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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

deixa a música te levar

Tem músicas que conseguem me proporcionar sensações que nem o melhor dos chocolates suíços me proporcionaria. Aliás, nos últimos tempos venho notando o quanto sou sensível para a musicalidade, o quanto um simples grave ou agudo de uma voz consegue me arrepiar tão facilmente. Por falar em arrepiar, sou daquelas que identifica se a música é boa ou não pela quantidade de arrepios que causa. As péssimas, nenhum arrepiozinho. As mais ou menos, arrepio na orelha. As boas, arrepio no corpo todo. As sensacionais, corpo todo e bochechas. É, arrepio nas bochechas. Basta escutar uma melodia muito bem composta e uma voz estonteante que parece que meus pelos sairão do meu corpo – inclusive os microscópicos localizados nas bochechas – de tão arrepiada que fico. E, quando menos percebo, estou fechando os olhos, sorrindo no canto da boca, prestando atenção em cada detalhe daquela canção – uma boba completamente declarada.

Algumas músicas me dão um aperto no coração, parecem que foram feitas para a minha pessoa, exatamente naquele momento que as ouço. Já outras aceleram esse meu pulsar, dá vontade de sair gritando para o mundo inteiro as minhas vontades, as minhas raivas, os meus medos, as minhas opressões. Outras, ainda, tremelicam esse mesmo órgão que vos falo, acendendo em mim um desejo insano de pular – e mais nada.

Adoro, inclusive, quando toca uma música e, quando eu menos percebo, meus lábios cantam a canção, acompanhando cada ritmo – por mais que, às vezes, eu não saiba exatamente a letra. Fazendo isso mais pareço uma retardada, eu sei, mas uma retardada estupidamente feliz!

A música me tira do sério, me faz chorar quando eu mais preciso, me faz cair em gargalhadas ou, simplesmente, mata aquela minha vontade de desafinar por aí. A música é uma válvula de escape, um tempero para a inspiração, um motivo para despertar o que estava escondido lá no fundo da alma.

O mais incrível disso tudo é quem faz a música e compõe a letra. Puxa! Como eu admiro esses artistas que, ao dedilhar o seu violão velho, conseguem descobrir notas que se transformam em arrepios para mim. E, também, como eu admiro essa gente que tem voz que transpira emoção a cada letra cantada, que fazem eu ser completamente apaixonada pela minha audição e os demais sentidos que ela acaba despertando. Música, gente, eu não poderia viver sem. Sem essas sensações, sem esses desejos ocultos despertados, sem esses arrepios – nas bochechas, inclusive.

Post inspirado no filme Across The Universe – que demorei tanto tempo para ver, mas, agora que vi, nunca mais vou me esquecer.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ser de menos pode ser demais

Tudo que útil demais, também é chato demais. Tudo que é demais também é de menos. Palavras demais, sorrisos demais, funcionalidades demais. Demais enjoa. Demais é ter seu tempo e aproveitá-lo com utilidades, se e somente se. Pois bem. O inútil também é demais – no melhor sentido da palavra – acredite! Ser inútil, de vez em quando, não é problema, muito pelo contrário, É NECESSÁRIO. Parar um pouco no tempo porque está tocando a sua música preferida. Desmarcar um compromisso pra curtir sua cama – você trabalhou demais hoje. Depois de um semestre inteiro, permitir-se à “inutilidade” de jogar conversa fora com seus amigos de faculdade. Quem foi que disse que pra viver bem precisa ser útil cem por cento do tempo?

A arte, por exemplo, não é algo de extrema utilidade. Pra que comprar um quadro? Se ele só vai enfeitar a parede? Pra que ir ao teatro? Pagar caro pra ver artistas que você nem sabe quem são? As flores, também, não são úteis. Ora, bolas, por que uma montoeira de violetas na janela, se elas só dão trabalho? A poesia, então... qual é a utilidade de ler o que o poeta criou no seu mais profundo momento de melancolia? Viver não é útil – se mata logo.

Acontece, meus amigos, que temos que parar com essa nossa mania constante de querer atribuir valores a tudo e a todos, atribuir utilidades a tudo e a todos. Poxa, você poderia fazer tantas coisas, mas resolve ficar deitado a tarde toda na rede, vendo os passarinhos que pousam sobre o muro da sua casa. Você poderia estar lendo mil textos, mas prefere ficar com sua mãe pra ver a novela junto com ela. Você poderia se matar trabalhando hoje, mas prefere fazer só o que lhe é necessário. E deu.

É nas pequenas inutilidades cotidianas que você tem uma grande válvula de escape – a possibilidade de se permitir. A possibilidade de fugir da rotina, intervir ao que se está acostumado a todo o momento, alimentar suas loucuras e, principalmente, sua vontade de estar cada vez mais vivo. As coisas inúteis te fazem SER HUMANO, te jogam pra bem longe de quaisquer possibilidades de perfeição. Alteram o seu curso, lhe fazem pensar um pouco mais em si, lhe fazem ficar encantado por alguns segundos e horas. Não há como ser inútil o tempo todo, por obviedades, mas de vez em quando dá e faz bem. E como faz! “É o nada que, em sua extrema pureza, dá o verdadeiro sentido da vida” (MEDEIROS, Martha. 2010). Ser demais é ser de menos. Assim como ser de menos, com certeza, pode ser demais.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A hora é agora

Domingo é um dia deveras importante para a democracia brasileira. É o dia em que milhares e milhares de brasileiros sairão do conforto de seus lares para exercer um direito que tantos anos demoramos a obtê-lo: VOTAR. Direito lindo, magnífico, é a voz do povo que decide quem vai governar a sua nação por quatro anos! Não somente a sua nação, mas seu estado!!! E ainda poder escolher deputados (estaduais e federais) bem como senadores, que vão pitar – e muito – no cotidiano dos votantes, definindo leis e uma “quinquilharia” de outras tarefas. Que poder mais sublime que o povo tem, não é? É! E não é à toa que a afamada frase “A voz do povo é a voz de Deus”, tantas vezes é dita.

Confesso estar utópica hoje. Sim, MUITO utópica. Quem acompanhou direitinho o desempenho daqueles que vão escolher os seus governantes – os tais eleitores (NÓS!!!) – durante toda a campanha política, sabe que a realidade não é bem assim. Ouvi gente desprezando o voto, esse direito magnânimo que vos falo, com raiva de ter que votar, com ódio de ter que perder seu precioso tempo teclando naquela urna eletrônica mais de 20 cliques. Nessas horas, minha gente, eu encarno os revolucionários que conseguiram esse direito NA LUTA, e sou tomada por uma raiva momentânea.

Na verdade, temos que entender, brasileiro (generalizadamente falando), não curte muito esse negócio de agir sob pressão, obrigado. Sei de muitos que, ou escolheram seus candidatos a dedo, ou pelo que está nos patamares das pesquisas, ou pelo rosto bonitinho, ou pela fala mais firme, ou porque “meu amigo/tio/vizinho/primo/cachorro(?) entendido em política vota nele, logo também vou votar”, ou por razões indeterminadas. Também sei de muitos que nem sabem os vices dos seus candidatos ao governo do estado e à presidência, os partidos dos suplentes do seu senador, se seu candidato a deputado está disposto a fazer algo pela região que você mora. Ok, ninguém precisa entender perfeitamente isso para teclar nas teclas da urna eletrônica – mas deveria. Deveria, porque é O SEU TECLAR NOS NUMEROZINHOS QUE VAI DEFINIR O SEU DESTINO. Clichê, sim, porém um clichê inexplicavelmente verdadeiro.

