque vim viver esta vida para nós (e somente para nós).

terça-feira, 21 de julho de 2009

Volta, verão!

Em meio a corizas devido a um ataque súbito de rinite alérgica ou resfriado momentâneo, ou os dois, sei lá, venho falar sobre essa maldita estação que só me traz angústias e que só me motiva a ficar debaixo de cinco cobertas o dia todo devorando toneladas de chocolate. Pois então, venho aqui, de uma vez por todas, explicitar a grande aversão que eu tenho para com o inverno. Sim, a neve é, até certo ponto, emocionante; a paisagem preto, branco e cinza é muito digna de elegância, o friozinho da Serra Gaúcha é convidativo para momentos de eterno romance (ainda que eu não me encaixe no último quesito). Porém, caros amigos, não aguento mais acordar já com sono, sair da minha cama quentinha e encarar o vento gelado que mais parece que lhe dar socos quando bate na sua cara. Não aguento parecer um saco de batatas de tão encasacada, não aguento parecer uma moribunda com minhas mãos e pés gelados, não aguento mais me retorcer de tanto bater o queixo. Não aguento ir para a faculdade tendo que me enrolar em cobertas parecendo um urso polar devido ao fato do ar condicionado estar em temperatura ambiente “-43ºC função Patagônia Andes” (http://teletube.wordpress.com), não aguento parecer uma esfomeada necessitando todo o momento de capuccino, nescau quente, cafés diversos, (ain delícia) ENFIM. O frio me deixa melancólica, comilona, compulsiva, angustiada, emburrada, e dominada por todos os adjetivos de tal ordem.

Quando lembro do verão, quase choro de saudades. Poder acordar e tomar um banho geladinho pra começar bem o dia, vestir tecidos leves e sentir-se como tais, sair para a rua e ser recepcionada com um sol maravilhoso que deixa qualquer paisagem coloridamente otimista. E, no fim de tarde, poder caminhar e tomar um sorvete com seus amigos, sem preocupação de se encasacar (leia: “ensacolar”) ou bater o queixo desesperadamente. Poder ir a uma festa sem deixar 587 coisas na chapelaria, namorar à beira do mar, curtir o som de um violão à luz da lua... Poderia ficar o resto do dia, sem sequer hesitar, bajulando a estação da perdição, das novas amizades, da vibração mais do que positiva da praia e da manga curta... Porém preciso acordar pra realidade e engolir o fato de que vai demorar dois meses ou mais para que eu possa sentir calorzinhos constantes, sem me preocupar com doenças invernais e afins. Sinceramente? Não nasci pro frio. Agora me deem licença, vou buscar o 623º café do dia.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Se arrependimento matasse...

Durma arrependida, mas jamais acorde com vontade. Melhor arrepender-se de algo que fez do que de algo que deixou de fazer. Seja lá a frase clichê que você escolha para definir sua verdade acerca do arrependimento, conto um caso que não se encaixa em nenhuma definição repetitiva. Maldito o dia, o único dia, que briguei com a minha mãe. Por uma causa infundada, um motivo que não valia nada, um ataque súbito de loucura que dominou minha mente. Não queria ter saído do carro cuspindo as palavras mais grossas do mundo, rebaixando a minha razão existencial nos piores patamares existentes. Discuti com ela, justamente porque ela queria meu bem. Paguei de ingrata e o pior – só percebi isso depois. Realmente foi esse o dia que eu queria ter o controle remoto do Click para voltar atrás e jamais ter tomado essa atitude para com a pessoa que me deu o presente mais lindo que já ganhei: a vida. Me arrependo amargamente disso, só disso, por ter decepcionado, ainda que uma única vez, a pessoa por quem mais tenho consideração no mundo. O resto dos meus equívocos guardo como aprendizado, mas jamais como arrependimento – quiçá sem eles jamais teria me tornado quem hoje eu sou.


Post para o Tudo de Blog 2009
Pauta: Qual o seu maior arrependimento?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Em prol da bagunça organizada

“Filha, dá um jeito nessa tua bagunça infernal!”. Juro que essa foi a frase que eu mais escutei em toda minha vida, depois dos diários eu te amos da minha mãe. Pois bem, sempre dei um jeito na tal da bagunça infernal, ainda mais quando era pedido com tanta sutileza por parte da minha queridíssima mudi (não riam, chamo ela assim há mil anos). Claro, o jeito citado na frase acima, é o MEU jeito de arrumar, ou seja, adepta do eufemismo, dando uma ajeitadinha nas coisas que parecem sempre ter sido atingidas por um furacão, deixando a bagunça com uma definição diferenciada de bagunça organizada. Exatamente isso que você leu. Quem enxerga a minha bagunça pode pensar horrores sobre o meu eu lírico, dizer que não tenho a delicadeza ou a feminilidade que uma menina de quase dezoito anos precisa ter, blá blá blá whiskas sachê. Pois bem, eu a enxergo da maneira mais linda do mundo, uma vez que sei exatamente onde está cada objeto, seja ele debaixo da terceira folha da última prova de geografia que fiz que está misturada com os envelopes de documentos do jornal ou na terceira gaveta junto com as meias onde tem uma blusinha perdida. Sim, são meus códigos, é a minha vida, é o meu quarto, é a minha bagunça, organizadamente bagunçada. Agora que meu quarto é novo, com convicção o “organizar” é um verbo que vou ter que aprender a conjugar, antes de sofrer chantagens emocionais tão sutis quanto a primeira frase deste post. Ainda bem que há um monte de gavetas pra esconder a minha bagunça querida, coitada – ainda que oculta, ela está lá, bem reservadinha. Já que jornalista tem fama de ser desorganizado, tô fazendo jus ao adjetivo... Portanto, caso se depare com algo bagunçado, não me julgue, não diga tampouco pense nada. Eu sou assim e ponto final. Acho que a minha mãe vai ter que continuar com a tal da frase, até eu tomar jeito (ou seja, nunca – rerere).

Beijos e bom final de semana ;D

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A primeira ela não esquece.

Cinquenta e sete tentativas frustradas. E nada. Nervosismo, insegurança, medo e uma infinidade de substantivos que, por mais que sejam abstratos na gramática, são completamente concretos quando o assunto é... primeira vez. Com ela, claro, não foi diferente. Apesar de todo o amor que sentia, e de ter escutado n histórias sobre o assunto, a mocinha não parava de pensar como seria, se seria, quando seria. Nas tentativas, o pensamento que seria a pior dor do mundo foi tão presente, que o psicológico não a deixou pensar o contrário. Porém, um dia, aconteceu. Depois de um filme de amor. E, comicamente, foi como no filme, romântico, intenso, como um misto de todos os melhores sentimentos do mundo. E a mocinha, assustada, foi para o paraíso – e lá descobriu que a maçã nem é tão ruim assim, como dizem.

Post para o Tudo de Blog 2009
Pauta: Primeira vez.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Gripe Michael Jackson

Permitam-me, inicialmente, a minha indignação.
Após, peço desculpas se parecer negativa demais, porém principiarei as minhas palavras com uma negação.
Não, eu não sinto a mínima vontade e o mínimo interesse de ligar a televisão seja pela manhã, ao meio-dia, à tarde ou à noite.
Não pela falta de conteúdo que já havia me afligindo há muitos e muitos anos, não pela realidade televisa que engloba o mundo social enfocando fofocas e afins.
Mas, sim, pelo sensacionalismo. Pela insegurança e incredibilidade que os jornalistas são praticamente obrigados a comunicar e reportar, ainda que a situação esteja totalmente saturada.

