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domingo, 23 de agosto de 2009

Beleza é fundamental?

Num desses breves papos que iniciam a semana, lá estava eu dialogando com minha linda amiga que participou de um concurso de beleza. Seria um papo normal se eu não tivesse ficado absurdamente embasbacada em relação a um fato visivelmente ascendente na sociedade: fazer de tudo para criar uma beleza perfeita. Sim, exatamente isso... As pessoas não se contentam com o que tem, arrumam absurdos motivos para se acharem ridículas e fazem plásticas e diversas correções em si jogando as culpas na coitada da baixa auto-estima. Não sei quem foi que criou os padrões de beleza, mas, convenhamos, ô serzinho maldito! Chega a ser cômico pensar que vivemos no auge da era moderna e as pessoas ainda conseguem ter um pensamento pré-histórico onde se você não possuir um narizinho arrebitado, um corpinho sarado e afins, você não passa de um "protozoário" (e olha que fui gentil). Ok, até deixo você pensar que sou exagerada, até porque adoro hipérboles. Mas tenho um certo tipo de convicção para falar sobre isso, porque vivo num universo onde os defeitos são ligeiramente notados. E essa velocidade de percepção às vezes é tamanha que a pessoa vira paranóica e acaba enxergando seu defeito completamente embaralhado. Não vem ao caso achar os culpados para que isso ocorra, mas é muito comum ligar a televisão ou abrir as revistas e se deparar logo na primeira olhada com pessoas lindamente idealizadas. A mídia às vezes passa aos seus espectadores uma visão absurda de beleza e faz as mesmas viverem em constantes comparações. Tudo então parece ir por água a baixo quando você não tem o estereótipo do Gianecchini ou da Aline Moraes. Passar pelo espelho se torna um pesadelo e se você não emagrecer aqueles malditos cinco quilos sua vida vai virar um inferno!! É lastimável ver que o índice de plásticas só aumenta e está sendo feito cada vez mais cedo. Óbvio, algumas pessoas realmente precisam, caso a parte a ser corrigida seja verdadeiramente um incômodo. Só critico explicitamente as pessoas com quem a natureza foi gentil que ficam reclamando porque querem ser um molde da perfeição, quiçá ponderando que assim serão mais bem quistas aos olhos desse povo julgador. Discordando do verso do meu queridíssimo Vinicius de Moraes: "as muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental", dar bola somente para aparências não passa de um sentimento abstrato e inseguro. É preciso se olhar no espelho, permitir-se enxergar o que você tem de melhor e valorizar isso tão delicadamente quanto uma mãe que paparica seu neném recém-nascido. A beleza natural é a coisa mais linda que existe, por mais que você se enxergue como o tal do protozoário. E, acima de tudo, valorize o seu amor próprio, antes que ele se una aos inúmeros amores-próprios que estão em disparate perdidos ao mundo. Afinal, se você não gostar de si próprio, será que alguém irá gostar? (claro, a não ser a sua avó, que lhe acha lindo em qualquer situação).

"Beleza atrai, conteúdo convence" :)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Querido diário,

