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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

da gaveta

eu respiro, és tu que vens na minha mente.
eu enxergo, és tu que vejo a minha frente.
eu suspiro, és tu que estás aqui presente.
eu deliro, és tu que não me permite ser inocente.

sou culpada por te fazer inspiração,
sou culpada por não tolerar a razão,
sou culpada por me sufocar nesta ilusão.

eu sei que é absolutamente meu o arbítrio de te ter pra sempre, eu tenho plena consciência de que posso viver o resto da minha vida sem sequer lembrar da tua imagem.
porém algo dentro de mim sempre grita mais alto, exclama mais forte, explicita a todos os sentidos da órbita, fazendo com que o simples fato de te esquecer seja, assim, tão arriscado e difícil.
enquanto não encontro respostas a que tudo isso que dentro de mim acontece se destina, continuarei a interpretar, a cantar, a poetizar.
mas, por favor, diga-me logo quem tu és, porque preciso te viver - e continuar não esquecendo de ti jamais, ainda que não tenha te possuído literalmente.
ouço as canções e pareço te escutar, um arrepio frio me domina por completo, me faz te sentir aqui do meu lado.
fecho os olhos e percebo o teu sussurar no meu ouvido, o teu penetrar em minha mente, o toque do teu tato em minha pele já tão sensível.
por que o desconheço? por que não apareces materialmente? por que pareço te ter todo o dia e, às vezes, passar pelos meus pensamentos equivocados que tu não passas de uma ilusão?

- achei esse meu texto de 2008 numa gaveta, por aí.
não sei quem o inspirou, não me lembro em qual transitoriedade da vida estava quando escrevi.
mas, como eu mesma digo sempre, eu não me preocupo em buscar explicações.
tudo em mim é inexplicável.
:*

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

eu lírico

eu sou um pouco de muito e um muito de nada. eu sou aquilo que nem eu
mesma vejo. não transpareço meu desejo de ser apenas o que eu queria
que eu fosse.
eu sou puramente consequência das metamorfoses do meu próprio tempo...
eu sou emoção e contradição.
eu simplesmente não faço sentido e tampouco me obrigo a fazer.
eu preciso ser exatamente aquilo que nunca fui, sempre, a todo momento.
eu preciso te ser insuportavelmente inesquecível. assim, existo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Big Bosta Brasil?

“98% das pessoas do twitter sabem o nome de todos os BBB’s. Se você faz parte dos 2% que não sabe o nome de nenhum, dê RT”.

Bom. Estava eu escrevendo esse post há muito tempo, confesso. Muito mesmo, pois já faz seis semanas que o reality show mais visto no Brasil começou: o Big Brother Brasil. Mas já estava ficando maluca de não poder externar a minha opinião sobre este programa tão polêmico da televisão. Quando começa o Big Brother, começam os mesmos papinhos de sempre. Principalmente de pseudo-intelectuais, que supostamente defendem uma cultura antitelevisiva sem nem eles mesmos saberem o porquê da questão.
Não julgo quem não gosta desse programa por realmente ter motivo para isto. Achar chato, achar o cúmulo, achar um verdadeiro show de putaria, achar que não vai acrescentar nada na sua vida. Ok. Viva ao pensamento livre. Viva à diversidade. Acontece que, o que me deixa deveras irritada, é o fato de muitas pessoas dizerem “bah, tu gosta de BBB? Nossa, se fosse tu não sairia de casa mais. Que vergonha, hein?” e depois, essa mesma pessoa que cometeu a infelicidade de dizer essa frase, ser a primeira a acompanhar o que aconteceu depois das frases polêmicas da Lia, o que o Dourado falou sobre homossexualismo, o que o Dicésar “aplontou no pgogama”.
Não consigo acreditar em tamanha hipocrisia. De gente que quer parecer culta, digna, inteligente, simplesmente por falar que não assiste esse programa.
E sabe quais são os argumentos da grande maioria? “Televisão não é cultura, Big Brother não é cultura.”. Simples assim. Aí começam os discursos demagogos e sensacionalistas, de que a televisão influencia a vida das pessoas, de que nos deixamos manipular por este tipo de coisas, de que devíamos plantar árvores e lutar pela paz mundial <3