Explico: quando ouso apertar o botão vermelho do controle remoto, ou vejo michael jackson, ou vejo gripe A.
Sobre o astro do pop, perdoem-me os fanáticos, admiradores ou simpatizantes, mas, convenhamos, é algo que merece, sem sombras de dúvidas, seu espaço, mas TODO o espaço? Seria realmente necessário? Seria realmente plausível passar na televisão o velório (!) inteiro de uma pessoa, com a única intenção de comover os indivíduos para com uma perda tamanha e significante?
Desculpem-me as minhas insistentes generalizações, mas acho que damos voltas e voltas e paramos no mesmo lugar.
Essas voltas circulares, esse desvio de enfoques informativos demonstrados pela famosa política de pão e circo, não passam de meios para tirar a atenção das pessoas e, desculpe mais uma vez, acabando por fazer as mesmas de trouxas.
Será que alguém acompanhou os reais problemas da sua cidade, estado, país, enquanto a televisão venerava o astro do pop? Será possível que a população, ao invés de se questionar sobre a sua realidade, questionava onde o bendito corpo seria enterrado?

Respeito a uma alma em memória é uma coisa, mas exagero é outra. Por que, quando vivo, o tal do Michael não tinha o mesmo reconhecimento? E o mais equivocado desta realidade é o fato de inúmeras pessoas tornarem-se fãs, agora, e venerar um cara que, há poucos tempos atrás, era considerado como uma das pessoas mais indignas de respeito e admiração, não pela sua arte, mas pelo seu SER HUMANO.

Fugindo um pouco deste caso, entro em outro que é tão comentado quanto, ou até ainda mais: a gripe suína. Está certo que a função jornalística é manter a população informada de todos os detalhes possíveis. Mas, será que não está havendo um excesso de informações? De tão mencionado, o assunto acaba deixando as pessoas paranóicas, fazendo-as comprar máscaras, correr desesperadamente em busca de anti-gripais e afins ou, o pior, garantir ainda mais a raiva para com os "hermanos" e outras nacionalidades que demonstram ter mais casos da nova gripe.
O próprio ministro da saúde do país afirmou que a gripe A é mais uma gripe, apenas de novo tipo, mas que é tão ofensiva quanto a gripe comum, notada pelos sintomas parecidíssimos.

Pois então, caros leitores, qual é o motivo de todo esse insistente alarde? Claro, a preocupação deve ser algo totalmente existente e consciente, mas preocupar-se demais não vai aniquilar a gripe. Aqui na minha cidade, por exemplo, será feito um Festival de Folclore, e cogitou-se a possibilidade de cancelar a vinda de grupos estrangeiros onde os casos da gripe são existentes em maior quantidade. Pois não seria melhor observar os membros do grupo e ver se há algum caso, ao invés de, simplesmente, impedi-los de comparecer a um evento baseado somente em suposições?

Acho que está na hora de questionar o que é mostrado e reportado, não simplesmente acreditar em tudo que a caixa de botões diz. Claro, é até de uma certa utilidade distrair-se dos problemas pessoais, entretendo-se com a televisão. Mas, convenhamos, ingenuidade tem limite. Paciência tem limite. Notícia também tem limite. Pois então, vamos abrir os olhos e não nos deixarmos comover por repercussões relâmpago. Ou você lembra ainda de todos os mínimos detalhes da gripe aviária? Ou, ainda, quando a menina Isabella foi atirada? Onde estão as pessoas comovidas com esse caso? Será que ainda procuram saber como isso foi resolvido?

É, gente. Jornalismo tem dessas. Não vou julgar a melhor profissão do mundo, mas vou julgar o que o excesso de sensacionalismo e informações exageradas provoca nas pessoas. E depois ainda tem gente que afirma que não é preciso qualificação para reportar notícias com credibilidade. Se, com a tal da qualificação, este tipo de coisa acontece, imagina sem ela?

Sem mais delongas, até porque sei que aquele nariz de palhaço que você vê no template desse blog vai demorar, e MUITO, para sair de lá. Assim como o seu, que de tanto pão e circo, você nem enxerga mais.

Desculpe qualquer equívoco, mas era isso.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Monólogo interior de uma oscilação de sentimentos súbitos

Eu não sei, eu te procurei há tanto tempo que eu nem acredito que estou agora olhando para o fundo dos teus olhos e descobrindo estas múltiplas sensações inexplicáveis. Cada gesto teu, cada palavra tua, cada pensamento, ah, como eu queria que fossem todos direcionados a mim. Sim, sou essa egoísta mesmo que tu estás vendo exteriormente. Sou maluca, confesso. Cada pensamento meu direcionado a ti faz meu pulsar interno disparar da forma mais incontrolável possível. Quanto mais eu tento desviar, mais minha imaginação acha caminhos que me levam ao teu encontro, ao tato da tua pele, ao selar do teu beijo. A mágica é tanta que, mesmo tudo sendo frutos de inverdades, eu mesma consigo me permitir a ponto dos meus sentimentos já bastarem pra te ter aqui comigo. Juro, não entendo, e, quer saber? Não busco explicações. Às vezes me bate uma loucura súbita que me faz querer largar tudo e ir correndo sem direção e sem data marcada para volta, só pra não pensar em ti nunca mais. Mas tem vezes que essa loucura oscila na mais profunda emoção utopicamente romântica, que a vontade é de pensar em ti a todo o momento, por toda a vida. Aliás, não me obrigue a te ter pra sempre, eu não suportaria tal fato. Não creio em nada eterno, apenas necessito da intensidade que tu tens a me proporcionar. Ou, melhor ainda, quem sabe tu não consegues fazer com que minhas teses sejam jogadas para bem longe do meu ser, quem sabe tu me mudes, quem sabe tu até me convença. Só consigo parar de filosofar as nossas vidas unidas uma a outra quando sou dominada pelo desespero do teu abandono desordenado. Será que um dia tu serias capaz de me deixar? Como que eu viveria? Onde ficaria todos os sonhos, todos os pensamentos, todas as tentativas de me tornar um molde perfeitamente teu? Não, preciso me afastar de ti, não te quero ter nem por mais um minuto, some de mim, some de mim, some de mim! É. Eu acho que é sina, acho que é o destino. Acho melhor eu me entregar aos braços da solidão para o tal do pra sempre que eu não acreditei, mas depois de ti eu acredito. Me esquece, e, quem sabe, fica assim tudo bem. E não, eu não te amei, eu só interpretei a inspiração que este teu olhar que tanto procurei me passou, assim, tantas vezes. Agora se vá, dê espaço a um novo amor, quem sabe um dia eu volte a te sentir novamente. Quem sabe um dia...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

insana

e se há um remoto tempo atrás,
não quis a ti outorgar meu apreço?
é que a minha loucura súbita me faz
muito mais insana do que pareço.


porque eu acredito na exalação de inspirações presentes em cada olhar que eu vejo, em cada voz que eu escuto, em cada ar que eu respiro.

domingo, 28 de junho de 2009

Desejo

não desejo um amor correto, nem fabuloso, tampouco cheio de certezas.
não aspiro um amor verdadeiro, nem desejos puros, tampouco finais felizes.
quero amor com paixão, amor com ódio, amor proibido, amor com defeitos, amor mascarado, amores breves e intensos, longos e mais intensos ainda.
quero um amor que fuja da razão, que fuja do comum, que seja distinto.
não quero um amor com qualquer tipo de "verdadeirices".
quero apenas amor, e só.
um amor mais do que eu queira, mais do que eu possa, mais do que eu deva, mas não mais do que eu precise.
(quero justamente esse amor que só tu sabes me fornecer).