primeiro, preciso declarar as minhas sensações do momento, certo? Pois bem, estou cansada. Antes que tu penses “ih, lá vem as palavras melancólicas de Bianca Hennemann”, não, estou cansada literalmente mesmo. Tu sabes, melhor que ninguém, que se há algo que eu venero nesse mundo é conjugar o verbo dormir – em todos e quaisquer tempos. E isso é um dos atos que menos faço nestes últimos tempos... Durmo tarde devido à aula e, quando posso dormir mais cedo, minhas mãos se atraem inexplicavelmente ao teclado e fazem com que eu fique até altas horas reportando informações (lê-se fazendo uma social) via internet (e escutando minha mãe acordar de dez em dez minutos: filhavaidormiramanhãvocêtrabalha). Enfim. Vou lhe relatar a minha quinta-feira maluca. Vim cambaleando até o jornal, e tive que encarar um computador babaca – o meu estragou na quarta. Aquele teclado me irrita, tenho que digitar com força e, como se não bastasse, às vezes as letras eram “comidas” por ele e o monitor não vai com minha cara. BLÉ. Enfim, sem mais delongas quanto a isso, tem coisas do trabalho que eu não tô a fim de relatar. Cheguemos à parte mais interessante: a ida à faculdade. No ônibus, dormidinha básica, em meio as minhas 500 coisas que preciso levar junto, senão enlouqueço. Viagem seguia tranquila, até chegar em Picada São Paulo, quando minha amiga linda veio sentar do meu lado. Fofoquinhas em dia, foi aí que percebi QUANTA coisa aconteceu comigo nas férias. Eu, hein. Desde trabalho, família e, principalmente, assuntos que diz respeito ao meu lado afetivo. Hm... Chegando à faculdade, fui logo ao barzinho para encontrar as meninas mais lindas da Unisinos (e só de pensar que elas não são minhas colegas neste semestre, já me bate AQUELA angústia. Chorei). Mais fofoquinhas, fui à sala. Ok. Entrei, dei boa noite pra turma, fui com a cara da professora (linda e loira, bah!). Me sentei, quase que me ajeitei, ela me deu uma folhinha. Ok. Comecei a assistir a aula e me senti meio estranha. Até que a loira aqui resolve ler o que a folhinha dizia... me deparei com um belo INGLÊS INSTRUMENTAL, sendo que o nome da minha cadeira da noite era um pouquinho diferente... Português para Comunicação II. Tudo bem, sou uma Hennemann, consegui sair pela tangente - HAHA [/mentira]. Saí no desespero para achar minha sala correta. Pensei: “pronto, tudo conspira ao meu favor aqui, ótimo”. Tudo bem. Segunda-feira a aula foi uma verdadeira chatice. Não só pela professora, que fala e fala e fala e não diz nada, mas pelos meus colegas, uma vez que não fui com a cara de quase ninguém. Sim, diário, tu sabes que eu sou muito dessa coisa de bater o santo. Como se não bastasse, na terça-feira ocorreu a mesma coisa. E recebi um prêmio especial que talvez não cabe comentar aqui. HAHA. Enfim, voltemos à quinta-feira. Finalmente um pingo de sorte numa semana que tinha tudo para ser absolutamente frustrada: meus colegas são legais, minha professora é um amor amor amor (não, dessa vez não fui irônica), e conheci uma amiga nova que já vi que me darei muito bem no decorrer do semestre :) Tudo para ser perfeito, né? Pois bem, para cortar o meu barato, descobri que esse ano terei que perder um domingo para fazer um exame de avaliação para o MEC. Fui convocada. Psss... Não tem problema, nasci mesmo pra me ferrar, já estou me acostumando com a ideia. Deve ser o governo resolvendo “me dar nos dedos” por todas as verdades que já escrevi acerca dos seus atos. Depois da aula maravilhosa, resolvi passear pelos corredores do Direito, junto com minha amiga. Encontro lindo com uma professora queridíssima no... banheiro. Ótimo lugar para se encontrar professoras antigas, né? Haha. Ok. Volto ao ônibus. A viagem de volta me deixa angustiada, sério. Mas, inacreditavelmente, diááário, CONSEGUI dormir! Perfeito seria se eu não tivesse sonhado, pois acordei de supetão com o bus quase chegando na minha casa e, pra completar, o sonho estava bom. Saco. Acordei apaixonada e perdi o sono. A volta foi como sempre... beijo na Elvis (que não curtiu muito a ideia de eu acordÁ-la, e me deu uma carinhosa bicada), beijo na mãe, leitura de quinze minutos. Finalizei minha quinta-feira maluca tentando de todas as maneiras voltar pro sonho da viagem de volta. Me virei, desvirei, virei novamente, me olhei nos espelhos espalhados pelo quarto, tentando enxergar o que havia no meu inconsciente pra continuar aquele sonho... Óbvio que não consegui, né. Mas, enfim, quem sabe ele se torne realidade – juro que vou me contentar com isso ;)
Beijos, querido diário, até um dia desses.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A fé que move o mundo?

É incrível como existe nesse mundo indivíduos com alto poder de persuasão. Tais pessoas, dignas da ousada definição “correspondentes de Deus”, conseguem mover ideias de uma maioria significativa a partir de uma concepção individual. Sim, é do caso Edir Macedo que eu vos falo. Não sei até que ponto as informações transmitidas pelos veículos de comunicação são reais ou equivocadas, mas sei que é impressionante a maneira com que esse senhor conseguiu persuadir tanta gente, digamos que ingênuas, por uma causa que mexe com o interior de muitos: a fé. Sinceramente, prefiro não explicitar a minha opinião sobre a capacidade humana de exagerar nas próprias crenças, até porque não acredito que ela seja hiper bem fundamentada... O que posso adiantar é que não consigo engolir certos dogmas impostos por tais instituições sem sequer me questionar os seus porquês, inclusive questões acerca da intenção financeira que elas têm por trás de todos os sublimes ensinamentos (ok, eu havia dito que não explicitaria nada, mas isso eu juro que não resisti – hehe).