Outra coisa que me deixou muito chateada nessa época de campanha, é a aversão que uma maioria esmagadora da população tem para com o horário eleitoral. Cara, sei que ali não diz MUITA coisa, mas é a partir dali que você poderá estar a par dos enfoques de campanha dos candidatos, sobre o que ele fala, se ele mais ataca os outros do que fala de si. Vai poder ver se ele está sendo bem assessorado, se os olhos dele dizem o mesmo que a boca - e suas promessas de um país/estado perfeito. Vai poder ver se ele está numa campanha baseada nas suas PRÓPRIAS qualidades ou sendo adepto da imagem de terceiros mais populares, aproveitando para apelar aos sentimentos e tocar nesse seu coração mole (ok, não resisti, beijos). Enfim, vai poder tirar suas próprias conclusões a respeito de muita coisa.

Domingo está quase aí, eu sei. Mas ainda há tempo! Pesquise, saiba do passado do seu candidato, saiba das SUAS PROPOSTAS, o que é o básico do básico que você precisa saber. Não faça parte daquela parcela que não sabe em quem votou nas últimas eleições – NÃO SEJA BOBO, POXA. Seja consciente nessa sua escolha, não adianta, depois das eleições, querer abrir a boca só pra reclamar do governo e seus protagonistas, sendo que você não fez honestamente a sua parte nesse dia 3 de outubro. Faça jus à maravilhosa conquista desse direito que temos – direito este que atinge diretamente a sua vida, meu caro. Não adianta depois chorar sobre o CONFIRMA clicado. A hora é agora.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vítimas da mídia instantânea

Tenho várias amigas que são como eu já fui: afobadas, querem tudo resolvido na hora, falam sem pensar (muitas vezes) e são vítimas da globalização tecnológica. Sim, vítimas. Em meio a tantas facilidades que a tecnologia nos proporciona, eis que cito um grande defeito, sob um ponto de vista mega prático para a VIDA PESSOAL: a instantaneidade da mídia. É. Sou uma comunicadora, mas tenho uma baita impaciência com uma mídia instantânea que consegue me descabelar: o tal do MSN. Ali, num instante, você consegue falar com o seu paquera que está lá no Alasca, consegue saber como está a sua amiga que você não fala há tanto tempo. Mas consegue, também, falar coisas “no calor da hora”, coisas das quais, em grande parte das vezes, você ligeiramente se arrepende após o teclar do enter.

Antigamente, quando algo drástico acontecia na sua vida pessoal, você fazia o quê? (Adeptos a essa época, respondam!!) – escrevia uma carta amargurada, derramando lágrimas sobre a mesma que chegavam até a borrar a caneta tinteira (ok, não é pra tanto). Você transpõe a sua alma naquela carta, os seus sentimentos, as suas revoltas momentâneas. Você tem a convicção de que o remetente vai se sensibilizar com aquilo. E, logo após uma noite de sono, lê novamente aquela coisa horrorosa e pensa “não mando isso nem que me paguem, como sou idiota”. É, experiência própria. Escrevi uma dessas cartas e tenho até hoje guardada na minha gaveta, e toda vez que eu a leio dou graças a Deus por não ter chegado às mãos do dito cujo.

Pois hoje a realidade não é bem assim. Quando você se revolta, instantaneamente faz o quê? Escreve um e-mail, um depoimento no orkut, externa sua raiva via twitter ou, o pior, vai direto às vias de fato e fala com o motivo da sua revolta via MSN (aaargh). Clica para enviar, nem pensa, nessa hora é quase impossível estar consciente sobre seus atos. Eis um ato que pode estragar um relacionamento, ou deixa-lo suscetível a coisas, no mínimo, erradas.

Não sou contra qualquer tipo de mídia social, muito pelo contrário, sou apaixonada por elas (menos pelo MSN, enfim). Só acredito que tenhamos que pensar muito mais antes de usá-las para desabafar coisas de momento. Mais tolerância para com elas, talvez. Claro, há pessoas que externam seus sentimentos e não se arrependem depois. Mas acredito que essa parcela da população cibernética seja muito pequena... Por isso, peço um pouco mais de paciência consigo mesmo. Sei que é difícil, pode parecer quase impossível, mas, acredite nisso – respire um pouco antes de querer falar tudo que vem à sua mente. Pensar mais faz bem. Aliás, como diz um conhecido meu “tem coisas que só se pensa, e NÃO SE DIZ”. Quem sabe escreva em uma carta o que você queira transpor. Depois releia, no mínimo, três vezes, deixando passar uma hora da sua escrita. Com certeza você poderá mudar de opinião. Use a mídia instantânea a seu favor, não deixe que ela lhe torne mais uma vítima dessa comunicação-globalização-tecnologia-instantaneamente. Confesso que me salvei de muitas encrencas pensando dessa maneira – e já me ferrei inúmeras vezes por deixar de pensar assim. #Ficadica

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pra "mim" fazer? Ai.

Analisem a cena: profissional de comunicação, super renomado, valorizado no mercado de trabalho, mais de vinte anos de profissão. Escreveu artigos, artigos e mais um pouco de artigos. É admirado por muitos alunos, fãs, colegas e etc. Aí vem a sua digna fala “(...) sempre preciso de inspiração pra mim fazer um texto...”. Tudo bem nessa frase? Não, definitivamente.

Se até eu, ser humano leigo em tantas noções de vida, sei que o MIM NÃO CONJUGA VERBO, como que um profissional de tal “estirpe” pode falar uma coisa dessas?

Sou neurótica por causa disso, confesso. Não sou perfeita, cometo erros de português, sejam eles de gramática ou ortografia. Não tenho ainda graduação, nem pós, tampouco mestrado, doutorado e o diabo a quatro. Mas, pra mim (rá), a reputação de uma pessoa supostamente “poderosa” aos olhos dos outros muda completamente quando ela diz “pra mim fazer, pra mim andar, pra mim comer”. Se herdamos isso dos nossos pioneiros indígenas (com todo o respeito, por favor), não sei. Mim comer uma carne agora! É, amigo.

Sei que não dá para julgar pessoas que falam “errado”, até porque muitos não tiveram condições de estudar e ter ótimas professoras de português como eu tive. Sei que não posso julgar alguém pela sua maneira de se expressar, afinal, o que importa é a comunicação, não necessariamente a forma com que ela é feita. Mas, com licença, eu me permito a achar ridículo gente estudada, graduada e mimimis que conjuguem verbo com mim. Aaaah, se me permito.

O pronome pessoal reto EU foi criado para conjugar verbos na primeira pessoa do singular. Tão mais simples, tão mais bonito. Já o MIM é um pronome pessoal oblíquo... é usado depois do “para” em finais de frase, por exemplo! Dê esse livro para mim. (ponto final, sem verbo depois, oks). É aqui que o cérebro de muitas pessoas – inclusive das graduadas – faz uma confusão, uma vez que geralmente estamos acostumados a falar o mim depois do para. PORÉM, há um caso em que o mim pode anteceder um verbo. E é quando o mesmo se refere à pessoa e não ao verbo e você pode perceber que o mim não "tem a intenção" de conjugar o verbo!!!! Um exemplo: "é um prazer para mim estar aqui" - quem emprega essa frase dispõem em ordem inversa os termos da oração. Explico: essa frase poderia também ser empregada dessas maneiras - Para mim, é um prazer estar aqui. Estar aqui é um prazer para mim. ENFIM, sem a intenção de conjugar o maldito verbo. (Professores e mestres de português: qualquer coisa me corrijam, oks). Apesar de todo esse blábláblá, ainda não consigo entender e justificar como o erro pode ocorrer por profissionais "bambambans".