"a mim me deste a suprema pobreza: o dom da poesia e a capacidade de amar em silêncio" (vinícius de moraes)

Uma questão de sonho

Deparando com minha página inicial do Orkut, leio uma tal sorte de hoje a qual diz: SEU MAIOR SONHO SERÁ REALIZADO. Juro, por tudo que há de mais sagrado, empolguei-me por alguns minutos com a possibilidade de eu realizar os meus sonhos, desde os mais simplórios até os mais complexos. Sabe, quando o coração bate forte, na probabilidade de algo muito bom acontecer? Pois é, isso aconteceu comigo. E dominada pelo sensacionalismo orkutiano, acabei esquecendo que é uma mera frase que é sorteada (literalmente) a alguns perfis e colocadas, assim, sem ter nexo nenhum. Depois disso, comecei a pensar... se eu tivesse a certeza que meus sonhos seriam realizados, lutaria eu por eles? Por obviedade, minha resposta foi não. E comecei a criar um monólogo interior sem fim. Afinal, qual é a tamanha importância de um sonho? Um sonho, a partir dos dicionários e definições psicológicas são, nada mais, nada menos, que fatos criados pelo nosso inconsciente, vontades e desejos a serem realizados. Pois bem... Os meus sonhos são os mais variados e impossíveis, desde conhecer Vinícus de Moraes até viajar pelo mundo inteiro sem data marcada para a volta. Já que sonhar, por enquanto, não custa nada, eu sonho. E sonho alto. Confesso às vezes me sentir utópica por isso. Mas, sabe o quê? Enquanto eu estiver habitando tal mundo cheio de crueldade e desesperanças, prometi pra mim mesma, pra esse meu ego complicadinho, que jamais, sob qualquer circunstância, eu desistiria dos meus sonhos. Afinal, se não há motivação para viver, que graça a vida teria? E meus sonhos são minha motivação. E eu sei que só conseguirei alcançá-los se eu realmente acreditar e me esforçar. É óbvio que não dá pra fazer promessa pra Deus e milhares de santos, se não há um certo esforço próprio. Eu só fico chateada em saber que existem pessoas que guardam os sonhos pra si e ele acaba só na memória, só no inconsciente... os indivíduos precisam, sim, ser menos pessimistas. Precisa-se acreditar em si mesmo e deixar o destino se encarregar do resto.
Eu tenho certeza disso ;)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Desabafo de uma mente confusa

Grande perda de tempo e tolice de nossas mentes tentar evitar o inevitável. Somos joguintes da êxtase do destino, presos a intensos acontecimentos presentes que nos tornam completamente dependentes de nossas ideias. Fujo do nexo, quero o que nunca existiu. Insisto na minha filosofia confusa, quero enaltecer a minha história baseada em fatos, jamais em suposições.
Busco uma explicação inexplicável, qualquer sensação agora me torna cúmplice da mais precária palavra. É juntando letra a letra que formo orações dependentes das entrelinhas garantindo, assim, múltiplas facetas em cada rabiscar que desenho.
O embaraço dos meus sentimentos se reflete nesse meu estranho jeito de me expor. Estou presa a um emaranhado de fatos que me faz dar voltas em torno de linhas mal colocadas.
Cansei. Cansei de escutar aquela música cujas batidas parecem acompanhar o meu pulsar interno. Cansei de acreditar num sentimento que eu mal sei se existe. Cansei de ressaltar que o futuro é tão incerto quanto a certeza de que existe verdade. Cansei de ser eu mesma, do meu insistente senso de consequência. Cansei de me culpar, cansei de tanta coisa que a minha maior motivação é me agarrar, com todas as forças, a tudo que gira em torno da causa do meu viver.
O futuro, o destino? Sei lá, um dia ele vem, tão irresoluto quanto essas palavras que você jamais vai entender.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Abandono

a minha alma ninguém vê, ninguém toca, ninguém sente
meu sentimento é oculto, minha paixão, inocente.

o meu amor ninguém quer, ninguém espera, ninguém pressente
meu coração é submisso, minha alegria, descontente.

(busco constantes explicações do teu abandono em mim presente).


momento poeta

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Para o serzinho mais especial do mundo


Hoje eu vou homenagear um serzinho que convive comigo há quase um ano, e vive berrando no meu ouvido e fazendo plantão na frente da minha boca à procura de comida: a senhorita Elvis Presley. Ok, quem não me conhece deve se questionar o porquê de Elvis ser um nome feminino e quem é essa criatura. Antes que você ganhe ataques de sublime felicidade, não, Elvis não está mais vivo. Mas não é do ídolo do rock que eu vos falo. É da minha calopsita, mesmo. Eu que achava que ela era ele, acabei me surpreendendo com um belo ovinho que ela um dia pôs (e que minha mãe conseguiu quebrar, $%#$@!@). Mas enfim, não quero aqui explicar o que é uma calopsita, por que eu adquiri um ser tão exótico e não um convencional cachorro, por que ela vive no meu ombro e nunca entrou numa gaiola. Quero explicitar o carinho IMENSO que sinto por essa criatura que, embora eu às vezes pense que ela não entenda nada disso, há vezes que o olharzinho dela parece sintetizar todo o entendimento possível do mundo. Eu procuro sempre achar palavras pra explicar tudo o que eu sinto, mas esse sentimento que eu tenho por essa criatura de topete amarelo é, realmente, inexplicável. Quando ela pede carinho, meu coração se derrete por completo. Quando estou triste, ela parece entender toda a situação e me acalma com um simples “éé”. Assim como há pessoas que, com certeza, não entendem bulhufas do que escrevo e até possam me considerar caduca por falar com um passarinho (!), há aqueles que são capazes de entender tais vocábulos perfeitamente. A questão é que os animais conseguem, sim, ser capazes de nos entender, de fazer com que o nosso cotidiano tenha mais graça. Em meio a tantos seres humanos insensíveis e sem poder de amabilidade, nada melhor que os bichinhos para suprir essa necessidade de carinho que temos. A Elvis, assim como meu outro pássaro Chapolin e a todos os outros animais que já deixaram suas patinhas na minha vida, o meu MUITO obrigada. E a quem não entendeu isso aqui, talvez seja melhor rever seus conceitos de amor, carinho, atenção e todos os sentimentos mais ingenuamente puros do mundo. Beijos e bicadinhas *-*

terça-feira, 12 de maio de 2009

Sexo sem vergonha

Sexo. Só de ler essa palavra tenho a absoluta convicção da reação de 99% das pessoas: ou receio, ou medo, ou como essa guria é sem vergonha. Eu quase não entendo os porquês de tanto bloqueio para tocar num assunto que na teoria é receoso, mas na prática a situação se inverte totalmente. Tal substantivo deveria deixar de ser encarado com tanto pudor e ser mais debatido entre as pessoas, principalmente entre os jovens que vêm sendo alvo de consequências lastimáveis por falta de diálogo. Nunca tive medo de questionar meus pais, amigos, professores de biologia. Talvez por sempre ter a oportunidade de papo aberto e franco dentro de casa, ou por nunca reprimir minhas curiosidades. O sexo é um tabu, um assunto que parece desafiar o proibido, sendo comentado só por debaixo dos panos, como diria minha mãe. Óbvio, não é um ato a ser discutido sem censuras, até porque isso começa a lidar com respeito e afins. Porém acho desnecessário tanta vergonha por parte de uma população que vive exibindo meninas grávidas. Sexo é natural, e é com essa mesma naturalidade que ele deve ser tratado. E com muito amor, claro (porque sou uma romântica declarada).

