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terça-feira, 21 de julho de 2009

Volta, verão!

Em meio a corizas devido a um ataque súbito de rinite alérgica ou resfriado momentâneo, ou os dois, sei lá, venho falar sobre essa maldita estação que só me traz angústias e que só me motiva a ficar debaixo de cinco cobertas o dia todo devorando toneladas de chocolate. Pois então, venho aqui, de uma vez por todas, explicitar a grande aversão que eu tenho para com o inverno. Sim, a neve é, até certo ponto, emocionante; a paisagem preto, branco e cinza é muito digna de elegância, o friozinho da Serra Gaúcha é convidativo para momentos de eterno romance (ainda que eu não me encaixe no último quesito). Porém, caros amigos, não aguento mais acordar já com sono, sair da minha cama quentinha e encarar o vento gelado que mais parece que lhe dar socos quando bate na sua cara. Não aguento parecer um saco de batatas de tão encasacada, não aguento parecer uma moribunda com minhas mãos e pés gelados, não aguento mais me retorcer de tanto bater o queixo. Não aguento ir para a faculdade tendo que me enrolar em cobertas parecendo um urso polar devido ao fato do ar condicionado estar em temperatura ambiente “-43ºC função Patagônia Andes” (http://teletube.wordpress.com), não aguento parecer uma esfomeada necessitando todo o momento de capuccino, nescau quente, cafés diversos, (ain delícia) ENFIM. O frio me deixa melancólica, comilona, compulsiva, angustiada, emburrada, e dominada por todos os adjetivos de tal ordem.

Quando lembro do verão, quase choro de saudades. Poder acordar e tomar um banho geladinho pra começar bem o dia, vestir tecidos leves e sentir-se como tais, sair para a rua e ser recepcionada com um sol maravilhoso que deixa qualquer paisagem coloridamente otimista. E, no fim de tarde, poder caminhar e tomar um sorvete com seus amigos, sem preocupação de se encasacar (leia: “ensacolar”) ou bater o queixo desesperadamente. Poder ir a uma festa sem deixar 587 coisas na chapelaria, namorar à beira do mar, curtir o som de um violão à luz da lua... Poderia ficar o resto do dia, sem sequer hesitar, bajulando a estação da perdição, das novas amizades, da vibração mais do que positiva da praia e da manga curta... Porém preciso acordar pra realidade e engolir o fato de que vai demorar dois meses ou mais para que eu possa sentir calorzinhos constantes, sem me preocupar com doenças invernais e afins. Sinceramente? Não nasci pro frio. Agora me deem licença, vou buscar o 623º café do dia.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Se arrependimento matasse...

Durma arrependida, mas jamais acorde com vontade. Melhor arrepender-se de algo que fez do que de algo que deixou de fazer. Seja lá a frase clichê que você escolha para definir sua verdade acerca do arrependimento, conto um caso que não se encaixa em nenhuma definição repetitiva. Maldito o dia, o único dia, que briguei com a minha mãe. Por uma causa infundada, um motivo que não valia nada, um ataque súbito de loucura que dominou minha mente. Não queria ter saído do carro cuspindo as palavras mais grossas do mundo, rebaixando a minha razão existencial nos piores patamares existentes. Discuti com ela, justamente porque ela queria meu bem. Paguei de ingrata e o pior – só percebi isso depois. Realmente foi esse o dia que eu queria ter o controle remoto do Click para voltar atrás e jamais ter tomado essa atitude para com a pessoa que me deu o presente mais lindo que já ganhei: a vida. Me arrependo amargamente disso, só disso, por ter decepcionado, ainda que uma única vez, a pessoa por quem mais tenho consideração no mundo. O resto dos meus equívocos guardo como aprendizado, mas jamais como arrependimento – quiçá sem eles jamais teria me tornado quem hoje eu sou.


Post para o Tudo de Blog 2009
Pauta: Qual o seu maior arrependimento?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Em prol da bagunça organizada