E o pior de tudo: quando você fala certo, muitas pessoas olham torto, fazem biquinho, acham estranho. É realmente estranho falar “pra eu fazer um texto”, confesso. Mas não interessa, é o certo. Já traumatizei tantas pessoas por causa da minha mania de corrigir esse erro que muitas tiraram o MIM do seu vocabulário. Volta e meia vejo amigas, parentes e etc falando “Alcança esse texto pra eu”. Haha. Como sou má.

Que fique bem claro que, depois de tantos surtos psicóticos por ver pessoas cometendo erros de português (inclusive ter escrito um texto que condenava quem fazia questão de errar), tirei essa mania da minha vida – apesar de ganhar ataques no fígado quando vejo alguém cometer erros absurdos, não aqueles perdoáveis. Mas “pra mim fazer” já é demais. Pra mim. E não pra eu. Entendem? Ok, sou doida e deixei vocês confusos, garanto.

Ps.: por favor, não me venham com a frase “errado é aquele que fala correto e não vive o que diz”, porque eu concordo com ela. Só não concordo que continuem usando o MIM de forma errônea. Só isso. Por favor, me perdoem por essa mania, vai.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cof, cof, atchim! Cigarro.

Lendo uma baita reportagem que saiu no último caderno Kzuka, senti-me na obrigação de falar sobre algo que sempre quis falar, mas nunca tive coragem: o cigarro.
É extremamente horrível essa sensação - e certeza, convenhamos - de que essa realidade da "geração chaminé" só aumente. Mais horrível ainda é sentir-se fora dos padrões de qualquer ser humano por ser totalmente contra isso. Não gosto do cheiro, não gosto da aparência plástica de um cigarro na mão, não gosto de ver as pessoas soltando aquela fumaça pela boca - e achando a coisa mais linda do mundo. Terrível também é quando você diz a um fumante "hey, não curto... será que você pode fumar longe de mim?" e a mesma criatura dar risada da sua cara e jogar aquele bafo que esvoaça em direção ao seu rosto. Leis que impedem a população de fumar em locais fechados? Repercussão total na teoria, pena que na prática não funciona. Nunca vi lei que fosse mais desrespeitada - e olha que quase todas são.

Por falar em lei, lembro de um episódio no qual estava curtindo uma festa em minha cidade, logo depois da lei municipal ter sido sancionada. Uma certa criatura, muito crente da certeza dos seus atos, tirou o cigarro da carteira e começou a fumar, ali, no meio do ambiente fechado, como se nada estivesse acontecendo. O dono do estabelecimento, então, preocupado com os não fumantes que cercavam o dito cujo (e também com medo de tomar AQUELA multa, caso o amável fumante fosse denunciado) quis intervir. O fumante? Ficou ofendido, claro. Queria brigar. Onde já se viu ele não poder desfrutar desse prazer da vida? Que se dane a proibição. Pois é.

Sempre fui adepta à filosofia "usufrua da sua liberdade, desde que a mesma não interfira na dos outros". Quem fuma, não fuma sozinho. A fumaça contamina todo o ambiente, tornando os contra-cigarro meros fumantes passivos que não tem direito de reclamar de nada.
Se fumar fosse estragar a vida unicamente do ser que realiza o ato, não seria contra. Até porque você ganhou sua vida, logo faça dela o que bem entender.

O álcool, por exemplo, que também é considerado uma droga que igualmente gera dependência, estraga vidas, sim. Mas de uma forma única - o máximo que vai interferir na vida dos outros é ter que aturar o bafo e as atitudes do bêbado. Ou também fazer as pessoas ao seu redor sofrer, caso você seja um dependente. Enfim. Ele prejudica fisicamente só a pessoa que faz uso dele. Não vou dizer que não bebo e quaisquer etcéteras, até porque estaria me contradizendo. Bebo sim, daquele jeito moderado, lá de vez em quando aos finais de semana. Fiquei bêbada sim, mais que uma vez. E dessas vezes, tirei lições. Umas divertidas, outras nem tanto.

Não sou contra quem quer extravasar, curtir a vida de uma maneira diferente, não. Faço isso - mas nem sempre. E é esse "semprefazerisso" que estraga a vida de muita gente por aí. Infelizmente, ter o tão afamado auto-controle às vezes não resolve, pois quando você menos espera, seu controle é jogado ao léu e você também.

Voltando ao cigarro, sei que muita gente fuma por aparência, já outros, porque gostam (gostar disso, pra mim, é totalmente incompreensível. PRA MIM). Sei que muita gente "só faz isso em festas". Sei que muita gente pensa que não é viciado, mas é. Sei que muita gente tem consciência do vício e não sente vontade de parar com isso. Sei que muita gente acha os que são contra TOTAIS CARETAS, ora bolas, é só se controlar.

"O jovem tem hoje todas as informações que precisa sobre o cigarro, mas não quer ser controlado. (...) O cigarro começa com as festas do final de semana, onde eles tomam trago. Daí começam a fumar principalmente nas festas, o que também é um vício. Quem pensa que para quando quer está errado, pois você não sabe como seu corpo vai se comportar", palavras de Luiz Carlos Correa da Silva; médico, chefe do serviço de pneumologia da Santa Casa de POA, professor da UFSCPA, UFRGS E UPF e coordenador do Fumo Zero da AMRIGS (trecho publicado nas páginas centrais do caderno Kzuka).

Sei que muita parcela dessa tal geração chaminé respeita os que não curtem. Sou admiradora de tais pessoas - pena que, até agora, vi que essa parcela da população é mínima.Tenho muitos amigos que fumaram e continuam fumando, outros que provaram e viram que não era bom. Eu nunca provei, e cada dia que passa sinto ainda mais certeza de que não farei isso. Se só o cheiro me causa irritação e espirros constantes, imagina aquela fumaça circulando no meu pulmão e causando um alvoroço interno em mim? Não, muito obrigada. Prefiro continuar assim, careta, como queiram, na minha vidinha mais ou menos de extravasar de vez em quando - e olhe lá - com bebidinhas e tal.

PS.: Um beijo pros fumantes que respeitam quem não curte. Vocês não imaginam o quanto são legais. :*

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

eu sou assim

“(...)porque só pode ser teimosia crônica essa mania de nascer assim, crescer assim, viver assim e, mais grave, ser sempre assim. Por mais que “assim” seja bom, é muito assim pra pouco assado.”

É por tal motivo que Martha me fascina. Sim, é da Martha Medeiros que vos falo. Ela consegue adivinhar tudo que morro de vontade de externar e é por isso que sempre aguardo ansiosíssima as quartas-feiras, pois é quando acompanho as suas palavras. Em especial nesta quarta, dia 4 de agosto, ela tocou em um assunto que me senti na obrigação de falar sobre. Essa mania que muita gente tem de se mostrar de opinião única, mostrar-se íntegro e , bler, AUTÊNTICO. Mania de querer defender suas teses até a morte e nunca admitir-se errado, não ser flexível e tampouco ter humildade para pôr as cartas na mesa e dizer “sim, eu mudo, eu mudei, eu mudarei”.