Post para o site do Tudo de Blog
Tema: Vocês têm vergonha de falar sobre sexo?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Apelo Umbilical

Sabe aquele velho e bem útil clichê de que as pessoas devem parar de olhar para o seu próprio umbigo? Essa frase refere-se ao fato de convivermos constantemente com a existência de pessoas que são absurdamente egoístas, jamais pensam no seu próximo e fazem tudo que possa ser voltado aos seus interesses particulares. Concordo por completo com essa belíssima afirmação e definição, mas hoje vou sutilmente contrariá-la. Sim, estou aqui fazendo um apelo para que as pessoas olhem mais para os seus umbigos, ao invés de ter uma insistência braba de cuidar do umbigo dos outros. Sinceramente, a quantidade de casos que eu venho percebendo de gente que simplesmente tem um fascínio de cuidar de uma vida que não é sua, é absurdamente frequente. Não bastasse o seu umbigo, o seu nariz, os seus olhos e, principalmente, os seus ATOS, há pessoas que não se cansam de policiar o seu próximo, da forma mais maldosa possível. Se fulano de tal está numa festa, bebe umas e outras, faz sua farra com seus amigos, há sempre detetives que, embora não sejam contratados nem nada, tem o grande prazer de fazer um relato (quase que uma reportagem infundada) e sair espalhando por aí. Cara, eu sempre digo e repito que uma vida é muito complexa e difícil de ser bem cuidada, então imagina eu começar a cuidar de cinco, vinte, oitenta e nove?? Cada pessoa tem sua liberdade e a utiliza da maneira que bem entender (desde que não interfira na liberdade do outro). Agora, não sei exatamente o porquê, há aqueles que não conseguem entender isso! Sei lá se alguém ganha alguma coisa inventando certas barbaridades, mas eu fico MUITO indignada com essas inverdades que rolam por aí. Já que eu sei que essa realidade umbilical não vai mudar, ainda mais nas cidades pequenas, dou uma sugestão: MENTES CRIATIVAS, usem seu “dom” para ser escritores, jornalistas, contadores de histórias inventadas; mas, por favor, não venha querer mudar histórias reais com fofocas e relatos mesquinhos. Olhe pra baixo, enxergue seu umbigo e cuide MUITO bem dele, antes que alguém cuide por você. Obrigada.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Aos 30

Eu sei que, quando eu menos esperar, vou estar formada, casada, com um filho pendurado nas minhas costas totalmente dependente de mim e gritando ‘’mamãe’’ pra todos os lados. Sei que vou estar toda posuda, cheia de mim, com pensamentos fortemente amadurecidos e adaptada à rotina trabalho - casa - cuidar-do-maridinho-e-dos-filhos. Se num piscar de olhos já estou me vendo com 18, acredito que não demore muito para eu me beliscar e já estar com os 30 na cara. O tempo corre muito rápido. Não, o tempo voa, mesmo. Se eu vou estar com a cara da minha mãe aos trinta, não sei. Se vou ter capacidade de ser mãe, menos ainda. Se eu vou estar realizada profissionalmente, muito menos ainda. Se eu vou achar o cara da minha vida? Acho difícil (só não digo impossível porque sou uma fiel romântica idealizadora). Com uma boa dose de pessimismo, mal sei eu se estarei viva até lá! A única coisa que eu tenho imensa convicção nessa história é que, apesar de não saber que rumo meu destino vai seguir dia após o outro, eu estou fazendo absolutamente de tudo para viver a minha vida intensamente, sempre aliada à devida cautela. E se eu chegar aos 30 com toda a disposição que eu tenho agora, vou olhar pra trás e dizer: cara, passou rápido, mas valeu a pena.

Post para o site do Tudo de Blog
Tema: o que você faria se acordasse e já estivesse com 30 anos?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"e é por isso que te espero"

não quero ser um mero indivíduo adicional na tua vida.
quero arrancar teus suspiros, quero olhar-te profundamente, quero interpretar os teus gestos, quero que tu sejas intensamente inexplicável.
deixa-me sentir a sintonia que nos cerca, deixa que eu faça parte do teu caminho e, por favor, risque o teu nome bem impregnado na minha vida.
contigo quiçá eu quero estar, contigo eu preciso vivenciar aquilo que um dia eu sonhei - e que já não me lembro mais.
faça-me lembrar do teu ser continuamente, deixa eu ser a tua sensação mais confusa, deixa eu te olhar de frente.
permita que eu seja uma parte de ti, entenda minhas crises súbitas de loucura, leva-me bem distante do meu senso de consequência.
faça-me insubstituível, acenda os meus desejos mais ocultos, sem nenhuma omissão.
deixa eu te fazer inesquecível, deixa eu ser a imagem poética mais estranha da tua vida.
não me obrigue a nada, apenas viva-me, não faça-me parar, nunca, um momento sequer que seja.
saia dessa rotina de incertezas, eu tô te esperando aqui, estática, tu que és o ser humano que eu mais amarei na minha vida inteira.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Tensão Máxima

Tocou Perguntou Morreu. Uma vez por mês, dois ou três dias, um misto de sentimentos quase que inexplicáveis e súbitos fazem parte do meu dia-a-dia. Meu filtro cerebral some, meu controle de choro evapora, meus índices de raiva vão a um milhão. Tenho instintos assassinos e melancólicos que nem o pior dos psicopatas teria. Não, eu não to exagerando (pelo menos não tanto). A TPM, que muitos tratam como frescura, é coisa séria, sim. As influências hormonais deixam qualquer mulher perturbada e o único tratamento que parece funcionar momentaneamente é devorar uma barra de chocolate inteirinha para ficar se culpando depois. Esse período é estranho e angustiante. Parece que eu tomo um chá de pessimismo, as pessoas todas se revoltam contra mim, o mundo vai desabar na minha cabeça e tudo vai dar errado (isso quando esse misto todo não acontece de uma vez só). Porém, ainda que pareça algo interminável, ela tem seu início, ápice e fim. Todos os meses, claro, mas como a rosa tem seus espinhos, ela também tem suas pétalas aveludadas. O que quero dizer? A TPM tem suas vantagens, sim. Mas, em prol de todas as pobres mulheres que sofrem desse mal tanto quanto eu, acho melhor eu ficar bem quietinha e ir comer meu chocolate (e morrer de culpa depois).

Post para o site do Tudo de Blog
Tema: TPM!!! Vamos falar dessa "bendita" coisa que tira muita gente do sério!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cadê a lei seca?

Basta caminhar alguns metros pelo centro de qualquer cidade do Brasil para reparar os equívocos e confusões que o trânsito insiste mostrar. É impressionante observar e tirar de certas situações a piada do dia. Seja pela insegurança que o motorista demonstra pelos seus atos (o velho ditado que se deve cuidar mais dos outros do que de si mesmo) ou o fato de termos que olhar para todos os possíveis cantos na hora de atravessar a rua (afinal, às vezes 'brota' um carro chutado a toda velocidade de uma direção inimaginável), nada nas ruas funciona como talvez deveria ser. Esse costume quase que imutável que muitos brasileiros carregam dentro de suas almas consegue ser visto nitidamente na hora de seguir certas leis impactantes. A lei seca, por exemplo. Quem estava fora do Brasil e voltou há dois meses atrás nem deve saber do que estou falando. Ou você viu essa lei sendo rigorosamente seguida?

Definitivamente, eu faço parte do clube dos decepcionados. De que adianta o governo fazer leis que dão uma repercussão relâmpago, sendo alvo de notícias inúmeras, crônicas (inclusive uma minha feita na maior perda de tempo possível) e afins, se as mesmas não são seguidas? Claro, uma vez e outra alguém resolve tomar vergonha na cara e fiscalizar as ruas, seguindo uma suposta rotina que deveria ser, de fato, o caminho a ser seguido SEMPRE. Mas não, a imprensa abandonou o caso, a polícia abandonou o caso, todo mundo abandonou o caso e bebe até quase morrer e nem se hesita em pegar a chave do carro para sair dirigindo depois. O povo é engraçado. O governo é engraçado. A fiscalização é engraçada. Aliás, vou generalizar e dizer que tudo é engraçado. Pensa comigo: em junho de 2008 entra em vigor a lei que quiçá mais gerou polêmica e medo entre os meros mortais brasileiros, fazendo com que os mesmos obedecessem todos os detalhes por medo de serem punidos. Alguns engraçadinhos nem deram bola e continuaram a sua rotina normal (bebida+direção) e tiveram a sorte de não serem castigados. Nove meses depois de uma polêmica que parecia acabar de vez com esse negócio de associar bebida à direção, a única coisa que realmente aconteceu foi aumentar o número dos tais engraçadinhos que se arriscam - afinal, o perigo de eles serem multados é de uma porcentagem minúscula.