Enfim, voltemos ao assunto mencionado. Até que ponto um ser humano é capaz de ir para defender a sua própria fé? Até que ponto esse mesmo ser humano pode chegar acreditando nos vocábulos que um único indivíduo menciona? Com todo o caso reportado para a realidade brasileira anteontem, 11 de agosto, você já parou para se perguntar quantas pessoas foram afetadas? Quantos seguidores tiveram que suportar o fato de que foram passados para trás e, sim, feitos de trouxas, babacas, e todos os adjetivos terríveis nem um pouco condizentes com o que a questão religiosa, na teoria, quer passar? Infelizmente, caro leitor, tais interrogações eu sou completamente incapaz de responder. A única coisa que posso afirmar, diante disso tudo, é que quiçá nenhum desses fiéis (clientela, quem sabe) tenha parado esse tempo para se indagar se tudo o que o tal do Macedo dizia era, na verdade, a própria verdade (!) e o caminho certo a seguir. Ou você doaria a cama onde você mesmo dorme àquele correspondente citado na terceira linha deste humilde texto? (um exemplo, ok, não que isso necessariamente tenha ocorrido). Fica aqui alguns dos meus questionamentos, pena que talvez nunca posso eu obter a resposta dos mesmos.

Agora, mais impressionante que o próprio caso do excelentíssimo Macedo, é a oportunidade que a mídia vê nisso tudo. Sim, volto a falar de repercussão. Eis o assunto que talvez fará com que esse povão esqueça um pouco a maldita gripe suína, gripe a, gripe h1n1, gripe nova, gripe do dimonho, sei lá a definição que você tem para a queridíssima. Tudo isso por um simples e claro motivo: a briga de gigantes entre as emissoras Record, da qual Edir Macedo é dono, e Globo, que transparece um certo anseio para com a primeira emissora mencionada. Sim, MEDO. Ou teria outra explicação para gastar cerca de 1/3 do telejornal principal da emissora falando, nitidamente, mal da outra, mostrando graficozinhos, fatos explicados tim tim por tim tim para onde supostamente o dinheiro dos fiéis era direcionado? E o mais engraçado é que o tal medo parece ser (lê-se É) recíproco. E o que é ainda mais cômico de todo esse fuzuê é, no outro dia, ver a ex queridinha da Globo, agora na Record, explicando uma versão modificada dos fatos e “tacando” mais fogo na lareira alfinetando a emissora toda poderosa!

Sim, o ramo jornalístico tem dessas. E mal sei eu se um dia não morderei minha língua por falar tudo isso. O grande problema é que essa área, tão pomposa e magnífica a meu ver, sempre acaba passando uma imagem bem negativa para a população (e o pior que muitas vezes com tamanha razão). Da mesma forma que um fiel é capaz de fazer tudo pela religião, tais meios de comunicação fazem tudo para obter o alvo central da mídia. É tudo um verdadeiro circo na televisão brasileira, e o pior que quem compra a pipoca e assiste de camarote somos nós mesmos.

PS. 1: Sem quaisquer ofensas àqueles da religião mencionada.
PS. 2: Entenda um pouco mais da situação no http://teletube.wordpress.com, post do B!
PS. 3: Uma boa noite, e até amanhã. [/William Bonner] HAHA ;*

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Confissões de uma chocólatra

Sentir derreter em minha boca o melhor sabor existente no universo. Cerrar os olhos e permitir-se viajar para lugares distantes, longe de quaisquer alcances, com essa sensação deliciosamente ‘viciante’. Deixar que essa sintonia me invada por completo, escutar a musicalidade que esse misto de sentidos me causa, tão sutilmente que me faça sentir a criatura mais divina e esplêndida comparada às demais. Não há maior prazer concreto que consola o espírito que essa pasta alimentícia feita de cacau e açúcar, popularmente conhecida como chocolate. Por ti alimento uma paixão agradavelmente platônica, uma relação amorosa explícita, uma admiração sem limites conhecidos. Sei que jamais poderá se expressar para me recitar qualquer vocábulo poético, sei que nunca serei correspondida por tamanho afeto, assim como tenho plena consciência que em tempo nenhum poderei retribuir o tamanho bem que tu me fazes. Portanto me contento com a leveza da sensação que me proporcionas, capaz de me transferir ao meu infinito peculiar e me fazer omitir tudo, até mesmo a minha própria existência.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Paga pau?