Mudar, na prática, não é crime nem pecado algum. Faz parte da nossa condição de animal racional e condiz totalmente a uma evolução. Se eu defendia uma religião com unhas e dentes e, após ler textos e escutar conversas mais convincentes do que minhas certezas, por que não mudar e passar a jogá-la ao léu? Para parecer “autenticamente em defesa de uma causa”? Por favor, né. Já dizia Raul Seixas que "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Nunca vi frase mais clichê. Porém nunca vi um clichê que fosse tão verdadeiro.

Não vivo mudando de opinião, não. Tenho minhas convicções que serão difíceis de serem contrariadas. Serão difíceis, mas não impossíveis, caso me provem que eu esteja errada. Aliás, não vejo problema algum em estar errada, ter me enganado, ter caído em mim de que tudo que acreditei não passou de uma ilusão muito boba. Cara, a gente vive pra isso: errar, acertar, errar, acertar. É uma constante na nossa existência e admitir isso é uma questão de obviedade.

“Só não muda quem não se relaciona com o mundo, não passou por nenhuma experiência amorosa, por nenhuma frustração. Só não muda quem não consegue racionalizar sobre o que acontece a sua volta, não se interessa pela condição humana, não é curioso a respeito de si mesmo...”.

Defender seus ideais e seus princípios é até questão de caráter. Mas vai, mudar uma cláusula ou um parágrafo em alguma de suas certezas não vai fazer de você um ser “frívolo” ou frustrado. Vai fazer de você um ser humano, o que, no fim das contas, é o que você é, né?

Martha Medeiros, obrigada por existir.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

#MEME

Em primeiríssimo lugar, mil desculpas pelo abandono.
Não vou nem justificar os porquês, pois de nada adiantaria. Enfim!
O Rod, do poético sujeito simples, me mandou essa entrevista. E, já que as oportunidades para que eu possa estar "do outro lado da coisa" são poucas, resolvi respondê-las :)
Aproveito para passar a mesma entrevista pra Nicole, do blogando com nicole (que acabou de me mandar um esmalte pink vigarista lindíssimo e um livro muito fofo de presente) para que ela faça o mesmo e responda o questionário. Afinal, dona Nicole é um projeto de jornalista que nem eu, acredito que vai amar estar do outro lado também. Haha.
Sem mais delongas, segue:

1 – Qual seu nome?
Bianca Hoffmann Hennemann

2 – Onde você mora?
Na belíssima e florida Nova Petrópolis, no meu amado estado Rio Grande do Sul.

3 – Quantos anos você tem e quando é seu aniversário?
Tenho 19 anos muito bem vividos que se completam a cada 25 de julho.

4 – Qual sua altura e qual número você calça?
Tenho 1,65 de altura e calço por vezes 36, por vezes 37.

5 – Estado civil ou situação, tem filhos?
Estado civil: Namorando. Situação? Compromissadamente apaixonada.
Tenho duas calopsitas. Serve? Haha

6 – Qual sua comida favorita?
Injusto dizer só uma. Lasanha de frango da mamis, massa ao molho de quatro queijos do namors e minha pizza <3

7 – Qual a sua bebida favorita?
Caipirinha de cachaça. Descobri há pouco tempo e morro de vergonha de ter que ser sincera e dizer isso. E, claro, chimarrão e café. Meus parceiros todos os dias!

8 – Como você se auto define?
Muito observadora, com oscilações súbitas de humor, am. Costumo dizer que sou subjetiva demais para procurar me expor em falsas objetividades. Então, melhor nem tentar.

9 – Qual o seu sonho?
Ser realizada ainda mais na profissão e poder ajudar todos que já me ajudaram. Principalmente minha mãe.

10 – Qual o seu pior defeito?
Odeio me sentir culpada a todo tempo. Que droga. Penso demais... Esse é meu defeito.

11 – Trabalha atualmente em quê?
Saí da reportagem para um ramo incrível no jornalismo: assessoria de imprensa.

12 – Faz faculdade ou algum curso?
Curso Jornalismo na Unisinos e pretendo dar continuidade a um curso de espanhol. Queria muito continuar no teatro também... Mas isso será possível quando meu dia tiver 36 horas ou mais.

13 – Tem algum bichinho de estimação, qual o nome?
Sim! Dois bichinhos que me fazem muito feliz. A Elvis e a Vick, duas calopsitas. Só quem tem sabe o bem que esses 'serezinhos' podem nos proporcionar.

14 – Qual sua banda, dupla ou cantor[a] favorito?
Foo Fighters é viciante e me arrepia. Ana Carolina e Amelie Poulain me acalmam e me inspiram. Sou adepta ao rock, bossa nova e MPB. E outros, quando estou de bom humor.

15 – Teu filme e ator/atriz favorito?
GENTE! Tantos filmes que mexeram comigo... São eles: Laranja Mecânica, Um Estranho no Ninho, Uma Mente Brilhante, Freud além da alma, August Rush, Patch Adams, Efeito Borboleta, Oliver Twist, O Menino do Pijama Listrado, A Era do Gelo 1, 2, 3; UP! Altas Aventuras e Alice no País das Maravilhas. Ator e atriz? Admiro TODOS! Claro, os quem têm talento de verdade.


16 – Tem saudade de algo, ou alguém?
Sim. Da época do colégio, de Tocantins, de quando eu podia só me matar de estudar. Sério...

17 – Fato que mais marcou sua vida?
Sou uma pessoa completamente jovem na teoria, mas já adulta na prática. Adulta só pelos acontecimentos marcantes da minha vida, que foram VÁRIOS. Acredito que um dos mais marcantes foi quando consegui meu primeiro emprego e vi que, a partir dali, as responsabilidades só aumentariam na minha vida.

18 – Tem apelidos, quem te chama?
Sim! Bia é universal. Pitty é só da mãe. Paixão é só do namors :)

19 – Com o que você não pode sair de casa sem?
Um blush na cara. Preciso criar a ilusão de que sou saudável. Dá-lhe bochechas vermelhas.

20 – Qual tua marca de maquiagem favorita?
Natura, disparado.

21 – Onde costuma comprar roupas?
Na Renner. Minha perdição!

22 – Você pretende casar?
Pulo a pergunta!

23 – Você está apaixonada/o?
Completamente. Pela vida, pelas pessoas, pelos objetos, pelos animais, pelos sentimentos. Sou muito apaixonada.

24 – Qual produto que você não troca de jeito nenhum?
Produtos, pra mim, são produtos. Logo, são totalmente “trocáveis”. Desapego, né.

25 – Diga uma dica, truque ou produto que descobriu na internet:
Bah, difícil essa. A última "dica" que me marcou foi quando li diversas resenhas sobre o filme Alice e me apaixonei, mesmo sem ter visto. Depois que vi, me apaixonei mais ainda.

26 – Diga 2 produtos [área da beleza] que você quer, mas ainda não comprou:
Um curvex superpoderoso e muitos pares de cílios postiços. Haha.

27 – Por que decidiu criar um blog?
Tinha muitos textos de gaveta... Gostavam do que eu escrevia... Aí foi, né. Resolvi externar tudo - e descobri que foi a MELHOR coisa que fiz na minha vida. Juro.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amor?