Quer saber??? Fala sério. Quer cultura, de verdade? Vá a um teatro, leia um livro, mas não ligue a televisão. Isso mesmo. Todos nós sabemos que a televisão realmente é precária de cultura. Que serve para nos distrair e nos manter informados.
Seria isso, não é? Pois bem. Então, por que olhar Big Brother?
Olha, meus caros. Não hesito em dizer que ali realmente não há conteúdo que se assemelhe com um livro de fantasias ou algo do gênero.
Mas acho meio mal amado quem nunca viu direito o programa ou não soube interpretar a verdadeira essência dele.
Acho totalmente superficial quem passa os olhos por cima do que está acontecendo e, em relação a isso, tenha sua verdadeira opinião do programa. Eu adoro assistir Big Brother. Adoro mesmo. Já fui dessas que não gostava sem conhecer de verdade, confesso. Mas hoje em dia não temo em dizer que acho divertidíssimo e uma delícia.
O Big Brother é um verdadeiro show de realidade, como o nome diz. Traz para a telinha pessoas totalmente diferentes, que possuem divergências entre si. Traz à tona como alguém pode se transformar num confinamento. Traz pra gente como ser e não ser, como calcular o quanto podemos ser amigos de alguém em apenas três meses, o quanto que a “voz do povo é a voz de Deus”. Saber analisar cada olhar dos participantes, cada gesto bem pensado, cada deslize, cada respirar do maravilhoso jornalista Pedro Bial... Isso sim é saber interpretar o que o BBB quer passar. Ser um pouco mais otimista em relação a isso, quiçá. Se há algo manipulado pelo diretor Boninho? Se ele escolhe a dedo os participantes do programa? Olha, não seria isso motivo de julgar o reality. O diretor faz o que bem entender, e ele mesmo confessa. Ou você acha que ele não falou pro Brasil que convidou pessoas a entrar no programa? Bem, caros. Ele não precisa disso... E outra: enquanto muita gente perde seu tempo montando discursinhos baratos contra a televisão, muitos estão ganhando horrores com isso. Se há política de pão e circo? Se com isso desvirtuamos pensamentos para a realidade? Aí é outra história... Assistir, acompanhar é uma coisa. Viver pra isso é outra :S
É a lei da audiência. É a lei da vida. Porque, me desculpe, de cultura totalmente útil e de uma vida politicamente correta não somos feitos. Eu, pelo menos, não.
Relaxem. Extravasem. CONHEÇAM e descubram o verdadeiro objetivo de algo para depois julgar. Se conhecer e não gostar, ok. Mas não venha pra cima de mim e dos outros 98% com argumentos supérfluos, sem pé e nem cabeça. Obrigada :)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Maldito stress

Stress é, definitivamente, a doença da moda. Já percebeu que, por qualquer coisa, as pessoas se dizem “stressadas”? Se incomodam no trabalho, pronto, tão stressadas. Discutem com o namorado(a)? Não encosta, tá stressada. O cachorro latiu? Stress. A mãe falou mais alto? Iiih, de novo stress. Stress é tudo, é pra tudo. Isso, aquilo e mais um pouco.
Até eu mesma já cometi (e várias vezes) esses pequenos delitos. Pena que pra mim, conforme avaliações médicas (e inacreditáveis, por eu ter apenas 18 anos), eu realmente sofro desse mal. E como!! E o grande problema é que eu guardo tudo para mim... sofro, fico com uma raiva absurda, mas tudo internamente, não deixo externar de maneira nenhuma. E, caros leitores, o que acontece com esse corpo aqui? Ora, fico de mal com minha alma, tão logo fico mal fisicamente. Baixa a imunidade, vem as doenças, alergias e afins. Tudo devido a esse tal do stress - resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis.
O pior de tudo isso é externar esses sentimentos quando se está sozinho. Chorar, principalmente. Quando estou nesse estado de humor, parecem que as lágrimas rolam no rosto, fervendo, a mil por hora, e parece que nunca vai parar. Aquela sensação é, definitivamente, uma das piores que eu já senti – e sinto constantemente.
Mas ainda pior que tudo isso é descontar nas outras pessoas. Você age por impulso e morre de remorso depois... É difícil controlar, mas acredite, dá pra fazer isso.
Uma coisa que eu aprendi, e que está dando muito certo, para que eu alivie ao menos um pouco desse meu problema, é respirar. Isso, exatamente, tão simples, porém inexplicavelmente eficaz. Respirar fundo, tentar desviar os pensamentos, simplesmente esquecer o que se passou.
Porque se você não esquece, não adianta. A raiva e, consequentemente o stress, só aumentarão.
Portanto, gente, sei que é difícil lidar com esses momentos “entediantes” (e essas pessoas que dá vontade de espancar), mas, sério... Vamos tentar usar menos essa palavra (stress? é! shhhhhh!), respirar fundo 500 vezes se for preciso, mas não se estragar dessa forma.
Porque esses sentimentos ruins, sim, estragam nosso corpo, nossa alma e nossa vida.
Mais respiração e menos stress. Pra você, pra mim e pra todos nós.
(Vou ter que ler esse texto umas 500 vezes também para aprender a me controlar. Fato! Mas, tudo bem, nada melhor que a persistência. E disso, colegas, [sem falsas modéstias], eu tenho de sobra).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Teimosia infundada