“Filha, dá um jeito nessa tua bagunça infernal!”. Juro que essa foi a frase que eu mais escutei em toda minha vida, depois dos diários eu te amos da minha mãe. Pois bem, sempre dei um jeito na tal da bagunça infernal, ainda mais quando era pedido com tanta sutileza por parte da minha queridíssima mudi (não riam, chamo ela assim há mil anos). Claro, o jeito citado na frase acima, é o MEU jeito de arrumar, ou seja, adepta do eufemismo, dando uma ajeitadinha nas coisas que parecem sempre ter sido atingidas por um furacão, deixando a bagunça com uma definição diferenciada de bagunça organizada. Exatamente isso que você leu. Quem enxerga a minha bagunça pode pensar horrores sobre o meu eu lírico, dizer que não tenho a delicadeza ou a feminilidade que uma menina de quase dezoito anos precisa ter, blá blá blá whiskas sachê. Pois bem, eu a enxergo da maneira mais linda do mundo, uma vez que sei exatamente onde está cada objeto, seja ele debaixo da terceira folha da última prova de geografia que fiz que está misturada com os envelopes de documentos do jornal ou na terceira gaveta junto com as meias onde tem uma blusinha perdida. Sim, são meus códigos, é a minha vida, é o meu quarto, é a minha bagunça, organizadamente bagunçada. Agora que meu quarto é novo, com convicção o “organizar” é um verbo que vou ter que aprender a conjugar, antes de sofrer chantagens emocionais tão sutis quanto a primeira frase deste post. Ainda bem que há um monte de gavetas pra esconder a minha bagunça querida, coitada – ainda que oculta, ela está lá, bem reservadinha. Já que jornalista tem fama de ser desorganizado, tô fazendo jus ao adjetivo... Portanto, caso se depare com algo bagunçado, não me julgue, não diga tampouco pense nada. Eu sou assim e ponto final. Acho que a minha mãe vai ter que continuar com a tal da frase, até eu tomar jeito (ou seja, nunca – rerere).

Beijos e bom final de semana ;D

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A primeira ela não esquece.

Cinquenta e sete tentativas frustradas. E nada. Nervosismo, insegurança, medo e uma infinidade de substantivos que, por mais que sejam abstratos na gramática, são completamente concretos quando o assunto é... primeira vez. Com ela, claro, não foi diferente. Apesar de todo o amor que sentia, e de ter escutado n histórias sobre o assunto, a mocinha não parava de pensar como seria, se seria, quando seria. Nas tentativas, o pensamento que seria a pior dor do mundo foi tão presente, que o psicológico não a deixou pensar o contrário. Porém, um dia, aconteceu. Depois de um filme de amor. E, comicamente, foi como no filme, romântico, intenso, como um misto de todos os melhores sentimentos do mundo. E a mocinha, assustada, foi para o paraíso – e lá descobriu que a maçã nem é tão ruim assim, como dizem.

Post para o Tudo de Blog 2009
Pauta: Primeira vez.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Gripe Michael Jackson

Permitam-me, inicialmente, a minha indignação.
Após, peço desculpas se parecer negativa demais, porém principiarei as minhas palavras com uma negação.
Não, eu não sinto a mínima vontade e o mínimo interesse de ligar a televisão seja pela manhã, ao meio-dia, à tarde ou à noite.
Não pela falta de conteúdo que já havia me afligindo há muitos e muitos anos, não pela realidade televisa que engloba o mundo social enfocando fofocas e afins.
Mas, sim, pelo sensacionalismo. Pela insegurança e incredibilidade que os jornalistas são praticamente obrigados a comunicar e reportar, ainda que a situação esteja totalmente saturada.

Explico: quando ouso apertar o botão vermelho do controle remoto, ou vejo michael jackson, ou vejo gripe A.
Sobre o astro do pop, perdoem-me os fanáticos, admiradores ou simpatizantes, mas, convenhamos, é algo que merece, sem sombras de dúvidas, seu espaço, mas TODO o espaço? Seria realmente necessário? Seria realmente plausível passar na televisão o velório (!) inteiro de uma pessoa, com a única intenção de comover os indivíduos para com uma perda tamanha e significante?
Desculpem-me as minhas insistentes generalizações, mas acho que damos voltas e voltas e paramos no mesmo lugar.
Essas voltas circulares, esse desvio de enfoques informativos demonstrados pela famosa política de pão e circo, não passam de meios para tirar a atenção das pessoas e, desculpe mais uma vez, acabando por fazer as mesmas de trouxas.
Será que alguém acompanhou os reais problemas da sua cidade, estado, país, enquanto a televisão venerava o astro do pop? Será possível que a população, ao invés de se questionar sobre a sua realidade, questionava onde o bendito corpo seria enterrado?

Respeito a uma alma em memória é uma coisa, mas exagero é outra. Por que, quando vivo, o tal do Michael não tinha o mesmo reconhecimento? E o mais equivocado desta realidade é o fato de inúmeras pessoas tornarem-se fãs, agora, e venerar um cara que, há poucos tempos atrás, era considerado como uma das pessoas mais indignas de respeito e admiração, não pela sua arte, mas pelo seu SER HUMANO.

Fugindo um pouco deste caso, entro em outro que é tão comentado quanto, ou até ainda mais: a gripe suína. Está certo que a função jornalística é manter a população informada de todos os detalhes possíveis. Mas, será que não está havendo um excesso de informações? De tão mencionado, o assunto acaba deixando as pessoas paranóicas, fazendo-as comprar máscaras, correr desesperadamente em busca de anti-gripais e afins ou, o pior, garantir ainda mais a raiva para com os "hermanos" e outras nacionalidades que demonstram ter mais casos da nova gripe.
O próprio ministro da saúde do país afirmou que a gripe A é mais uma gripe, apenas de novo tipo, mas que é tão ofensiva quanto a gripe comum, notada pelos sintomas parecidíssimos.