Sempre tive pra mim que o sentimento mais indescritível e inexplicável é o amor. E quanto mais o tempo passa, mais tenho certeza disso. Esse sentimento intriga a humanidade desde os seus primórdios. Diversos renomados filósofos gastaram praticamente todas suas vidas tentando explicar esse sentimento e o que ele pode causar nas pessoas. Shopenhauer, por exemplo, tratou o amor de forma direta, abrangente, é aquilo e ponto. Já Freud viu em inúmeras sensações implícitas significados e explicações múltiplas pro tal do amor. (Baseado em conhecimentos mínimos, os especialistas em filosofia que me perdoem). O dicionário define amor como sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, entre tantas outras linhas de palavras que só nos deixam ainda mais confusos.

Pois bem, filósofos, Aurélio, pessoas leigas. Pra mim, definir o amor e procurar razões para sua existência é pura perda de tempo. Por mais que estudiosos insistam em achar termos e etc para mostrar uma certa consistência a esse sentimento, o amor consegue ser a coisa mais subjetiva do mundo. Subjetiva, intocável, distinta e igual. O amor pode ser lindo, como pode ser horrível. Pode ser o melhor sentimento do mundo e também pode ser o pior. Pode ser sentido no mesmo instante ou pode demorar anos para ser construído. Pode ser puro, pode ser doentio. Pode deixar a pessoa no céu e também pode deixá-la no mais ardente dos infernos.

O amor é o amor, aquele que consegue ser o cúmulo do abstracionismo, aquele que é sentido de maneira diferente e pessoal por cada um. Não dá para dizer quem ama mais, quem ama menos, quem ama certo, quem ama errado. Amor não tem disso, não tem nada disso. Ele não pode ser julgado, falado, repetido, comparado. Só pode ser sentido, curtido e interpretado individualmente. Afinal, mal sabemos se ele existe ou se é puro fruto da nossa insistência em idealizar tudo...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dia do$ namorado$



Adoro o dia dos namorados. Acho um dia tão romântico, lindo e lá fora aparecem milhões de coraçõezinhos simbolizando que é o dia D. Ok, exagerei. Na real, eu não sou muito a favor desse negócio de data comemorativa. Todo o simbolismo sentimental que a tal data é para proporcionar vai por água abaixo. O que mais vem à mente dos casais enamorados é, nada mais e nada menos do que a palavra PRESENTE. É. Um dia que, na teoria, deveria ser significativo, na prática, é $ignificativo, se é que você me entende. O dia dos namorados é totalmente criado para impulsionar o mercado: marcas criam novos produtos pro tal dia, hotéis lotam na Serra Gaúcha, alinças quase sem correndo das joalherias e até os solteiros frustrados choram em casa e gastam horrores em diversões solitárias por não ter com quem partilhar o dia.

E, infelizmente, não é só com o dia dos namorados que isso acontece. Na páscoa, ovos de chocolate, e só. No dia das mães, "que presente vou dar pra minha mamis?", um cartão de euteamoobrigadaportudo, e só. No natal, presente pra todo mundo, e só. O máximo que fazem é reunir a família pra cantar cantigas para então distribuir os presentes que saem de um saco gigante vermelho. Er, odeio generalizar, pode ser que com você não seja assim. Mas, nesse caso, me permito a tal ato. Porque com a tão afamada maioria é assim mesmo que ocorre.

Voltamos ao dia dos namorados. Conheço muitos que vão se dar presentes, uns beijinhos, e deu. Conheço outros que vão passar um dia romântico em não sei aonde. Outros, vão virar pro lado e dormir. Sei que é totalmente clichê dizer isso, mas o dia de namorar, dia de olhar pra pessoa amada e dizer o quanto se sente bem por estar com ela, não deveria ser centralizado num só dia comemorativo. Aos que não fazem isso, minhas admirações. Aos que fazem, vamos nos ligar, né? Mimar quem você ama/gosta/curte, não necessariamente nessa ordem, deveria ser espontâneo e não ceder às pressões causadas por um dia D. E menos valor ao consumismo... Já que a data existe, deixe-se levar pelo seu lado mais sentimental, faça momentos nostálgicos e curta intensamente com seu amor :)
E aos solteiros, sem pressão. É só encarar o dia como se fosse como qualquer outro, ué. (Apesar dos milhões de coraçõezinhos no ar não te deixarem em paz. Exagerei de novo).

Ah, e feliz dia pro meu namors :) O moreninho lindo da foto lá em cima, ó! s2

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ela

Ela se encanta. Percebe nele os mais ínfimos detalhes, como o sorriso do canto da sua boca ou aqueles choros com suspiros que a enlouquecem. Ela ama estar com ele, sentir o cheiro dele, tocar na pele dele, estar com ele. Lembra de todas as datas, de todos os beijos, de todos os gostos. Apaga as brigas e quaisquer resquícios de discussão da memória, não quer desgastar um sentimento tão lindo e visivelmente nobre. Ela repara em todos os jeitos de agir dele: a voz de manhã cedo, o olhar dizendo boa noite, o cheiro tão único que ele exala. Ela o tem na sua vida. Ele não parece ter.

Esquece de avisá-la que hoje não vão poder comemorar mais um mês juntos porque o futebol com os amigos é mais importante (se é que vai jogar futebol). Deixa ela plantada na janela do apartamento esperando ver o farol do seu carro chegar. Esquece que ela tinha uma reunião decisiva hoje e sequer pede como foi. Não se importa com ela tanto quanto ela se importa com “os mais ínfimos detalhes” dele. Ela dá um valor absurdo pra ele. Ele não. Ela quer ele pra ela todo dia. Ele, de vez em quando. Ela se contenta com um sorriso dele. Ele não se contenta só com um beijo dela. Ela quer mais dele. Ele quer mais ELA. E só. Ele não pensa nos sentimentos, já ela é toda coração. Ela começa a se cansar. Desgastar. Desencantar. Ensaia quinze vezes a maneira que vai se desfazer de tudo isso, mas basta ele chegar com toda sua fila de ínfimos detalhes pra ela jogar pra longe a possibilidade de viver sem ele. Até que ela, de tanto se amargurar, de tanto juntar situações de desvalorização explícita, se esgota. Se esgota e vê que é melhor viver de coisas concretas. De quem enxerga nela aqueles malditos detalhes que ela enxergava nele. Ela diz adeus pra ele. Ele que nem parecia ter dito oi pra ela. Pra ela e pros sentimentos dela. Basta o adeus dela pra ele começar a sentir um terço do que ela sentia. Pra ele começar a reparar nela mais. Bem mais. Pra ele perceber que tinha uma ótima pessoa ao seu lado. Se arrepende. Ele, claro. Ele resolve buscá-la novamente. Declarações, escusas, palavras ditas agora que deveriam ter sido ditas antes. Bem antes. Ela, agora, não dá mais bola.

