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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Como encarar seus medos

Desde pequena eu tenho uma fobia inexplicável. Ganho ataques de medo, chiliques nervosos e tremo (literalmente) na base quando vejo um ser horripilantemente aracnídeo: uma aranha. Seja o tamanho, a cor, a forma que for, quaisquer desses seres arrepiantes me causam um medo imediato. Não sei se não me simpatizo por um inconveniente qualquer da minha infância ou se minha vida passada se desfez com uma picada (enfim, eu disse que era inexplicável). O mais cômico de toda essa loucura é que sempre EU encontro esses seres malditos lá em casa. E tem mais! Sempre quando essas criaturas invadem a minha casa é no meu quarto que elas entram (!) ou em qualquer lugar quando eu estou ocasionalmente sozinha. Deve ser praga para que eu encare esse medo gigante de vez. Confesso já ter tentado tal façanha incontáveis vezes que sempre frustraram - a minha tremedeira era mais forte que a minha própria força de vontade. Até tive medo de ter sido dominada por uma esquizofrenia momentânea, uma vez que qualquer ponto preto na parede me dava um susto terrível pelo fato da minha visão distorcer o ponto e transformá-lo na mais temível das armadeiras. Acontece que, de duas semanas para cá, uma aranhazinha minúscula invadiu o teto do meu banheiro, fazendo teias e se achando a dona do lugar. Às vezes me esqueço da tal bichinha e curto meu banho em paz - até olhar para cima e me deparar com a maldita e ganhar imediatamente cinco frios na barriga. Ontem, casualmente, resolvi observá-la. Ela caminhava feito uma barata tonta de um lado para o outro e vez que outra se encolhia. Não contive meu riso e, quando dei por mim, brotou uma leve simpatia pela coitada no meu interior. Juro, me impressionei. Seria o primeiro passo para que eu perdesse o medo? Seria uma rasteira na minha (até então conhecida) identidade? Seja lá o que isso tenha sido, a representação de uma simpatia para com o meu medo maior se tornou mais inexplicável do que ele em si. Lá do fundo do meu eu lírico surgiu uma esperança de domar essa fobia, apagar ela da minha memória (por mais que eu tenha a plena consciência do quão árdua essa tarefa possa ser). Então, o que quero dizer com TUDO isso?
Encare seus anseios, ora bolas. Acalme a sua mente e procure provar a si mesmo que isso é difícil - mas jamais impossível! Sei que não sou a pessoa mais adequada a falar isso, mas juro que estou tentando e dando o máximo de mim. Quem sabe um dia eu até tenha uma aranha de estimação. Numa outra vida, talvez.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

tem gente que não sabe amar

apesar de ter morrido e ressucitado umas quarenta e nove vezes assistindo ao jogo do timão e estar chorando as pitangas por extrair meu pré-molar preferido (e estar com um gigantesco vazio do lado do céu da boca), tirei tempo e concentração não sei de onde para filosofar uma frase cantada pelo Renato Russo: "tem gente que não sabe amar".
ah, é? tem? então eu sou uma delas. aliás, onde que se aprende a conjugar perfeitamente esse verbo?
como eu não sou amiga do tal do Renato, sou obrigada a engolir tais indagações, ainda que estas sejam indigeríveis.
então, o que é saber amar? é amar com cautela? é se apaixonar por pessoas escolhidas por você mesmo? é abraçar o mundo e todas as suas causas sociais?
juro que depois de tanto pensar eu estou me sentindo uma ignorante, eu não sei amar.
minha mente não sabe escolher a quem eu irei distribuir tal sentimento (meu coração é desinformado e iludido, coitado...), eu não amo com cautela (a distribuição desse sentimento é exagerada àqueles que são atingidos), eu não consigo salvar o mundo e as pessoas que vivem de lástimas (até porque não depende só de mim).
pensando mais um pouquinho, ninguém sabe amar.
NIN-GUÉM.
sabe por quê? porque todo mundo ama diferente, cada um tem a sua singular maneira de fazê-lo e, para isso, de repente não exista distinção de certo ou errado.
desculpe, Renato querido, mas é isso mesmo, até que me PROVEM o contrário (quero fatos, hein!)
enquanto não me provarem nada eu ficarei aqui, tentando acertar os supostos paradoxos do amor e buscando a sabedoria (ainda que esta seja inalcançável) desse estranho sentimento.
e viva às minhas filosofias frustradas - como o final da música citada diz: "quem acredita sempre alcança".
ok, nada a ver, vou dormir =*

Qual é o seu pecado favorito?

Sou uma constante pecadora, dona dos atos mais deliciosamente ilícitos. Entre tantas atrocidades que cometo, a que mais venero é a minha vaidade. Pode ser ela considerada um pecado estrondosamente grave, mas não tenho medo de assumi-la para esse meu ego escandaloso. Adoro explicitar a minha sutil capacidade de me colocar em primeiro plano, de ter um amor auto-suficiente para o meu indivíduo sendo parcialmente adepta a esse pecado que me torna uma pessoa com uma auto-estima de patamares altíssimos. A vaidade me torna intensa, inconsequente, talvez até inconveniente. Adoro me olhar no espelho e me sentir o máximo, fazer juras de amor a minha imagem que reflete. Ah, transgredir às vezes não há de ser tão ruim assim... Torna nossas vidas com mais sal, impedindo que sejamos robozinhos movidos somente por fatos e paradigmas politicamente corretos que, convenhamos, tira grande parte da graça de viver.


