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quarta-feira, 30 de março de 2011

Estável, intenso e feliz

Eu acho extremamente cômica essa mania que a gente tem de viver idealizando as coisas. Seja no lado profissional, no lado pessoal, no lado que for, somos invadidos por um mar de utopia que nos faz acreditar no impossível. E, quando esse impossível não ocorre, viramos uns chatos pessimistas, achando que nunca nada de bom acontecerá conosco novamente. Ah, piegas.

Se enxergássemos mais as coisas como elas são, de um jeito otimista e positivo – leia-se NÃO EXAGERADO E UTÓPICO - com certeza teríamos uma melhora significativa na nossa qualidade de viver.

Adolescemos. Somos convidados a conhecer o fascinante e viciante mundo das paixões diversas. Paixões que duram um só dia, paixões que duram cinco dias, paixões que duram o intenso “para sempre” – na nossa visão adolescente da coisa, é claro. Depois crescemos, amadurecemos, vemos que tudo que vivíamos quando éramos pré-adolescentes não é bem assim. Mais vale o amor, o companheirismo e a paixão no seu ritmo que os hormônios fulminantes saltando dentro de si. Mais vale a calma, curtir a vida tranquila, a estabilidade. Pois é. Quem me conhecia há cinco anos certamente dará gargalhadas dessa minha colocação. Mas não, não é piadinha do Malandro. É a mais pura verdade – apesar de muitas pessoas continuarem vivendo nesse mundinho (apaixonante/viciante/movido por hormônios) adolescente até chegar à fase idosa da vida.

Descobri que a estabilidade pode ser tão quanto – ou até mais! – intensa do que o prazer de nunca ter certeza de nada. A instabilidade para mim era combustível, era sinônimo de viver como se não houvesse amanhã, era sentir um misto de sentimentos inexplicáveis, era estar ao fundo do poço e, como que num segundo, voltar ao paraíso. Senti, ressenti, vivi e revivi (apesar dos 20 aninhos de vida). Mas ai, nada como viver a vida nos seus conformes, dando tudo certo, como ela precisa ser.

Sou adepta à filosofia de que atraímos as coisas boas pela nossa maneira de pensar e agir. Se pensarmos em algo bom, eis que o bom virá. Se vivermos nos amargurando no mundo da utopia e, por conseqüência, do pessimismo... não adianta reclamarmos que as coisas não dão certo...

Descobri que posso ser feliz vivendo a felicidade em si! Ser realizada, trabalhar com o que gosto, ter pessoas que gostam de mim ao meu redor... abdicar-me das amizades que não acrescentam em nada, das pessoas que não acrescentam em nada, dos atos que não acrescentam em nada, da vidinha mais ou menos de loucuras que NÃO ACRESCENTAM EM NADA! Vivo uma aventura, uma aventura do meu jeito, uma aventura tranquilamente bem vivida! E tenho convicção de que todas as loucuras que já fiz, deixei para trás... presente em mim? Só nas lembranças, e nada mais.

“Viver é uma arte, um ofício, só que precisa cuidado...”

segunda-feira, 14 de março de 2011

Eu procrastino, tu procrastinas, nós procrastinamos - mas não deveríamos.

Pois bem. Para quem não acredita que esse blog está atualizado, vou confessar que é surpresa até pra mim. Minha rotina absurdamente caótica impediu esses momentos de parar, sentar, olhar para a tela e dedilhar letras que formam palavras que, por sua vez, formam frases.

Sem mais delongas e explicações... descobri, na semana passada, após uma aula, a minha mania mais horripilante de todas as manias: a de procrastinar.
Procrastinar, sim, vocês leram isso. É o maldito ato de adiar as coisas.
É quando você precisa estudar e vê que há um mundo lindo para ser aproveitado lá fora - deixa o ato que deveria ser primordial para depois. É quando você precisa escrever e escuta sua cama te chamando após um dia insuportavelmente cansativo - adia novamente. É quando você não aguenta mais seu namorado e precisa terminar essa angústia que os cerca e vê que é muito mais cômodo ficar ao lado dele e ter programação definida aos finais de semana - adia mais uma vez.
Adiar, adiar, adiar. Viver pra quê? "Vivemos esperando o dia em que seremos melhores". E por que a gente não resolve que HOJE é o melhor dia para sermos... melhores em tudo?

O mais próximo exemplo prático para entender meu raciocínio é a rotina brasileira no fim/início do ano. Chega o Natal, o Brasil morre. E só ressuscita depois das 1.500 festas de Carnaval. Os meses de janeiro e fevereiro praticamente somem do calendário de grande parte da população. Vive-se sim, porém em stand by. Dá-se respostas automáticas, gestos automáticos, atos automáticos. Nada é, de fato, de verdade. A vida se torna uma mera passagem automática. Novamente, viver pra quê?

Pois não interessa se é primavera ou se é verão. Se é julho ou se é janeiro. Viver é um verbo que deveria ser conjugado com intensidade. Aquela intensidade "infinita enquanto dure" como ressalvou um dia, sabiamente, meu mestre Vinícius de Moraes. Não é justo conosco que deixemos tudo para depois. Aliás, é tolice da nossa parte, pois nem sabemos ao certo se esse depois chegará. O tempo corre, não volta atrás, um segundo sequer que seja. Não que vivamos somente de coisas úteis, pois isso nem condiz com a nossa própria condição de ser humano. Mas deixar de viver as coisas, sejam úteis ou não, por preguiça e procrastinação é muita ingenuidade (pra não dizer outra coisa).

Já que o ano de 2011 começou há pouco para uma massante parte dos brasileiros, que este ano seja bom/ótimo/intenso. Seja um ano de aproveitar o HOJE, o presente, que é, de fato, um imenso PRESENTE para todos nós. Não vivamos nos preocupando pelo que acontecerá amanhã (escutei isso de um padre, acreditem), nem nos martirizando pelo que ocorreu ontem... vamos ser feitos de hoje, de intensidade. Vamos deixar rolar, da melhor maneira possível, e ver no que dá. E sem procrastinar essa decisão, ok? É a sua vida que está em jogo nesta constante luta e, ao mesmo tempo, benção que é o dia-a-dia.