Esqueceu dos detalhes, esqueceu dos sorrisos, esqueceu da voz, do cheiro e tudo que isso a fazia sentir. Guarda-o pra sempre, nas lembranças, e não mais que isso. Ele que não tinha ela na memória agora não sabe mais o que fazer para tirá-la do coração. E é assim que muitas histórias de amor são escritas. Pra um dos autores, teve começo e fim. Já pro outro, que não soube escrever o começo, se perdeu no infinito e jamais saberá onde fica o ponto final. E nem adianta voltar para tentar recomeçar o prefácio. O livro já está fechado para ela. Digitado, editado, impresso e mofando nas prateleiras.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

SALVEM a seleção

Não sei como, depois de ontem, as orelhas do técnico Dunga não caíram. De tanto que ferveram, de tanto que este foi o nome mais comentado na tarde desta terça-feira, um mês antecedendo a Copa Do Mundo. Às 12h45 min estavam todos na expectativa de quem seriam os escalados para representar o país na competição mais importante pra nós (nesse caso ouso generalizar). Glenda Kozlowski, o tal do Tiago no Globo Esporte e eu, fixa na TV. Após o ocorrido, após aquela lista de convocados, que me fez encarar cada jogador por três segundos, a decepção. Cadê o Victor? Cadê o Ronaldinho Gaúcho? Cadê o resto dos Meninos da Vila? Pois é. Corri pro twitter e vi que não era só eu. Geral tocou no nome do Dunga. Todos utilizaram ao menos um minuto do seu precioso tempo para filosofar a respeito da decisão do técnico. Uns mais timidamente, dizendo que Dunga tá lá e sabe o que faz. Outros mais revoltados, não entendendo inúmeros porquês, todos com nomes: Ganso, Neymar, Ronaldinho, Adriano, etc e tal. Jogadores chorando por não terem sido convocados, já outros chorando de alegria porque vão conhecer a África do Sul. Não sou lá muito entendida de futebol, confesso, bem como confesso que Dunga entende disso um milhão de vezes mais que eu. Acontece que eu fiz parte dos 80%, ou grande maioria, como queiram, que se revoltou com essa escalação. Fiquei indignada, porque grande parte dos jogadores que foram escalados eu mal conheço (eu disse que era desentendida)!! Chateada, porque ao invés de eu gritar pelo Ronaldinho, vou ter que gritar pelo Grafite (???) que eu nunca vi mais magro, desculpe.

Os ídolos dessa maioria não entraram. E a válvula de escape foi atirar todas as raivas e pedras em cima do técnico, que ganhou os adjetivos mais horripilantes imagináveis e inimagináveis. Dunga não cedeu às pressões do povão. Colocou como lateral jogadores que não estavam jogando nessa função. Enfim, surtou. Fumou, loqueou, teve uma intuição que assim funcionaria, sei lá. E foi comparado com Felipão, que não escalou Romário para a Copa de 2002, foi chamado de burro e o diabo a quatro, mas trouxe o penta pra nós. Literalmente, calou a boca da tão chatinha maioria. Se esse episódio vai se repetir novamente esse ano? Não sei. Mas espero que sim. Pois, caso não aconteça, dou a dica pro tal do Dunga não sair mais de casa, de tanta pressão que vai sofrer com os “e se o Neymar tivesse jogado”, “e se o Victor tivesse no gol aquela hora”, “e se o Ganso tivesse lá naquele minuto”, e se, e se, e se. Na boa, fiquei com raiva do técnico e agora, mais calma, estou com pena. A gente tem essa mania de sofrer por antecipação, cobrar por antecipação, mas, CALMA, a Copa tem um mês ainda pra começar. Acho melhor só deixarmos pra sofrer todas essas angústias e amarguras depois, na hora, no ato. Todo mundo merece uma chance, e vai, o Dunga também merece. Mas confesso que não me sinto nada empolgada em ter que gritar e torcer pelo tal do Grafite. Me dou o direito dessa implicância.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Abandone as verdades universais

Se tem uma coisa que consegue me irritar profundamente são as famosas verdades universais. Gosto não se discute, o amor é o sentimento mais nobre que existe, inveja é falta de capacidade, entre outras tantas milhares chatas como essas. É, chatas. Essas frases são consideradas “verdades”, pois uma grande maioria dos indivíduos concorda com elas. Quer saber? Grande coisa. Não consigo entender, aliás, como uma verdade pode ser estabelecida a partir de uma maioria. Enfim. Já não gostava dessas tais verdades, e depois de sair de uma aula de filosofia, passei a gostar menos ainda. Finalmente escutei alguém dizer “gosto não se discute? Pois não há nada mais discutível do que o gosto” e Kant, um filósofo alemão, concorda comigo, com licença.

Eu sou daquelas que enlouquece buscando explicações, mas não se cansa enquanto não achá-las. Pois bem, exemplifico essa questão. Uma amiga sua adora andar de rosa, azul bic e verde limão. Você olha, acha estranho, mas se conforma pensando que o gosto não é discutível. Ora, como não discutir o gosto diante de uma situação dessas? Ela deve ter um motivo no mínimo esquisito pra gostar dessa combinação. Um trauma de infância talvez. Ou, sei lá, viu uma famosa usando e achou que era moda. Olha, sem querer querendo, acabei discutindo o gosto da coitada (e sei que você também fez isso, ainda que involuntariamente). Dizendo que o gosto é discutível, no meio de 500 pessoas dizendo que não é, é chato... muito chato. Aí, o que acontece? Você acaba concordando com a ideia da maioria, ainda que, no fundo, não concorde, e passa a ser um mero um por cento a mais pra tal da generalização.

Outra coisa nesse papo todo que me deixa, como diria um amigo meu, “tiririca”, é escutar as pessoas dizendo “sua inveja faz o meu sucesso, inveja é falta de capacidade, sou o que sou e ninguém vai me mudar”. Frases prontas, ditas da boca pra fora. A pessoa que diz tooooda essa ladainha, acho que nunca parou pra pensar no que tudo isso quer dizer. E depois, ainda, ousam dizer “sou original” o que, nas entrelinhas, significa “me inveeeeeeeeeeje”, contradizendo totalmente com as benditas frases prontinhas. É. O que quero dizer a vocês, caros leitores, é que muita gente tem vontade de destruir essas verdades universais mas, por comodismo, preguiça de pensar, falta de vontade de contrariar 99,9% das pessoas, acaba deixando assim. Afinal, muito desgastante gastar suas cordas vocais com seus próprios argumentos, né? Melhor não arriscar? Pois bem, eu vos digo: CORAGEM, arrisque-se! Não tenha medo disso, até porque seus pensamentos é que fazem você, por mais que estes sejam adversos à opinião geral da nação, amém. Se eu estou certa ou errada de pensar assim? Sei lá, é minha opinião, “sou o que sou e ninguém vai me mudar”, HEHE.

PS.: adjunto de novo visu *-* algo mais clean, porque resolvi ficar discreta (não me peça explicações). créditos ao meu amado rodrigo rott, que fez a capa pra mim. rod é dono do blog sujeito-simples.blogspot.com

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Realidade Plastificada

Primeiramente, quero pedir um número inexistente de desculpas pelo abandono do adjunto adverbial.
Não quero e tampouco pretendo aqui citar motivos para isso ter ocorrido, só afirmar que o blog está de volta a ativa, eba pra alguns e aaah pra outros. Hehe.
Enfim, sem mais delongas... Uma realidade que venho percebendo ser frequente na nossa nação é a quantidade de vidas plastificadas. Sim, caro leitor, é da cirurgia plástica que vos falo.