Pois então, caros leitores, qual é o motivo de todo esse insistente alarde? Claro, a preocupação deve ser algo totalmente existente e consciente, mas preocupar-se demais não vai aniquilar a gripe. Aqui na minha cidade, por exemplo, será feito um Festival de Folclore, e cogitou-se a possibilidade de cancelar a vinda de grupos estrangeiros onde os casos da gripe são existentes em maior quantidade. Pois não seria melhor observar os membros do grupo e ver se há algum caso, ao invés de, simplesmente, impedi-los de comparecer a um evento baseado somente em suposições?

Acho que está na hora de questionar o que é mostrado e reportado, não simplesmente acreditar em tudo que a caixa de botões diz. Claro, é até de uma certa utilidade distrair-se dos problemas pessoais, entretendo-se com a televisão. Mas, convenhamos, ingenuidade tem limite. Paciência tem limite. Notícia também tem limite. Pois então, vamos abrir os olhos e não nos deixarmos comover por repercussões relâmpago. Ou você lembra ainda de todos os mínimos detalhes da gripe aviária? Ou, ainda, quando a menina Isabella foi atirada? Onde estão as pessoas comovidas com esse caso? Será que ainda procuram saber como isso foi resolvido?

É, gente. Jornalismo tem dessas. Não vou julgar a melhor profissão do mundo, mas vou julgar o que o excesso de sensacionalismo e informações exageradas provoca nas pessoas. E depois ainda tem gente que afirma que não é preciso qualificação para reportar notícias com credibilidade. Se, com a tal da qualificação, este tipo de coisa acontece, imagina sem ela?

Sem mais delongas, até porque sei que aquele nariz de palhaço que você vê no template desse blog vai demorar, e MUITO, para sair de lá. Assim como o seu, que de tanto pão e circo, você nem enxerga mais.

Desculpe qualquer equívoco, mas era isso.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Monólogo interior de uma oscilação de sentimentos súbitos

Eu não sei, eu te procurei há tanto tempo que eu nem acredito que estou agora olhando para o fundo dos teus olhos e descobrindo estas múltiplas sensações inexplicáveis. Cada gesto teu, cada palavra tua, cada pensamento, ah, como eu queria que fossem todos direcionados a mim. Sim, sou essa egoísta mesmo que tu estás vendo exteriormente. Sou maluca, confesso. Cada pensamento meu direcionado a ti faz meu pulsar interno disparar da forma mais incontrolável possível. Quanto mais eu tento desviar, mais minha imaginação acha caminhos que me levam ao teu encontro, ao tato da tua pele, ao selar do teu beijo. A mágica é tanta que, mesmo tudo sendo frutos de inverdades, eu mesma consigo me permitir a ponto dos meus sentimentos já bastarem pra te ter aqui comigo. Juro, não entendo, e, quer saber? Não busco explicações. Às vezes me bate uma loucura súbita que me faz querer largar tudo e ir correndo sem direção e sem data marcada para volta, só pra não pensar em ti nunca mais. Mas tem vezes que essa loucura oscila na mais profunda emoção utopicamente romântica, que a vontade é de pensar em ti a todo o momento, por toda a vida. Aliás, não me obrigue a te ter pra sempre, eu não suportaria tal fato. Não creio em nada eterno, apenas necessito da intensidade que tu tens a me proporcionar. Ou, melhor ainda, quem sabe tu não consegues fazer com que minhas teses sejam jogadas para bem longe do meu ser, quem sabe tu me mudes, quem sabe tu até me convença. Só consigo parar de filosofar as nossas vidas unidas uma a outra quando sou dominada pelo desespero do teu abandono desordenado. Será que um dia tu serias capaz de me deixar? Como que eu viveria? Onde ficaria todos os sonhos, todos os pensamentos, todas as tentativas de me tornar um molde perfeitamente teu? Não, preciso me afastar de ti, não te quero ter nem por mais um minuto, some de mim, some de mim, some de mim! É. Eu acho que é sina, acho que é o destino. Acho melhor eu me entregar aos braços da solidão para o tal do pra sempre que eu não acreditei, mas depois de ti eu acredito. Me esquece, e, quem sabe, fica assim tudo bem. E não, eu não te amei, eu só interpretei a inspiração que este teu olhar que tanto procurei me passou, assim, tantas vezes. Agora se vá, dê espaço a um novo amor, quem sabe um dia eu volte a te sentir novamente. Quem sabe um dia...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

insana

e se há um remoto tempo atrás,
não quis a ti outorgar meu apreço?
é que a minha loucura súbita me faz
muito mais insana do que pareço.


porque eu acredito na exalação de inspirações presentes em cada olhar que eu vejo, em cada voz que eu escuto, em cada ar que eu respiro.