É. As coisas continuam como sempre estiveram, infelizmente. As pessoas não mudaram seus hábitos, o governo e seus seguidores continuam sendo motivo de piada. Tudo por falarem que vão seguir corretamente um fato que torna-se inexplicavelmente esquecido depois. Cara, eu já nem sei mais como me expressar, talvez a conformação e o pessimismo que me dominou sejam o melhor caminho a seguir, já que eu vi que vai demorar pra eu tirar o meu nariz de palhaço da cara, assim como muitos habitantes desse ilustríssimo país.

terça-feira, 10 de março de 2009

Poema Oblíquo

Se eu com ele
Não mim contigo?
Sê nos conosco,
E tu comigo?

Se eu sem ele
Me, mim, comigo
Te, ti, contigo?

Se pessoal reto,
Faço eu certo
Ficar contigo?

Se te consigo,
Sê o que eu digo:
És tu comigo.

momento poeta.

Será que assumo?

Celebridade sempre tem a mania de esconder a sua vida pessoal, ainda que a sua vida profissional seja alvo direto da mídia. O problema desse querer é que torna-se inevitável misturar as coisas, já que a pessoa exterior é a mesma dona dos dois enfoques vitais. O que é algo quase que ridículo é um famoso querer esconder uma relação que mais dia, menos dia, será revelada (a menos que o casal fique trancafiado em suas residências 24 horas diárias). Chegando mais próxima à realidade de nós, meros mortais, esconder um relacionamento diante de alguma circunstância constrangedora pode ser viável. Já tive que me ocultar para poder namorar, fingir não estar com aquela pessoa. Porém, toda e qualquer tentativa minha frustrou - sempre havia alguém que descobria. Fiz isso por rejeição familiar e do meu círculo de amigos, por eles acreditarem que eu estava namorando um rapaz de caráter, digamos, duvidoso. Depois de um tempo o namoro acabou sendo assumido, estava cansada de fingir viver num mundo irreal. Se escondido é melhor, tenho que concordar, mas de nada adianta viver num mundo faz-de-conta e achar (utopicamente) que nunca vai ser descoberto, afinal, de estraga prazeres esse mundo tá cheio.

Post para o Tudo de Blog 2009
Tema:Seguinte: todo dia sai na mídia os encontros "às escuras" de Madonna e Jesus Luz. Eles não assumem o namoro, mas também não negam! A pratica, aliás, é comum entre as celebridades: muitos não assumem publicamente seus relacionamentos e vão burlando a mídia o máximo que puder.
E vocês? Já passaram por uma relação "não - assumida"?

domingo, 8 de março de 2009

Uma questão de destino.

Eu sempre acreditei em destino. Desde pequena eu culpei esse substantivo abstrato por quase todos os meus feitos vitais. E hoje, vendo-me exatamente onde estou, as minhas convicções e crenças nisso só se firmam e aumentam. Minha mãe vive me dizendo que eu nasci já tentando me expressar de todas as formas que, com o tempo, foram evoluindo e fazendo parte de mim. Digo que a comunicação hoje faz parte de mim não só pelos textos que escrevo, pelos papéis que represento, pelas poesias que declamo. É muito mais forte que isso, é inexplicável. Quando tinha os meus sete anos, meu pai emprestou sua filmadora para alguma ocasião. Aquela máquina me fascinava, logo fiquei íntima dela, até que pedi para meu irmão me gravar fazendo alguns documentários sobre a horta da minha mãe. Essa história de gravar vídeos começou a fazer parte do meu cotidiano da mesma forma que a fotografia fazia e faz, afinal, filha de fotógrafo dá nisso. Vivi a minha vida inteira até o exato momento fotografando, sendo fotografada, conversando e... escrevendo. Seja nos meus constantes diários presentes na infância ou nos poemas ingênuos que já fiz, o meu eu lírico é um tanto aguçado. Hoje escrever é o verbo que eu mais conjugo, é a minha ambição, quase que a minha vida. E é por tudo isso, e por acreditar fielmente nesse tão impreciso destino que me encontro aqui, hoje, tentando dar o máximo de mim para ser uma jornalista de sucesso e confirmar tudo aquilo que um dia eu já acreditei. Inclusive no destino.

Busca de um Amor Perfeito

Tarde de uma sexta-feira ensolarada. Marília liga para sua companheira de praia Marina para que as duas fugissem do calor de suas casas e fossem contemplar as mil maravilhas das areias cariocas. Marília confessa à sua amiga: "Eu queria tanto arrumar um namorado... Sinto estar sozinha, preciso de alguém que me complete." Marina, muito compreensiva, promete ajudar a sua amiga a encontrar um cara legal. Chegando à praia, Marília nem quis desfazer suas malas: a busca por um namorado perfeito era muito mais importante que se situar em algum local. Marina achou estranha tal vontade súbita mas, como prometeu ajudar, largou as malas e foi dar uma volta no calçadão com a amiga desesperada. Marília mal caminha, sua preocupação era olhar para todas as direções possíveis em busca de um amor à primeira vista. O grande problema do dia foi que parecia ter sumido todos os homens do mundo: só havia mulheres andando no calçadão, e os homens que apareciam estavam sempre acompanhados. Desanimadas, as duas voltam para casa e resolvem arrumar suas coisas. Marília, após algumas horas, toma um chá de animação e quer porque quer sair - sua intuição estava forte. Marina não quis, pois estava muito cansada e nem um pouco interessada de arrumar algum affair. Marília ficou nesse vai-e-vem para achar algum carinha que preste durante os dois dias que as amigas ficaram na praia. Marina fica chateada por não ter curtido o mar e o sol com sua amiga, mas logo releva. Na metade do caminho de volta para a casa, o carro apaga. Era uma noite de lua cheia, e as duas meninas pararam no meio do nada - não havia carros e nenhuma alma viva por lá. Domadas de medo, as duas veem um carro se aproximando. Marília faz um sinal e o carro supostamente amigo para. Marília se aproxima e, do jeito mais conto de fadas possível, sai do carro um príncipe, um colírio para seus olhos, um amor apaixonantemente à primeira vista. "Aconteceu algo contigo? Algum problema no carro?" disse o bofe dirigindo se a Marília. Ela, gaguejando de emoção, responde: "É, algum problema, acho! Você pode nos ajudar?". "Claro, será um prazer". Marina sente o clima apaixonado no ar e propõe ao casal: "Marília, preciso correr para casa! Será que você pode dar uma carona a ela?". "Claro, será um prazer" [2]. As duas viajam madrugada a dentro e Marina acorda no outro dia com um telefonema superempolgante: "AMIGAAA! ENCONTREI O CARA DA MINHA VIDA!".

Post para o TROTE Tudo de Blog 2009 III
Tema: escrever uma história sobre duas veteranas do Tudo de Blog a partir da foto do perfil do orkut das mesmas.
Perfil das meninas escolhidas: Marina e Marília.

sábado, 7 de março de 2009

Eu Lírico S.A.