Por ano, os brasileiros e brasileiras (mais as brasileiras, pressuponho) realizam UM BILHÃO de cirurgias plásticas. Seja para corrigir aquele nariz que você insiste enxergar 15 vezes maior do que o coitado é, seja para aumentar os seios para a sua blusa preferida ficar mais “recheada”, seja para tirar orelhas de abano que fazem você parecer o Dumbo, enfim, para corrigir o que você e as pessoas ao seu redor declaram como sendo defeito. Sei que esses supostos defeitos podem estar acabando com a tal da sua auto-estima, bem como sei que a cirurgia plástica já mudou (pra melhor) a vida de tantos e tantos indivíduos. Que bom que a medicina com suas tecnologias nos propiciam essa válvula de escape!

Agora o questionamento que eu vos faço é outro: até que ponto a plástica pode mudar pra melhor a vida de uma pessoa e até que ponto ela está sendo alvo de exageros ocorridos por pura vaidade? Cansei de assistir reportagens de mulheres que não se contentam com seus 500 ml de silicone e resolvem colocar mais, pra ficar ainda mais bonita (?) ou, simplesmente, aparecer (confesso acreditar mais na segunda hipótese). Cansei das notícias da tal da Bismarck que já gastou mais de cem mil com isso e mais parece uma mulher de plástico, criada nas mesas de cirurgia. Cansei de ver até consórcios pra realizar esse “sonho”. Cansei de ver mulheres como a Miss Rio Grande do Sul 2009, a Bruna Jackson (hehe), xingar e difamar seu médico por ter feito seu nariz errado (sendo que ela deveria estar ciente que isso poderia acontecer. Na certa ela pediu um nariz minúsculo para o doutor, e foi o que ele fez, neam. Mas enfim!! Vejam como ela era mil vezes mais bonita antes de ter feito a burrada: http://f.i.uol.com.br/folha/ilustrada/images/0915850.jpg). Cansei dessas meninas que já são lindas e vivem reparando em defeitos que sequer existem pra ter a barriguinha da fulana de tal, pra ter o narizinho arrebitado da ciclana, pra ter a bunda da deltrana. Na boa, cansei.

Não entendo como alguém supostamente bonito aos olhos da sociedade pode se olhar no espelho e viver reparando nos defeitos, preferir correr riscos numa mesa de cirurgia ao invés de se aceitar como é. Também ainda não entendo como alguém prefere pagar uma plástica pra ter o rostinho e o corpinho do ano ao invés de investir esse dinheiro em educação, para a formação de um CARÁTER melhor, este que deveria ser mais bem reparado do que um reles nariz bem feitinho. Aliás, já pensou se existisse uma maneira médica de modificar o interior de uma pessoa por completo, de um dia pro outro? Cruzes, a fila, na teoria, deveria ser maior do que pra fazer a tal da plástica. Outro fato que eu acho ridículo é o concurso de Miss. Eu sou totalmente a favor de não aceitarem mais mulheres totalmente de plástico. Analisem na passarela: quais candidatas não têm silicone, ou não corrigiram o nariz, ou não tiraram uma costela? Quantas mulheres bonitas POR NATUREZA desistem desses concursos porque vão perder pra uma mulher que, na mais pura realidade, não é bem assim como parece? Onde está a beleza natural das brasileiras que é taaaanto lembrada?

Mas, enquanto a aparência continuar sendo o fator de maior importância na vida das pessoas, continuaremos a ver na televisão panicats de corpo perfeitamente plastificado, lindas de morrer, que só rebolam e distribuem sorrisos, porque quando abrem a boca... Continuaremos a ser um dos países que mais realiza cirurgias. Mas também continuaremos a ser o país que mais exibe mulheres lindas, belas, cheias de artefatos que enlouquecem os olhos de qualquer um. E só, infelizmente. Afinal, pra que se aceitar cheio de defeitos, se você pode ser perfeito? A mais pura verdade é que ninguém mais quer realmente aceitar a sua condição: a de SER HUMANO, acima de qualquer promessa (insuportável, diria) de perfeição.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

da gaveta

eu respiro, és tu que vens na minha mente.
eu enxergo, és tu que vejo a minha frente.
eu suspiro, és tu que estás aqui presente.
eu deliro, és tu que não me permite ser inocente.

sou culpada por te fazer inspiração,
sou culpada por não tolerar a razão,
sou culpada por me sufocar nesta ilusão.

eu sei que é absolutamente meu o arbítrio de te ter pra sempre, eu tenho plena consciência de que posso viver o resto da minha vida sem sequer lembrar da tua imagem.
porém algo dentro de mim sempre grita mais alto, exclama mais forte, explicita a todos os sentidos da órbita, fazendo com que o simples fato de te esquecer seja, assim, tão arriscado e difícil.
enquanto não encontro respostas a que tudo isso que dentro de mim acontece se destina, continuarei a interpretar, a cantar, a poetizar.
mas, por favor, diga-me logo quem tu és, porque preciso te viver - e continuar não esquecendo de ti jamais, ainda que não tenha te possuído literalmente.
ouço as canções e pareço te escutar, um arrepio frio me domina por completo, me faz te sentir aqui do meu lado.
fecho os olhos e percebo o teu sussurar no meu ouvido, o teu penetrar em minha mente, o toque do teu tato em minha pele já tão sensível.
por que o desconheço? por que não apareces materialmente? por que pareço te ter todo o dia e, às vezes, passar pelos meus pensamentos equivocados que tu não passas de uma ilusão?

- achei esse meu texto de 2008 numa gaveta, por aí.
não sei quem o inspirou, não me lembro em qual transitoriedade da vida estava quando escrevi.
mas, como eu mesma digo sempre, eu não me preocupo em buscar explicações.
tudo em mim é inexplicável.
:*

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

eu lírico

eu sou um pouco de muito e um muito de nada. eu sou aquilo que nem eu
mesma vejo. não transpareço meu desejo de ser apenas o que eu queria
que eu fosse.
eu sou puramente consequência das metamorfoses do meu próprio tempo...
eu sou emoção e contradição.
eu simplesmente não faço sentido e tampouco me obrigo a fazer.
eu preciso ser exatamente aquilo que nunca fui, sempre, a todo momento.
eu preciso te ser insuportavelmente inesquecível. assim, existo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Big Bosta Brasil?

“98% das pessoas do twitter sabem o nome de todos os BBB’s. Se você faz parte dos 2% que não sabe o nome de nenhum, dê RT”.

Bom. Estava eu escrevendo esse post há muito tempo, confesso. Muito mesmo, pois já faz seis semanas que o reality show mais visto no Brasil começou: o Big Brother Brasil. Mas já estava ficando maluca de não poder externar a minha opinião sobre este programa tão polêmico da televisão. Quando começa o Big Brother, começam os mesmos papinhos de sempre. Principalmente de pseudo-intelectuais, que supostamente defendem uma cultura antitelevisiva sem nem eles mesmos saberem o porquê da questão.
Não julgo quem não gosta desse programa por realmente ter motivo para isto. Achar chato, achar o cúmulo, achar um verdadeiro show de putaria, achar que não vai acrescentar nada na sua vida. Ok. Viva ao pensamento livre. Viva à diversidade. Acontece que, o que me deixa deveras irritada, é o fato de muitas pessoas dizerem “bah, tu gosta de BBB? Nossa, se fosse tu não sairia de casa mais. Que vergonha, hein?” e depois, essa mesma pessoa que cometeu a infelicidade de dizer essa frase, ser a primeira a acompanhar o que aconteceu depois das frases polêmicas da Lia, o que o Dourado falou sobre homossexualismo, o que o Dicésar “aplontou no pgogama”.
Não consigo acreditar em tamanha hipocrisia. De gente que quer parecer culta, digna, inteligente, simplesmente por falar que não assiste esse programa.
E sabe quais são os argumentos da grande maioria? “Televisão não é cultura, Big Brother não é cultura.”. Simples assim. Aí começam os discursos demagogos e sensacionalistas, de que a televisão influencia a vida das pessoas, de que nos deixamos manipular por este tipo de coisas, de que devíamos plantar árvores e lutar pela paz mundial <3