Eu herdei da minha mãe uma virtude que falta a muitos seres humanos: a capacidade de elogiar. Que atire as pedras necessárias o indivíduo que não gosta de escutar qualquer tipo de reconhecimento por algo que fez, tem ou é. Além de levantar a auto-estima, o simples fato de explicitar uma opinião positiva para com alguém torna o convívio muito mais harmônico e pacífico. Não entendo o porquê do elogio ser tão repreendido para ser dito, e por que a crítica parece ser tão mais prática e sublime de sair da boca de alguém. O problema das pessoas que reconhecem no seu próximo as suas qualidades, é que elas são taxadas (ridiculamente) de “paga pau”. Elogio a algum órgão público, por exemplo, por algum ato feito? Aí você é paga pau, puxa saco, baba ovo, ou outra expressão clichê que você conheça. Crítica para com o mesmo? Aí você passa para a renomada e respeitadíssima classe da normalidade de um ser humano. Convenhamos, as coisas estão viradas mesmo. Para você não custará nada apenas olhar para uma pessoa e dizer o quão bela ela está naquele dia, o quão bem ela fica de azul marinho, o quão bom foi o texto que ela fez, o quão bacana foi o ato que ela tomou ao ajudar um conhecido seu. Elogios há de tantas formas, gêneros, graus e números, pena que são praticamente todos desconhecidos aos vocábulos de uma população acostumada somente com expressões negativas. Conjugue mais o verbo elogiar, não hesite em ser sincero quando precisar reconhecer o que seu próximo fez de legal. Isso abrilhantará o otimismo e as boas vibrações existentes ao seu redor, tão simples de serem atraídas e que fazem um bem incomensurável para o nosso meio social.

domingo, 2 de agosto de 2009

Razões

Não procure razões para me viver, para me tornar completa, para ser a paixão que eu esperava. Deixa eu te bastar, deixa eu ser somente tua, deixa eu te olhar e te sentir. Não me queira por frações, nem por segundos. Me queira por horas e horas e horas, intensas tanto quanto todo esse sentimento que eu tenho pra te fazer perceptível. Encontro-me em momentos incomensuráveis de solidão e perigo, e te confesso um terrível pudor de amar. Porquanto, deixa eu somente me apaixonar, submeter-me a ser a mais idiota das criaturas. Não estrague este momento, não deixa que eu perca essa sitonia que brota dentro de mim toda vez que te vejo de perto, que sinto teu perfume, que ouço tua voz. Tu não és um ser humano para eu consumir em sonhos, tu não és uma paixão para que não passe das palavras. Quero-te como minha mais sublime inspiração. É mesmo exagero, tenho plena consciência, porém em ti quero por em prática todas as minhas idealizações, só por um momento. Então fica, bem aqui, e deixa. Deixa eu fazer parte da tua vida, e só. E não procure razões para eu te ser infinita, pois logo irei sumir, para nunca mais te ter, nem sequer em pensamento.

Quero ter você bem mais que perto

Fecho os olhos e sinto teu cheiro impregnado na minha pele. Meu delírio, meu martírio, não suporto o fato de te ter em pensamento. Some de mim, meu amor, não quero mais ser invadida por lembranças contínuas tampouco por sensações que tu insistes me proporcionar, ainda que longe do meu alcance. Como posso ainda ser presa ao teu sorriso, teu cheiro, teu jeito, por quê? Busco no meu caminhar explicações para não ter te perdido, para não ter te esquecido, para não ter te vivido tão intensamente quanto eu almejava e quanto nossas almas mereciam. Pareço ainda sentir a nossa sintonia mágica perceptível em nosso pulsar interno, nosso magnetismo incontrolável, nossa paixão em chamas. Minha memória não te apaga, meu sentimento por ti parece estar tão forte preso em minha mente que me torno dependente das tuas lembranças, das nossas vidas juntas, inseparáveis. Não, não queria poder voltar atrás, não queria mudar absolutamente nada, uma vírgula sequer. A nossa história terá muitos capítulos, jamais dignos de um ponto final. Agora deixa eu te ter, deixa que nós sejamos literais, deixa eu te mostrar porque vim viver esta vida para nós (e somente para nós).