O maior fascínio que encontro no mais ínfimo detalhe da minha personalidade é a capacidade dela possuir múltiplas facetas em diversos momentos. Há dias que eu explicito tudo a todos, grito aos quatro ventos as minhas vontades e ponderações. Porém, há dias que meu inconsciente toma um chá de repreensão, fazendo com que tudo dentro de mim se torne latente, anônimo. Em dias de anonimato total, tenho diálogos com minha alma e juntas procuramos transformar vontades em palavras secretas as quais guardo sempre em rascunhos ou quaisquer pedaços de papel amassado. O porém de toda essa situação é que, apesar da minha alma assumir outra personalidade, meu eu exterior continua sendo o mesmo. Caso um dia eu pudesse ser anonimamente por completo, diria eu que no ápice do meu anonimato escreveria tudo que me desse na telha, esqueceria meu filtro cerebral. Diria quem é a causa das minhas constantes insônias, talvez o mesmo que me arranca os mais profundos suspiros. Seria o meu eu lírico que se esconde por detrás de vários escudos. Não temeria o ridículo e tampouco o sensível: escreveria com o coração, esquecendo totalmente essa razão que insiste ser politicamente correta. Ainda que pareça perfeito revelar tudo sem sequer ser revelada, prefiro ainda a realidade. Por mais árdua e escrota que pareça, ela é muito mais intensa: não há nada melhor que vencer desafios e ser reconhecido por isso. Não quero ser feita de papéis amassados, prefiro continuar sendo de carne, osso e algumas gordurinhas localizadas.

Post para o Tudo de Blog 2009
Tema: O que você postaria anonimamente? Ou: o que vc tem muita vontade de escrever (seja para desabafar, mandar recado para alguém, etc) no seu blog, mas não gostaria de ser identificada(o)?

quinta-feira, 5 de março de 2009

Chocolates y Loompas: me gusta mucho!


Desde que yo miré los Oompa Loompas en La Fantastica Fabrica de Chocolate, nunca más me importé con Johny Deep o otros famosos guapos. Los chiquitos Loompas son mas practicos, mas sensibles y, además, hacen uno chocolate muy exquizito. Mil veces la oportunidad de tener un Golden Ticket a que ser víctima de envidias y namorar el vampiro Robert Pattinson. Robert no trará ninguno beneficio al namoro, una vez que solamente desviará sus atenciones y causará en usted mil crisis de celos sin sentido. Tan bueno seria despertar, mirar para su lado y encontrarse con una criaturinha cantante, hermosa y que te da besos calientes con sabor de chocolate. Robert que me de su perdón, mas su fisico débil y muy sin gracia no esta con nada: prefiero la gracia y la intensidad de los personajes con mas diversión de Hollywood: los Oompa Loompas.
Oompa Loompa! Oompa dee doo! We've got the perfect potion for you (homenaje para mi amigo fanático - jejeje)

Post para o TROTE Tudo de Blog 2009 II
Tema: Descreva o sexy appeal dos Oompa Loompas e defenda por que você prefere um Oompa Loompa como namorado do que o Robert Pattinson. Texto em portunhol.

terça-feira, 3 de março de 2009

Como uma deusa!


Só mesmo com muita graciosidade e beleza poder-se-ia aniquilar de vez todos e quaisquer problemas no tão lastimável Oriente Médio. Num ar divinamente fotográfico, deusas e suas categóricas mãos trazidas à cintura e à cabeça centrariam toda a concentração dos que velam pela guerra em tais países, fazendo com que os mesmos se esquecessem dos conflitos e passassem imediatamente a adorará-las. As deusas e suas poses trariam consigo uma magia inexplicável, capaz de unificar (aquém de qualquer preconceito) povos, preceitos religiosos e fazer com que todos aceitem as diversidades culturais existentes nesse tão raivoso sudoeste asiático.Com um simples olhar às deusas, todos seriam hipnotizados e conduzidos a uma linha de pensamento única: zelar pela paz e sua beleza divina.

Post para o TROTE Tudo de Blog 2009
Tema: Como a gloriosa Pose de Deusa poderia redefinir os limites geopoliticos no oriente médio, de forma a diminuir os conflitos políticos, culturais e religiosos?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Como encarar seus medos

Desde pequena eu tenho uma fobia inexplicável. Ganho ataques de medo, chiliques nervosos e tremo (literalmente) na base quando vejo um ser horripilantemente aracnídeo: uma aranha. Seja o tamanho, a cor, a forma que for, quaisquer desses seres arrepiantes me causam um medo imediato. Não sei se não me simpatizo por um inconveniente qualquer da minha infância ou se minha vida passada se desfez com uma picada (enfim, eu disse que era inexplicável). O mais cômico de toda essa loucura é que sempre EU encontro esses seres malditos lá em casa. E tem mais! Sempre quando essas criaturas invadem a minha casa é no meu quarto que elas entram (!) ou em qualquer lugar quando eu estou ocasionalmente sozinha. Deve ser praga para que eu encare esse medo gigante de vez. Confesso já ter tentado tal façanha incontáveis vezes que sempre frustraram - a minha tremedeira era mais forte que a minha própria força de vontade. Até tive medo de ter sido dominada por uma esquizofrenia momentânea, uma vez que qualquer ponto preto na parede me dava um susto terrível pelo fato da minha visão distorcer o ponto e transformá-lo na mais temível das armadeiras. Acontece que, de duas semanas para cá, uma aranhazinha minúscula invadiu o teto do meu banheiro, fazendo teias e se achando a dona do lugar. Às vezes me esqueço da tal bichinha e curto meu banho em paz - até olhar para cima e me deparar com a maldita e ganhar imediatamente cinco frios na barriga. Ontem, casualmente, resolvi observá-la. Ela caminhava feito uma barata tonta de um lado para o outro e vez que outra se encolhia. Não contive meu riso e, quando dei por mim, brotou uma leve simpatia pela coitada no meu interior. Juro, me impressionei. Seria o primeiro passo para que eu perdesse o medo? Seria uma rasteira na minha (até então conhecida) identidade? Seja lá o que isso tenha sido, a representação de uma simpatia para com o meu medo maior se tornou mais inexplicável do que ele em si. Lá do fundo do meu eu lírico surgiu uma esperança de domar essa fobia, apagar ela da minha memória (por mais que eu tenha a plena consciência do quão árdua essa tarefa possa ser). Então, o que quero dizer com TUDO isso?
Encare seus anseios, ora bolas. Acalme a sua mente e procure provar a si mesmo que isso é difícil - mas jamais impossível! Sei que não sou a pessoa mais adequada a falar isso, mas juro que estou tentando e dando o máximo de mim. Quem sabe um dia eu até tenha uma aranha de estimação. Numa outra vida, talvez.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

tem gente que não sabe amar

apesar de ter morrido e ressucitado umas quarenta e nove vezes assistindo ao jogo do timão e estar chorando as pitangas por extrair meu pré-molar preferido (e estar com um gigantesco vazio do lado do céu da boca), tirei tempo e concentração não sei de onde para filosofar uma frase cantada pelo Renato Russo: "tem gente que não sabe amar".
ah, é? tem? então eu sou uma delas. aliás, onde que se aprende a conjugar perfeitamente esse verbo?
como eu não sou amiga do tal do Renato, sou obrigada a engolir tais indagações, ainda que estas sejam indigeríveis.
então, o que é saber amar? é amar com cautela? é se apaixonar por pessoas escolhidas por você mesmo? é abraçar o mundo e todas as suas causas sociais?
juro que depois de tanto pensar eu estou me sentindo uma ignorante, eu não sei amar.
minha mente não sabe escolher a quem eu irei distribuir tal sentimento (meu coração é desinformado e iludido, coitado...), eu não amo com cautela (a distribuição desse sentimento é exagerada àqueles que são atingidos), eu não consigo salvar o mundo e as pessoas que vivem de lástimas (até porque não depende só de mim).
pensando mais um pouquinho, ninguém sabe amar.
NIN-GUÉM.
sabe por quê? porque todo mundo ama diferente, cada um tem a sua singular maneira de fazê-lo e, para isso, de repente não exista distinção de certo ou errado.
desculpe, Renato querido, mas é isso mesmo, até que me PROVEM o contrário (quero fatos, hein!)
enquanto não me provarem nada eu ficarei aqui, tentando acertar os supostos paradoxos do amor e buscando a sabedoria (ainda que esta seja inalcançável) desse estranho sentimento.
e viva às minhas filosofias frustradas - como o final da música citada diz: "quem acredita sempre alcança".
ok, nada a ver, vou dormir =*

Qual é o seu pecado favorito?

