Grande perda de tempo e tolice de nossas mentes tentar evitar o inevitável. Somos joguintes da êxtase do destino, presos a intensos acontecimentos presentes que nos tornam completamente dependentes de nossas ideias. Fujo do nexo, quero o que nunca existiu. Insisto na minha filosofia confusa, quero enaltecer a minha história baseada em fatos, jamais em suposições.
Busco uma explicação inexplicável, qualquer sensação agora me torna cúmplice da mais precária palavra. É juntando letra a letra que formo orações dependentes das entrelinhas garantindo, assim, múltiplas facetas em cada rabiscar que desenho.
O embaraço dos meus sentimentos se reflete nesse meu estranho jeito de me expor. Estou presa a um emaranhado de fatos que me faz dar voltas em torno de linhas mal colocadas.
Cansei. Cansei de escutar aquela música cujas batidas parecem acompanhar o meu pulsar interno. Cansei de acreditar num sentimento que eu mal sei se existe. Cansei de ressaltar que o futuro é tão incerto quanto a certeza de que existe verdade. Cansei de ser eu mesma, do meu insistente senso de consequência. Cansei de me culpar, cansei de tanta coisa que a minha maior motivação é me agarrar, com todas as forças, a tudo que gira em torno da causa do meu viver.
O futuro, o destino? Sei lá, um dia ele vem, tão irresoluto quanto essas palavras que você jamais vai entender.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Desabafo de uma mente confusa
ortografado por Bia às 23:54 13 argumentaram
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Abandono
a minha alma ninguém vê, ninguém toca, ninguém sente
meu sentimento é oculto, minha paixão, inocente.
o meu amor ninguém quer, ninguém espera, ninguém pressente
meu coração é submisso, minha alegria, descontente.
(busco constantes explicações do teu abandono em mim presente).
momento poeta
ortografado por Bia às 12:22 3 argumentaram
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Para o serzinho mais especial do mundo
Hoje eu vou homenagear um serzinho que convive comigo há quase um ano, e vive berrando no meu ouvido e fazendo plantão na frente da minha boca à procura de comida: a senhorita Elvis Presley. Ok, quem não me conhece deve se questionar o porquê de Elvis ser um nome feminino e quem é essa criatura. Antes que você ganhe ataques de sublime felicidade, não, Elvis não está mais vivo. Mas não é do ídolo do rock que eu vos falo. É da minha calopsita, mesmo. Eu que achava que ela era ele, acabei me surpreendendo com um belo ovinho que ela um dia pôs (e que minha mãe conseguiu quebrar, $%#$@!@). Mas enfim, não quero aqui explicar o que é uma calopsita, por que eu adquiri um ser tão exótico e não um convencional cachorro, por que ela vive no meu ombro e nunca entrou numa gaiola. Quero explicitar o carinho IMENSO que sinto por essa criatura que, embora eu às vezes pense que ela não entenda nada disso, há vezes que o olharzinho dela parece sintetizar todo o entendimento possível do mundo. Eu procuro sempre achar palavras pra explicar tudo o que eu sinto, mas esse sentimento que eu tenho por essa criatura de topete amarelo é, realmente, inexplicável. Quando ela pede carinho, meu coração se derrete por completo. Quando estou triste, ela parece entender toda a situação e me acalma com um simples “éé”. Assim como há pessoas que, com certeza, não entendem bulhufas do que escrevo e até possam me considerar caduca por falar com um passarinho (!), há aqueles que são capazes de entender tais vocábulos perfeitamente. A questão é que os animais conseguem, sim, ser capazes de nos entender, de fazer com que o nosso cotidiano tenha mais graça. Em meio a tantos seres humanos insensíveis e sem poder de amabilidade, nada melhor que os bichinhos para suprir essa necessidade de carinho que temos. A Elvis, assim como meu outro pássaro Chapolin e a todos os outros animais que já deixaram suas patinhas na minha vida, o meu MUITO obrigada. E a quem não entendeu isso aqui, talvez seja melhor rever seus conceitos de amor, carinho, atenção e todos os sentimentos mais ingenuamente puros do mundo. Beijos e bicadinhas *-*
ortografado por Bia às 19:02 13 argumentaram
terça-feira, 12 de maio de 2009
Sexo sem vergonha
Sexo. Só de ler essa palavra tenho a absoluta convicção da reação de 99% das pessoas: ou receio, ou medo, ou como essa guria é sem vergonha. Eu quase não entendo os porquês de tanto bloqueio para tocar num assunto que na teoria é receoso, mas na prática a situação se inverte totalmente. Tal substantivo deveria deixar de ser encarado com tanto pudor e ser mais debatido entre as pessoas, principalmente entre os jovens que vêm sendo alvo de consequências lastimáveis por falta de diálogo. Nunca tive medo de questionar meus pais, amigos, professores de biologia. Talvez por sempre ter a oportunidade de papo aberto e franco dentro de casa, ou por nunca reprimir minhas curiosidades. O sexo é um tabu, um assunto que parece desafiar o proibido, sendo comentado só por debaixo dos panos, como diria minha mãe. Óbvio, não é um ato a ser discutido sem censuras, até porque isso começa a lidar com respeito e afins. Porém acho desnecessário tanta vergonha por parte de uma população que vive exibindo meninas grávidas. Sexo é natural, e é com essa mesma naturalidade que ele deve ser tratado. E com muito amor, claro (porque sou uma romântica declarada).