Esse texto fez com que esse humilde blog fosse selecionado para a sessão "TUDO DE BLOG" da revista Capricho.
Eu, juntamente a algumas blogueiras de todo o país, vamos ser responsáveis por uma página da revista, mandando textos que abordam diversos assuntos cotidianos.
Os melhores textos entre as blogueiras serão publicados na revista quinzenalmente, portanto aguardem que (se tudo der certo) algum texto meu aparecerá por lá!
Os textos das novas blogueiras demorarão um pouco ainda a serem enviados; mas logo, logo você entrará aqui e verá algum post relacionado à sessão!
Preciso dizer que estou ansiosíssima para esse momento?? :)
Ps: agradecimento especial ao meu artista preferido que vive deixando as capas desse blog "maravilindas". Brigada, ródi!

Beijos cheios de felicidade! :D

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

trote: diversão garantida?


Não tive um trote universitário e ainda bem que minha universidade não faz essas coisas. Quando terminei o ensino médio, eu e meus colegas fizemos uma bagunça inesquecível: jogamos tinta um no outro, gritamos, pulamos, cantamos, enfim, fizemos nossa festa. A sutil diferença é que para isso não precisamos invadir os anseios de cada um ou interferir no físico-psíquico de alguém (afinal, era só lavar que saía. Tá, tinha que esfregar muito, mas...). O grande problema é que essa forma de comemoração vem ultrapassando todos os limites plausíveis da diversão. Cabelo e sombrancelha cortados, ingestão à força de bebidas alcoólicas, desperdício de comidas e bebidas (foi esse o motivo de termos usado a tinta). Seja lá as formas que os estudantes vêm inventando a cada dia, há algumas delas que nos fazem questionar se tais pessoas estão realmente adentrando a uma universidade ou se estão nostalgicamente voltando aos primários estudantis. É uma lástima ligar a televisão e escutar notícias de trotes violentos, mexendo com pessoas que não têm nada a ver com o momento, sendo motivo de troça e diversão aos olhos dos universitários. O que deveria ser feito (já que insistem na idéia de trotes e afins) é dar um estímulo a esses estudantes a praticarem mais trotes solidários, engraçados, divertindo a vida dos calouros e de quebra ajudando a quem precisa. O problema é que essa realidade, infelizmente, está um pouco distante do nosso alcance, uma vez que a violência se tornou mais comum e até mais fácil de ser cometida que a gentileza em si. O mais chocante é que esses jovens que hoje cometem essas insanidades serão os futuros profissionais do país... E eu só espero que tais indivíduos comecem desde já a pensar nas suas atitudes e buscar o máximo para mudá-las. Caso contrário, seremos nada mais e nada menos que platéia de realidades estapafúrdias e delinquentes como essa bem como de seres humanos em constante regressão. Infelizmente.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Atravessando as ruas vitais

Estou enjoando do meu clima de tensão das férias, a minha angústia está me levando a um subjetivo cheio de indagações e romantismos quase que baratos.
Chega, quero ser imparcial.
Pois bem, ademais a quaisquer análises do meu ser vibrante que procurei fazer no decorrer desse tempo; vim aqui, agora, para falar de um assunto muito produtivo: atravessar as ruas.
Já reparou que cada um tem seu jeito e sua singular maneira de atravessar a rua?
Seja a mania de olhar para os dois lados, ou para quaisquer lados, ou para um, ou até para nenhum...
Seja por sair correndo, seja por caminhar vagarosamente ou ainda só atravessar na faixa de pedestres, cada um possui sua maneira singular de fazê-la.
Utilizei essa metáfora para fazer uma comparação direta com a sua vida (e a dos outros seres também).
Já parou para pensar que assim como atravessar ruas cada um tem a sua maneira ímpar de viver?
Seja a mania de olhar para o passado, ou para o futuro, ou para nenhum lugar...
Seja por viver intensamente, seja por viver simplesmente ou ainda dotado de medos e confusões, cada pessoa possui uma maneira distinta da outra na questão de ter um ponto de vista de como encarar a vida.
Há pessoas que sabem utilizar da sua cautela e vivem a vida sob a mesma direção, ao mesmo tempo que há outros indivíduos que atravessam as avenidas às pressas e vivem sua vida do mesmo modo.
Os apressadinhos que me perdõem, mas a calma é fundamental!
Digo e repito: quem sou eu para interferir no jeito que tais pessoas encaram as ruas e a vida, mas Ele que me livre da pressa cotidiana.
Com essa ânsia maldita deixamos para trás inúmeros detalhes que podem fazer a diferença.
Vive-se regido por uma montoeira de riscos, como ser atropelado ou deixar a intensidade à mercê. Não que precisamos ser convenientes cem por cento do nosso tempo vital, mas respirar fundo antes de cometermos atrocidades provocadas pela pressa é sempre uma boa pedida - acredite! Se com você esse negócio de respirar não der certo; conte até 33, 100, 1000! (confesso que a minha inquietude me faz ficar sutilmente com a segunda opção).
Por mais que na vida às vezes nós não tenhamos outra escolha a não ser sermos ágeis para economizar tempo, um pouco de calma sempre faz bem para o cotidiano estressante, seja nas nossas vidas por si só ou no meio da avenida.
Pena que essa tal da calma não tem para vender na farmácia - é preciso muita paciência e vontade para adquiri-la e fazer com que a mesma faça intensamente parte da sua vida.
Um bom dia e cuidado ao atravessar as ruas!
=*