Sou uma constante pecadora, dona dos atos mais deliciosamente ilícitos. Entre tantas atrocidades que cometo, a que mais venero é a minha vaidade. Pode ser ela considerada um pecado estrondosamente grave, mas não tenho medo de assumi-la para esse meu ego escandaloso. Adoro explicitar a minha sutil capacidade de me colocar em primeiro plano, de ter um amor auto-suficiente para o meu indivíduo sendo parcialmente adepta a esse pecado que me torna uma pessoa com uma auto-estima de patamares altíssimos. A vaidade me torna intensa, inconsequente, talvez até inconveniente. Adoro me olhar no espelho e me sentir o máximo, fazer juras de amor a minha imagem que reflete. Ah, transgredir às vezes não há de ser tão ruim assim... Torna nossas vidas com mais sal, impedindo que sejamos robozinhos movidos somente por fatos e paradigmas politicamente corretos que, convenhamos, tira grande parte da graça de viver.


Esse texto fez com que esse humilde blog fosse selecionado para a sessão "TUDO DE BLOG" da revista Capricho.
Eu, juntamente a algumas blogueiras de todo o país, vamos ser responsáveis por uma página da revista, mandando textos que abordam diversos assuntos cotidianos.
Os melhores textos entre as blogueiras serão publicados na revista quinzenalmente, portanto aguardem que (se tudo der certo) algum texto meu aparecerá por lá!
Os textos das novas blogueiras demorarão um pouco ainda a serem enviados; mas logo, logo você entrará aqui e verá algum post relacionado à sessão!
Preciso dizer que estou ansiosíssima para esse momento?? :)
Ps: agradecimento especial ao meu artista preferido que vive deixando as capas desse blog "maravilindas". Brigada, ródi!

Beijos cheios de felicidade! :D

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

trote: diversão garantida?


Não tive um trote universitário e ainda bem que minha universidade não faz essas coisas. Quando terminei o ensino médio, eu e meus colegas fizemos uma bagunça inesquecível: jogamos tinta um no outro, gritamos, pulamos, cantamos, enfim, fizemos nossa festa. A sutil diferença é que para isso não precisamos invadir os anseios de cada um ou interferir no físico-psíquico de alguém (afinal, era só lavar que saía. Tá, tinha que esfregar muito, mas...). O grande problema é que essa forma de comemoração vem ultrapassando todos os limites plausíveis da diversão. Cabelo e sombrancelha cortados, ingestão à força de bebidas alcoólicas, desperdício de comidas e bebidas (foi esse o motivo de termos usado a tinta). Seja lá as formas que os estudantes vêm inventando a cada dia, há algumas delas que nos fazem questionar se tais pessoas estão realmente adentrando a uma universidade ou se estão nostalgicamente voltando aos primários estudantis. É uma lástima ligar a televisão e escutar notícias de trotes violentos, mexendo com pessoas que não têm nada a ver com o momento, sendo motivo de troça e diversão aos olhos dos universitários. O que deveria ser feito (já que insistem na idéia de trotes e afins) é dar um estímulo a esses estudantes a praticarem mais trotes solidários, engraçados, divertindo a vida dos calouros e de quebra ajudando a quem precisa. O problema é que essa realidade, infelizmente, está um pouco distante do nosso alcance, uma vez que a violência se tornou mais comum e até mais fácil de ser cometida que a gentileza em si. O mais chocante é que esses jovens que hoje cometem essas insanidades serão os futuros profissionais do país... E eu só espero que tais indivíduos comecem desde já a pensar nas suas atitudes e buscar o máximo para mudá-las. Caso contrário, seremos nada mais e nada menos que platéia de realidades estapafúrdias e delinquentes como essa bem como de seres humanos em constante regressão. Infelizmente.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Atravessando as ruas vitais

Estou enjoando do meu clima de tensão das férias, a minha angústia está me levando a um subjetivo cheio de indagações e romantismos quase que baratos.
Chega, quero ser imparcial.
Pois bem, ademais a quaisquer análises do meu ser vibrante que procurei fazer no decorrer desse tempo; vim aqui, agora, para falar de um assunto muito produtivo: atravessar as ruas.
Já reparou que cada um tem seu jeito e sua singular maneira de atravessar a rua?
Seja a mania de olhar para os dois lados, ou para quaisquer lados, ou para um, ou até para nenhum...
Seja por sair correndo, seja por caminhar vagarosamente ou ainda só atravessar na faixa de pedestres, cada um possui sua maneira singular de fazê-la.
Utilizei essa metáfora para fazer uma comparação direta com a sua vida (e a dos outros seres também).
Já parou para pensar que assim como atravessar ruas cada um tem a sua maneira ímpar de viver?
Seja a mania de olhar para o passado, ou para o futuro, ou para nenhum lugar...
Seja por viver intensamente, seja por viver simplesmente ou ainda dotado de medos e confusões, cada pessoa possui uma maneira distinta da outra na questão de ter um ponto de vista de como encarar a vida.
Há pessoas que sabem utilizar da sua cautela e vivem a vida sob a mesma direção, ao mesmo tempo que há outros indivíduos que atravessam as avenidas às pressas e vivem sua vida do mesmo modo.
Os apressadinhos que me perdõem, mas a calma é fundamental!
Digo e repito: quem sou eu para interferir no jeito que tais pessoas encaram as ruas e a vida, mas Ele que me livre da pressa cotidiana.
Com essa ânsia maldita deixamos para trás inúmeros detalhes que podem fazer a diferença.
Vive-se regido por uma montoeira de riscos, como ser atropelado ou deixar a intensidade à mercê. Não que precisamos ser convenientes cem por cento do nosso tempo vital, mas respirar fundo antes de cometermos atrocidades provocadas pela pressa é sempre uma boa pedida - acredite! Se com você esse negócio de respirar não der certo; conte até 33, 100, 1000! (confesso que a minha inquietude me faz ficar sutilmente com a segunda opção).
Por mais que na vida às vezes nós não tenhamos outra escolha a não ser sermos ágeis para economizar tempo, um pouco de calma sempre faz bem para o cotidiano estressante, seja nas nossas vidas por si só ou no meio da avenida.
Pena que essa tal da calma não tem para vender na farmácia - é preciso muita paciência e vontade para adquiri-la e fazer com que a mesma faça intensamente parte da sua vida.
Um bom dia e cuidado ao atravessar as ruas!
=*