Post para o site do Tudo de Blog
Tema: Vocês têm vergonha de falar sobre sexo?
ortografado por Bia às 12:34 9 argumentaram
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Apelo Umbilical
Sabe aquele velho e bem útil clichê de que as pessoas devem parar de olhar para o seu próprio umbigo? Essa frase refere-se ao fato de convivermos constantemente com a existência de pessoas que são absurdamente egoístas, jamais pensam no seu próximo e fazem tudo que possa ser voltado aos seus interesses particulares. Concordo por completo com essa belíssima afirmação e definição, mas hoje vou sutilmente contrariá-la. Sim, estou aqui fazendo um apelo para que as pessoas olhem mais para os seus umbigos, ao invés de ter uma insistência braba de cuidar do umbigo dos outros. Sinceramente, a quantidade de casos que eu venho percebendo de gente que simplesmente tem um fascínio de cuidar de uma vida que não é sua, é absurdamente frequente. Não bastasse o seu umbigo, o seu nariz, os seus olhos e, principalmente, os seus ATOS, há pessoas que não se cansam de policiar o seu próximo, da forma mais maldosa possível. Se fulano de tal está numa festa, bebe umas e outras, faz sua farra com seus amigos, há sempre detetives que, embora não sejam contratados nem nada, tem o grande prazer de fazer um relato (quase que uma reportagem infundada) e sair espalhando por aí. Cara, eu sempre digo e repito que uma vida é muito complexa e difícil de ser bem cuidada, então imagina eu começar a cuidar de cinco, vinte, oitenta e nove?? Cada pessoa tem sua liberdade e a utiliza da maneira que bem entender (desde que não interfira na liberdade do outro). Agora, não sei exatamente o porquê, há aqueles que não conseguem entender isso! Sei lá se alguém ganha alguma coisa inventando certas barbaridades, mas eu fico MUITO indignada com essas inverdades que rolam por aí. Já que eu sei que essa realidade umbilical não vai mudar, ainda mais nas cidades pequenas, dou uma sugestão: MENTES CRIATIVAS, usem seu “dom” para ser escritores, jornalistas, contadores de histórias inventadas; mas, por favor, não venha querer mudar histórias reais com fofocas e relatos mesquinhos. Olhe pra baixo, enxergue seu umbigo e cuide MUITO bem dele, antes que alguém cuide por você. Obrigada.
ortografado por Bia às 18:59 10 argumentaram
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Aos 30
Eu sei que, quando eu menos esperar, vou estar formada, casada, com um filho pendurado nas minhas costas totalmente dependente de mim e gritando ‘’mamãe’’ pra todos os lados. Sei que vou estar toda posuda, cheia de mim, com pensamentos fortemente amadurecidos e adaptada à rotina trabalho - casa - cuidar-do-maridinho-e-dos-filhos. Se num piscar de olhos já estou me vendo com 18, acredito que não demore muito para eu me beliscar e já estar com os 30 na cara. O tempo corre muito rápido. Não, o tempo voa, mesmo. Se eu vou estar com a cara da minha mãe aos trinta, não sei. Se vou ter capacidade de ser mãe, menos ainda. Se eu vou estar realizada profissionalmente, muito menos ainda. Se eu vou achar o cara da minha vida? Acho difícil (só não digo impossível porque sou uma fiel romântica idealizadora). Com uma boa dose de pessimismo, mal sei eu se estarei viva até lá! A única coisa que eu tenho imensa convicção nessa história é que, apesar de não saber que rumo meu destino vai seguir dia após o outro, eu estou fazendo absolutamente de tudo para viver a minha vida intensamente, sempre aliada à devida cautela. E se eu chegar aos 30 com toda a disposição que eu tenho agora, vou olhar pra trás e dizer: cara, passou rápido, mas valeu a pena.
Post para o site do Tudo de Blog
Tema: o que você faria se acordasse e já estivesse com 30 anos?
ortografado por Bia às 18:33 10 argumentaram
sexta-feira, 3 de abril de 2009
"e é por isso que te espero"
não quero ser um mero indivíduo adicional na tua vida.
quero arrancar teus suspiros, quero olhar-te profundamente, quero interpretar os teus gestos, quero que tu sejas intensamente inexplicável.
deixa-me sentir a sintonia que nos cerca, deixa que eu faça parte do teu caminho e, por favor, risque o teu nome bem impregnado na minha vida.
contigo quiçá eu quero estar, contigo eu preciso vivenciar aquilo que um dia eu sonhei - e que já não me lembro mais.
faça-me lembrar do teu ser continuamente, deixa eu ser a tua sensação mais confusa, deixa eu te olhar de frente.
permita que eu seja uma parte de ti, entenda minhas crises súbitas de loucura, leva-me bem distante do meu senso de consequência.
faça-me insubstituível, acenda os meus desejos mais ocultos, sem nenhuma omissão.
deixa eu te fazer inesquecível, deixa eu ser a imagem poética mais estranha da tua vida.
não me obrigue a nada, apenas viva-me, não faça-me parar, nunca, um momento sequer que seja.
saia dessa rotina de incertezas, eu tô te esperando aqui, estática, tu que és o ser humano que eu mais amarei na minha vida inteira.
ortografado por Bia às 22:26 11 argumentaram