se tem um substantivo que eu juro pensar todo dia, este é TEIMOSIA.
esses dias mesmo estava eu a filosofar sobre isso e decidi, de uma vez por todas, ter uma opinião formada acerca dessa palavra.
percebi, a partir de uma análise a fundo das minhas atitudes, que só sou teimosa com minhas convicções, o resto não, me considero 'maleável'. aliás, sou totalmente antipática com teimosia sem fundamento.
se eu tenho certeza de algo, mas certeza absoluta MESMO, vou até o fim com a minha palavra, persistindo sempre até conseguir provar o que estou defendendo.
o que eu não suporto, e não temo em expor, são aquelas pessoas que acham, 100% do tempo, que sua razão é a que cerca o mundo.
gente que defende uma tese sem nem ao menos saber o que está falando, gente que não abre mão do seu orgulhozinho barato, gente que não tem a humildade de aceitar que está errado, gente que não admite a si mesmo diante de suas fraquezas e dificuldades.
às vezes parece que essas pessoas não vão evoluir nunca, uma vez que a sua mente não é aberta a ideias de terceiros, por aceitar somente as suas PRÓPRIAS definições e verdades.
discutir com gente que tem argumentos é uma delícia.
discutir com gente que ACHA que tem argumentos, estes que não passam de conclusões particulares infundadas, é um tédio, ou a treva, como diria a minha xará da novela das sete (férias é isso, até novela eu assisto. haha).

beijos e viva à teimosia com fundamento, esta que eu considero uma questão de caráter, de gente que sabe expor com inteligência as suas ideias e certezas.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Todos os anos da minha vida.