Quer saber??? Fala sério. Quer cultura, de verdade? Vá a um teatro, leia um livro, mas não ligue a televisão. Isso mesmo. Todos nós sabemos que a televisão realmente é precária de cultura. Que serve para nos distrair e nos manter informados.
Seria isso, não é? Pois bem. Então, por que olhar Big Brother?
Olha, meus caros. Não hesito em dizer que ali realmente não há conteúdo que se assemelhe com um livro de fantasias ou algo do gênero.
Mas acho meio mal amado quem nunca viu direito o programa ou não soube interpretar a verdadeira essência dele.
Acho totalmente superficial quem passa os olhos por cima do que está acontecendo e, em relação a isso, tenha sua verdadeira opinião do programa. Eu adoro assistir Big Brother. Adoro mesmo. Já fui dessas que não gostava sem conhecer de verdade, confesso. Mas hoje em dia não temo em dizer que acho divertidíssimo e uma delícia.
O Big Brother é um verdadeiro show de realidade, como o nome diz. Traz para a telinha pessoas totalmente diferentes, que possuem divergências entre si. Traz à tona como alguém pode se transformar num confinamento. Traz pra gente como ser e não ser, como calcular o quanto podemos ser amigos de alguém em apenas três meses, o quanto que a “voz do povo é a voz de Deus”. Saber analisar cada olhar dos participantes, cada gesto bem pensado, cada deslize, cada respirar do maravilhoso jornalista Pedro Bial... Isso sim é saber interpretar o que o BBB quer passar. Ser um pouco mais otimista em relação a isso, quiçá. Se há algo manipulado pelo diretor Boninho? Se ele escolhe a dedo os participantes do programa? Olha, não seria isso motivo de julgar o reality. O diretor faz o que bem entender, e ele mesmo confessa. Ou você acha que ele não falou pro Brasil que convidou pessoas a entrar no programa? Bem, caros. Ele não precisa disso... E outra: enquanto muita gente perde seu tempo montando discursinhos baratos contra a televisão, muitos estão ganhando horrores com isso. Se há política de pão e circo? Se com isso desvirtuamos pensamentos para a realidade? Aí é outra história... Assistir, acompanhar é uma coisa. Viver pra isso é outra :S
É a lei da audiência. É a lei da vida. Porque, me desculpe, de cultura totalmente útil e de uma vida politicamente correta não somos feitos. Eu, pelo menos, não.
Relaxem. Extravasem. CONHEÇAM e descubram o verdadeiro objetivo de algo para depois julgar. Se conhecer e não gostar, ok. Mas não venha pra cima de mim e dos outros 98% com argumentos supérfluos, sem pé e nem cabeça. Obrigada :)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Maldito stress

Stress é, definitivamente, a doença da moda. Já percebeu que, por qualquer coisa, as pessoas se dizem “stressadas”? Se incomodam no trabalho, pronto, tão stressadas. Discutem com o namorado(a)? Não encosta, tá stressada. O cachorro latiu? Stress. A mãe falou mais alto? Iiih, de novo stress. Stress é tudo, é pra tudo. Isso, aquilo e mais um pouco.
Até eu mesma já cometi (e várias vezes) esses pequenos delitos. Pena que pra mim, conforme avaliações médicas (e inacreditáveis, por eu ter apenas 18 anos), eu realmente sofro desse mal. E como!! E o grande problema é que eu guardo tudo para mim... sofro, fico com uma raiva absurda, mas tudo internamente, não deixo externar de maneira nenhuma. E, caros leitores, o que acontece com esse corpo aqui? Ora, fico de mal com minha alma, tão logo fico mal fisicamente. Baixa a imunidade, vem as doenças, alergias e afins. Tudo devido a esse tal do stress - resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis.
O pior de tudo isso é externar esses sentimentos quando se está sozinho. Chorar, principalmente. Quando estou nesse estado de humor, parecem que as lágrimas rolam no rosto, fervendo, a mil por hora, e parece que nunca vai parar. Aquela sensação é, definitivamente, uma das piores que eu já senti – e sinto constantemente.
Mas ainda pior que tudo isso é descontar nas outras pessoas. Você age por impulso e morre de remorso depois... É difícil controlar, mas acredite, dá pra fazer isso.
Uma coisa que eu aprendi, e que está dando muito certo, para que eu alivie ao menos um pouco desse meu problema, é respirar. Isso, exatamente, tão simples, porém inexplicavelmente eficaz. Respirar fundo, tentar desviar os pensamentos, simplesmente esquecer o que se passou.
Porque se você não esquece, não adianta. A raiva e, consequentemente o stress, só aumentarão.
Portanto, gente, sei que é difícil lidar com esses momentos “entediantes” (e essas pessoas que dá vontade de espancar), mas, sério... Vamos tentar usar menos essa palavra (stress? é! shhhhhh!), respirar fundo 500 vezes se for preciso, mas não se estragar dessa forma.
Porque esses sentimentos ruins, sim, estragam nosso corpo, nossa alma e nossa vida.
Mais respiração e menos stress. Pra você, pra mim e pra todos nós.
(Vou ter que ler esse texto umas 500 vezes também para aprender a me controlar. Fato! Mas, tudo bem, nada melhor que a persistência. E disso, colegas, [sem falsas modéstias], eu tenho de sobra).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Teimosia infundada

se tem um substantivo que eu juro pensar todo dia, este é TEIMOSIA.
esses dias mesmo estava eu a filosofar sobre isso e decidi, de uma vez por todas, ter uma opinião formada acerca dessa palavra.
percebi, a partir de uma análise a fundo das minhas atitudes, que só sou teimosa com minhas convicções, o resto não, me considero 'maleável'. aliás, sou totalmente antipática com teimosia sem fundamento.
se eu tenho certeza de algo, mas certeza absoluta MESMO, vou até o fim com a minha palavra, persistindo sempre até conseguir provar o que estou defendendo.
o que eu não suporto, e não temo em expor, são aquelas pessoas que acham, 100% do tempo, que sua razão é a que cerca o mundo.
gente que defende uma tese sem nem ao menos saber o que está falando, gente que não abre mão do seu orgulhozinho barato, gente que não tem a humildade de aceitar que está errado, gente que não admite a si mesmo diante de suas fraquezas e dificuldades.
às vezes parece que essas pessoas não vão evoluir nunca, uma vez que a sua mente não é aberta a ideias de terceiros, por aceitar somente as suas PRÓPRIAS definições e verdades.
discutir com gente que tem argumentos é uma delícia.
discutir com gente que ACHA que tem argumentos, estes que não passam de conclusões particulares infundadas, é um tédio, ou a treva, como diria a minha xará da novela das sete (férias é isso, até novela eu assisto. haha).

beijos e viva à teimosia com fundamento, esta que eu considero uma questão de caráter, de gente que sabe expor com inteligência as suas ideias e certezas.