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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pelo direito de ser diferente

Vou entrar num assunto clichê. Um tema repetitivo pelo fato de ser muito falado, e ao mesmo tempo escasso por não ser transformado em ações o quanto deveria, infelizmente. Respeitar o "ser diferente" de cada um é uma realidade tão distante, mas tão distante, tanto que ninguém imagina. São poucos os seres humanos que não martirizam seus egos ou seu instinto maquiavélico ao verem uma pessoa supostamente fora dos padrões. Seja porque ela tem o cabelo azul, seja porque ela tem um estilo meio estranho, seja porque ela tem um cacoete irritante. Os indivíduos têm essa mania de perseguição, não negue. Eu mesmo já tive isso demais, até cair a ficha de que esse tipo de "julgamento" (querendo ou não, é isso o que é) não me levaria a nada. Se cada um tem uma filosofia de vida distinta, posso também ter a minha única, certo? Pois bem. Vivemos num mundo cheio de generalizações, onde você tem que seguir um determinado padrão pra ser aceito, e todos esses blábláblás. Sabe que isso nem me irrita tanto... O que mais me deixa p da vida é o fato das pessoas saírem por aí comentando da vida distinta de um certo ser e depois alimentar discursos sociais e filosóficos da forma mais contraditória possível!! E é aí que vemos e percebemos o quanto que as pessoas são influenciáveis... Se você leva uma vida diferente a qual VOCÊ gosta, e chega alguém e diz que aquilo é errado, você modifica sua forma de pensar, de agir, de ser, para seguir uma linha de pensamento considerada certa, mas não por você. Gente do céu, não sei quem começou a inventar esse negócio de "temos-que-ser-todos-iguais". Explicito todo esse desabafo por já ter visto (e sido) vítimas de julgamentos por uma suposta originalidade. Sim, exatamente. Agora o simples fato de ser original incomoda as pessoas. Não é por nada que daqui a pouco o mundo ameace a ser todo de uma só cor, de um só estilo, de uma só maneira. Posso até exagerar, mas é bem isso que parece. Por isso apelo, sim, APELO para que pensem... se o cabelo do fulano é daquele jeito, será que não é porque ELE gosta? Se a vida do deltrano é daquela maneira, será que não é porque ELE se sente bem assim? O que quero dizer com tudo isso, é que devemos deixar, simplesmente, cada um viver a sua maneira, sem implicâncias, sem comentários, sem bafafás. Ninguém é melhor do que ninguém. E isso basta.

"eu não nasci pra ser errada, tampouco pra ser correta. eu nasci pra ser distinta".

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A vida é feita de detalhes.

Estava escutando música e filosofando, faz uns três minutos atrás. Tenho meus momentos de loucura súbita, começo a pensar no mundo, nas pessoas, na vida em si. Confesso que grande parte das minhas escolhas foram decididas em momentos iguais a esse que acabei de ter. Enfim, sem mais delongas, não sei porque cargas d'águas comecei a pensar em tédio, em surpresas, essas coisas. Eu não consigo entender o motivo pelo qual as pessoas não se surpreendem por tão pouco. Sério. Depois essas mesmas pessoas que não conseguem se surpreender com uma "coisinha simples" estão por aí, atrás de analistas, enchendo os bolsos dos psicólogos por causa de seus tédios cotidianos. Quando somos crianças, tudo o que vimos que tem alguma cor, alguma forma, alguma textura, nos surpreendemos. À medida que vamos crescendo, tais cores se tornam tão comuns, tais formas se tornam tão sem nexo e tais texturas algo, nada mais, nada menos, sem sal. Nada mais é novidade, percebemos que o mundo gira e que temos que fazer algo para contribuir pra felicidade da nação (isso no caso dos utópicos). Perdendo essa susceptibilidade de se surpreender, enfiamos nossos pensamentos no buraco do tédio, ansiosos por novidades, por programas distintos, por alguma coisa que preste. Pois bem, me incluo nesses 90 e poucos por cento da humanidade (sim, tenho certeza que a maioria é esmagadora) que não reparam todo-o-santo-dia no céu azul, se a grama do vizinho tá mais ou menos verde, se a professora de biologia falou alguma palavra nova hoje. Digo isso porque acredito ser completamente errado. Talvez se reparássemos mais nesses pequenos e aparentemente míseros detalhes, nossa vida não seria, digamos que, tão tediosa. Como diz a voz bela da Ana Carolina: "você diz que é pouco e pouco pra mim não é bobagem". Quiçá esse seja o nosso problema: achar que tudo é pouco, que nada é suficiente, que os finais de semana são sempre iguais. Pois bem, no fundo sabemos que não é. No fundinho sabemos que por mais que as coisas pareçam simétricas, elas não são. Sabe por quê? Porque a vida é feita de detalhes, e é preciso mil vezes mais sensibilidade para notá-los.
Espero que ninguém "tire com a minha cara" quando eu reparar no canto dos pássaros de manhã, estou tentando fazer a minha parte ;)

sábado, 11 de outubro de 2008

sentimentos

com a trilha sonora de uma chuva que cai incessante, lá vou eu falar sobre sentimentos. movida a um pensamento pessimista, estava eu filosofando junto a alguns amigos na mesa de um estabelecimento clichê da cidade sobre um assunto que, quiçá não existisse em nossas vidas, seria esta bem mais simples: os sentimentos. por que, quando estamos tranqüilos na nossa rotina leviana, aparece alguém que faz com que tudo mude? por que, quando menos esperamos, sentimos um súbito ataque de raiva e de adoração, na forma mais contraditória possível? numa sintética conclusão, pensamos que a vida seria, sim, bem mais fácil sem esses malditos sentimentos, salvo um amigo, que discordou. na melhor das verdades, todos sabíamos que estávamos sendo ridículos em pensar que a vida seria mais fácil sem essas "malditas" impressões. talvez a vida até seria mais simplória, mas, convenhamos, seria absurdamente chata. qual seria a graça de viver sem sentir? qual seria a intensidade da vida se não vivêssemos um grande amor? se não sentíssemos raiva? se não ficássemos repentinamente felizes? sinceramente, eu resolvi voltar meus pensamentos e perceber o quão bom é sentir o coração batendo mais forte diante de um fato que me fizesse afortunada. e ao mesmo tempo que os sentimentos nos proporcionam sensações maléficas, as benéficas conseguem ser tão intensas a ponto de superar esses assombrosos maus sentimentos em todo e qualquer sentido. por isso, confesso ter sido completamente equivocada ao pensar na vida sem amor, sem paixão, sem felicidade, sem tristeza, sem ciúme, sem sentimentos. afinal, não há nada melhor que sentir e demonstrar esses sentimentos, da maneira que for ;)

um bom final de semana.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

pra começar outubro, lá vai um fragmento de texto que estou construindo:
(...)o bom de toda essa vida ''doidivana'' é saber que os nossos limites às vezes nos surpreendem. o prazer da realidade cada um permite a si, seja da forma que ela for. a solução é se permitir, a solução é a intensidade, a solução é olhar pra trás e agradecer o que está por vir. se a gente colhe o que planta, não há nada a temer. a vida, por mais previsível que pareça, continuará loucamente nos surpreendendo. felizes aqueles que desconhecem seus limites, pois esses viverão perplexamente e com uma ânsia muito maior de viver.

pensem nisso.