Confesso que estava fugindo muito desse post de final de ano. Confesso também não entender o por que de eu estar sendo tomada por um sentimento inexplicavelmente forte de angústia e melancolia. Sempre assimilei final de ano com festa, alegria, diversão, amizade, loucura, e tudo que há de bom.
Porém, nesse ano de 2009, mais precisamente agora no final dele, começou a cair a minha ficha... a ficha de que as coisas não são mais 100% cor de rosa, que a vida não sorri pra você exatamante todo o tempo.
Discursinho pessimista? Não, caro leitor... entro naquele clichê de dizer que esses meus relatos não passam do mais doce e puro realismo.
Sabe que 2009 foi um ano de muitos aprendizados... se não o de maior aprendizado!
Largar a escola, encarar a faculdade, encarar primeiro emprego, encarar RES-PON-SA-BI-LI-DA-DE, com todas as sílabas.
Não foi nada fácil largar a rotina de ensino médio, não ver mais os seus colegas que você via todo dia, ter que se virar na fria rotina acadêmica, ter que engolir MUITA gente chata.
Porém, confesso admitir que tive muita sorte. Coisa boa ter achado emprego na minha área, e de cara poder desfrutar das delícias da melhor profissão do mundo... Ter achado colegas tão bacanas, aqueles que senti desde o começo que estariam do meu lado em todas e quaisquer circunstâncias e situações.
Confesso admitir que, de cara, sabia o que queria pra mim e pra minha vida... ter escolhido um curso que parece ser moldado perfeitamente pra mim, obedecendo todos os detalhes possíveis.
Confesso que fiz muita festa, muita folia, muitas loucuras... Fiquei trêbada, tive amnésias, dei muita risada, curti intensamente os melhores amigos que poderiam existir pra mim.
Me decepcionei, aprendi. Me apaixonei, enlouqueci. Amei, desamei, sofri, sorri, chorei, gargalhei, briguei, cantei, desencantei, iludi, fui iludida, acordei bem humorada, acordei bufando, dormi chorando, dormi amando, tive frios na barriga, engoli 783 sapos, escrevi horrores, me emocionei, e, principalmente, aprendi.
Aprendi com absolutamente cada intenso segundo vivido em 2009, este que foi o ano mais f*da até então, e o ano que passou mais rápido.
Rápido porque não vi o tempo passar, rápido porque nem fiz planos, deixei acontecer.
2009 foi o ano do crescimento. O ápice. Aquele que eu aprendi que eu sou independente, independentemente da minha dependência. Aprendi que eu posso amar e ser amada, sem precisar sofrer. E isso também me fez crescer. MUITO!
Aprendi que, infelizmente, não dá pra abraçar o mundo. Que a palavra que eu mais odeio no mundo é também a mais verdadeira. PRIORIDADE. Nossa, tenho pavor de falar, ouvir e ler isso. BLÉ. Amigas ou namorado? Será que elas vão entender? Mãe ou trabalho da faculdade? Será que ela vai entender? Me controlo ou jogo tudo pro alto? Será que todos vão entender?
Pois bem. Para 2010 eu digo o seguinte: DESPREOCUPE-SE. Conselho de mim para mim mesma.
Deixe acontecer, deixe viver, deixe que a vida siga nos seus conformes, bem como deve ser.
Eu acredito em destino e eu sinto que esse ano vai ser meu. De novo.
Adeus, ano velho, obrigada por ser assim, como todos os anos da minha vida: MEU.
Obrigada pelas pessoas que passaram cada dia por mim, mas MUITO MAIS obrigada pelas que continuarão a passar e por aquelas que virão.
Eu tô com muita ânsia de te viver, 2010, porque sei que tu serás único, especial, cheio de surpresas e aprendizados.
E para você, que perdeu um pouco do seu tempo lendo isso aqui... sem promessas, sem choros, sem velas... Apenas viva! Viva, pois não há nada mais maravilhoso que deixar acontecer e deixar que a vida e o destino se encarreguem do resto.

QUE TUDO SE REALIZE NO ANO QUE VAI NASCER.
É o que eu desejo pra mim. É o que eu desejo pra você.
Feliz 2010.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

140 caracteres

Seríamos capazes de dizer absolutamente tudo que sentimos e deixamos de sentir num espaço twitteramente de 140 caracteres? Ok, permito-me às generalizações e afirmo que... não. Eu não sei, me incomodo com o fato de ter espaço limitado para me expressar, por mais que isso possa ser uma forma de organização, bem organizada, por sinal. Mas sei lá, eu que sou, definitivamente, de fazer rodeios, de às vezes ser adepta ao tal do “embromation”, realmente me surpreendi por estar usando (e direto, por sinal), esse tal do twitter. Um meio de comunicação fácil, rápido, prático, simples e, para mim, uma forma de desabafo. Às vezes pareço falar comigo mesma naquele espaço, traduzo meus pensamentos e sentimentos para os (malditos) 140 caracteres e confesso me sentir inexplicavelmente aliviada depois. Incrível como descobri a minha necessidade de desabafo depois que eu comecei a ser adepta dessa tecnologia. Confesso às vezes nem dar bola para o que os que eu sigo escrevem, e percebi isso porque deixei de seguir umas 15 pessoas essa semana. Incrível como eu estou mais próxima de mim mesma, rindo das minhas próprias piadas e desgraças. Incrível como só eu mesma consigo me entender, às vezes, ou como nem eu sei o porquê de ter escrito isso ou aquilo. Estaria eu usando essa ferramenta do modo incorreto? Será que mais gente usa o twitter como forma de desabafo? Sem mais delongas e questionamentos, acho, sim, maravilhosa essa capacidade de comunicação. Seja consigo mesmo, seja de si para com seus seguidores, seja dos que você segue para eles mesmos, sei lá, eu acho isso incrível. É, eu sou uma apaixonada pela comunicação mesmo. Porém, desculpe, twitter, mas sem limitações. Ele que me livre de limitar minhas palavras. Enlouqueceria. Fato.