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

um viva às tristezas queridinhas

quem discordaria de mim caso eu dissesse que "é melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe"?
confesso que não discordaria de uma vogal desse trecho, não só pela questão lógica que ele transparece, mas porque ele foi carinhosamente contribuído pela mente do meu queridíssimo e amado Vinicius (sim, eu me permito a tal intimidade).
acontece que, contrariando um pouco a mente do meu ídolo, eu adoro uma 'tristezinha'.
sim, adoro, e não é porque eu goste de me martirizar ou algo do gênero.
claro, quando a minha melancolia está nos patamares mais altos é óbvio que eu não a suporto.
agora, quando acontece um fato que me entristece; do nada eu paro de derramar as lágrimas, me olho no espelho e penso: ei, por que é mesmo que eu estou triste?
e lá sai uma gargalhada silenciosa que estava presa em algum lugar do meu interior.
é dessa tristeza que eu gosto, essa que me deixa sensivelmente inspirada, essa que faz com que eu pare o mundo para me importar única e exclusivamente com o enfoque de algum motivo.
o mais engraçado dessa tristeza (sim, paradoxal), é que ela surge subitamente e entrelaça minha garganta numa carreira de nós os quais parecem desfazer-se conforme as lágrimas vão morrendo nos meus lábios.
aí, então, minha capacidade filosófica vai a mil, não consigo ficar numa porcentagem de melhora razoável até não encontrar pelo menos cem razões para não ficar mais triste.
e por mais que o lado diabólico da minha mente tente me empurrar com todas as forças para o plano inferior, meu lado otimista sempre se sobressai e eu consigo me dar um pontapé lá para o alto.
num momento de tristeza súbita como esse que descrevi, quaisquer meros detalhes parecem possuir tamanho sentido o qual talvez não teria se eu estivesse em "sã e feliz consciência".
ah, não gosto de dar bola ao normal, e sei que meu mestre também não dá. logo depois da frase quase que equivocada ele mesmo diz: "...é preciso um bocado de tristeza"
tristeza, meus leitores, é necessária. tira nossa rotina da mesmice, nos faz parar um pouquinho e faz com que coloquemos para fora um turbilhão de sentimentos impregnados no nosso lado racional.
mas, claro, assim como outro qualquer sentimento viciante ela precisa ter sua dose certa para que seus dias não fiquem para sempre enterrados em buracos infinitos, não é?
e pra finalizar, deixo com ele:
"A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não"

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Perfeição? Deus me livre!

Deus me livre de quaisquer tipos perfeitos.
Não suporto perfeição, estou a uns mil patamares longe de tal abstrato substantivo. Eu sei que sou sutilmente repetitiva, sou adepta aos meus vocábulos preferidos os quais eu não substituo por nada desse mundo. Por isso mesmo eu adoro complicar, assim me considero diferentemente igual.
Ah, como é bom ter a liberdade de expressão, ter o poder de explicitar todos os meus sentimentos em palavras que se transformam em peraltas entrelinhas.
Não sou um esteriótipo, não quero ser comum.
Sou estranha, adoro a minha chatice e a minha melancolia crônica, a minha personalidade politicamente correta e a minha capacidade de extravasar de vez em quando, freqüentemente.
Pareço contraditória? Não, caro leitor, apenas venero antíteses.
Brincar com as palavras usando a primeira pessoa é engraçado, mas nada melhor que ser imparcial, implícita, um subjetivo escondido.
Não, não tenho nenhum propósito com isso aqui, aliás, adoro escrever sem propósitos, sem objetivos; apenas pela simples vontade e prazer de fazê-lo.
Se escrever é meu refúgio, acho que posso lidar com isso da maneira com que bem entendo e almejo, ainda mais nesse espaço que me possui, certo?
E viva aos meus quiçás, aos meus advérbios, ao meu vocabulário quase que restrito e cheio de substituições, aos meus erros.
Principalmente a esse último que faz com que eu me torne cada dia mais longe dessa perfeição chata.
Beijos :D

INOVAR.

Um verbo qualquer, uma palavra que soa normal como qualquer outra, uma formação vocálica simples; sem acentos ou quaisquer complexidades.Ademais a qualquer análise sintática, o sentimento que tal palavra me proporciona ao ouvi-la ou escrevê-la, traz uma sensação completamente ímpar.Inovar é acordar cada dia e encará-lo como um desafio. É saber decidir com maturidade, agir como uma inocente criança às vezes e, por que não, enfrentar a vida com mais doçura e menos pessimismo. Inovar é deixar à mercê essas mesmices que enfrentamos no caminho, como investir em algo que há tempos se encontra emperrado ou tentar ser egoísta demais ou de menos. Inovar é fugir dos clichês que tanto nos perseguem, é saber chorar (sem culpas) quando se está triste, é poder gargalhar quando se está estrondosamente feliz. Inovar é conhecer, é buscar informações, é tentar desvendar o que pra você é exótico e distinto. Escrever o que se sente, falar o que se pensa, agir por livre e espontânea vontade, abraçar sem ter o porquê, empurrar as generalizações para um lugar bem distante do seu redor. Olhar as pessoas com outros olhos, ser um pouco menos crítico (o que pra mim é difícil), mas independentemente de qualquer porém, SER VOCÊ MESMO. De nada adianta ter espírito e vontade inovadora se você possuir um milhão de faces as quais não são ligeiramente definidas e fazem com que você não passe de um mísero ser humano normal. Inovar é ser você; mas um ser diferente, um ser que vive de presente e futuro, e deixa as lembranças do passado MUITO bem guardadas na sua memória. Por isso e por n motivos os quais cada um decide por si, INOVE. Busque o novo, o distinto. Entenda o verdadeiro significado de palavras como essa, não leia por ler. As palavras são lindas demais para não serem interpretadas da maneira que elas realmente merecem. A vida é muito melhor do que se pensa (quando se pensa). Deixe de lado as crises existenciais, os calmantes, a angústia exacerbada. Busque, crie, sinta, seja, ame e odeie, mas, principalmente, INOVE!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

tu...

eu tento disfarçar, mas meu olhar não consegue negar absolutamente nada. tento ocultar sentimentos, fingir que os mesmos não existem, e eu sei que tu também fazes isso. se nos olhássemos novamente, ou ainda que pela primeira vez, poderia sentir absolutamente tudo o que tu pensas nesse exato momento. não adianta eu dizer a mim mesma que estou errada, às vezes eu acho que tal palavra não consta no dicionário do meu ego. eu escrevo para ti, para um pronome pessoal indefinido, não sei quem tu és exatamente. só queria fazer com que tu pudesses te enxergar no meu interior, que eu pudesse absorver a vivacidade que possui esse teu olhar instigante, essa tua mágica capacidade de me deixar sem chão algum, de me tornar completamente inversa.
eu fujo, eu te ignoro, eu me torno romanticamente paradoxal. oculto dentro de mim essa vontade insana de te possuir, e a única conseqüência de tal fato é me tornar adepta a um sentimento totalmente revirado, psicótico, estapafúrdio. queria poder cruzar contigo nos meus caminhos, queria-te, e somente tu... pois eu tenho a plena convicção de que és tu, exatamente tu... esse "tu" indefinido, esse amor descompassado... um dia hei de te sentir.

tem dias...

adoro surpresas, ainda mais quando é a vida que dá e prega, simplesmente. eu almejo dias suspirantes, noites inconstantes, momentos instigantes.
tem dias que eu acordo imprevisível, tem dias que eu acordo completamente conseqüente, tem dias que eu nem acordo.
eu sou uma pessoa de extremos, de exageros, de detalhes.
quando eu olho para fora da janela escura que se abre de manhã, sempre procuro me surpreender positivamente.
seja pelos berros dos canários, seja pela chuva que me torna uma melodramática romântica, seja pelo sol que faz zumbir no meu ouvido o som da festa do dia anterior e rememorar os fatos doidivanos que lá aconteceram.
tem dias que eu acordo dando risada, tem dias que eu acordo chorando, tem dias que eu nem acordo.
o meu humor é constantemente súbito e mutável, sou uma transição de sentimentos intensos e inesquecíveis.
meu psicológico é sensibilíssimo, tenho afeição e uma facilidade de encontrar detalhes que me façam remoer em mágoas cujos patamares eu mal consigo explicar.
tem dias que eu acordo intuitiva, tem dias que eu acordo assustada, tem dias que eu nem acordo.
não tenho medo de intensidade, não temo quaisquer tipos românticos, não renuncio a mim mesma; nenhuma parte, nenhum pedaço.
eu acredito no meu potencial de uma forma insubstituível, eu adoro quando sei que estou certa.
eu quero, eu posso, eu consigo lutar por aquilo que eu aspiro tão profundamente.
não sei que tipo de ser humano eu posso ser, mas sei exatamente como devo ser; cada ínfima minúcia.
tem dias que eu acordo amando, tem dias que eu acordo sonhando, tem dias que eu acordo, simplesmente, cheia de surpresas.